Assim como na Alta Costura, categoria mais luxuosa da moda, a joalheria também tem se reinventado. Afinal, são segmentos que, apesar de ocuparem um espaço de preciosidade e exclusividade, estão acompanhando o movimento do mercado – e da nova geração. Seja pelo design que permite as joias transitarem facilmente pelo estilo do dia a dia ou em conceitos relacionados à sustentabilidade, como as peças upcycling recém lançadas pela Prada, há um ritmo mais livre e despretensioso no ar. No episódio 95 do Self-Portrait, Renata Brosina e Guilherme de Beauharnais comentam sobre as mudanças impulsionadas pelos grandes nomes da joalheria global.

Há cerca de três semanas, a Celine divulgou imagens exclusivas do seu desfile, a portas fechadas, realizado em Los Angeles, no final de 2022. Quase em seguida ao overposting de vídeos completos da apresentação, as lojas da marca começaram a receber as peças da coleção. Até aí, as estratégias misteriosas do diretor criativo da grife francesa, Hedi Slimane, não são surpresa nenhuma. Assim como Kim Kardashian estrelando mais uma campanha. Desta vez para Marc Jacobs, um nome não tão próximo da socialite norte-americana. Para o episódio 94 do Self-Portrait, Renata Brosina e Sylvain Justum analisam as estratégias de cada uma das marcas que, de alguma maneira, aposta em movimentos que não são novos, mas podem funcionar.

Há algumas semanas, a Paco Rabanne anunciou a mudança do seu nome. Se antes a etiqueta francesa tinha o nome completo do seu fundador, a partir de agora, ela passa a ser chamada de “Rabanne”. O movimento, que não é novo na moda, tem sido parte de uma mudança estratégica adotada por muitas grifes. Há quem diga que a transformação serve para diferenciar “criador” e “criatura”, enquanto alguns acreditam ser benéfico para a assimilação da nova geração. No episódio 93 do Self-Portrait, Renata Brosina e Sylvain Justum discutem sobre essa decisão tomada pela Rabanne e por outras marcas do mercado.

Jane Birkin partiu no último dia 16 de julho, aos 76 anos. Muito se fala de seu estilo, influente até hoje, que representeou o incensado estilo da mulher parisiense, chique, sem esforço. Uma camisa branca, um jeans surrado ou uma calça de alfaiataria, um tênis Converse mal amarrado, e a icônica bolsa da Hermès, batizada com o seu sobrenome quase que por acaso, compunham seu uniforme até mesmo em tapetes vermelhos. Mas Jane não foi uma mulher excepcional só por causa das roupas que vestia com uma irresistível displicência, por mais cara que elas fossem. Artista multidisciplinar, fez muita música, dezenas de filmes e peça de teatro. Engajada, defensora da liberdade e dos direitos humanos, ela frequentemente marcava posição e não hesitava em ir para a rua manifestar por causas nas quais acreditava. Neste episódio 92, Renata Brosina e Sylvain Justum prestam homenagem à musa em uma conversa que busca ir além da moda, com detalhes e curiosidades que ajudaram a elevar Jane Birkin ao posto de ícone eterno.

Há algumas temporadas, a Alta-costura tem mostrado uma mudança de direção – e, naturalmente, acompanha o ritmo de simplicidade e atemporalidade que vem encantado o prêt-à-porter. Entretanto, com todo olhar para a preciosidade do trabalho manual, indispensável na construção das roupas da categoria mais luxuosa da moda, há quem discorde do caminho “sem novidades” que algumas marcas vêm seguindo. Afinal, a Couture já foi movida a tendências e espetáculos que deixavam toda criação impecável da roupa em último plano. Mas, da mesma forma que o prêt-à-porter vem buscando a excepcionalidade das suas roupas em série, a Alta-costura propõe um novo comportamento de consumo, que torna as peças mais próximas do dia a dia da sua cliente. Para o episódio 91 do Self-Portrait, Renata Brosina e Sylvain Justum analisam as transformações que a indústria da Couture vem passando e como as marcas se comportam quando precisam conectar suas raízes a esse novo momento.

A temporada masculina de Verão 2024 foi marcada por desfiles especiais, seja por estreias ou coleções que celebram a conexão entre as raízes das marcas e o frescor dos novos tempos. Na Itália, duas cidades sediaram eventos importantes para a estação. Enquanto Florença foi responsável por apresentar as boas novas durante a Pitti Uomo, Milão manteve sua tradição com as passarelas mais aguardadas – de Prada a Giorgio Armani passando por Dolce & Gabbana. Já em Paris, uma série de surpresas e comemorações, que inclui a primeira coleção de Pharrell Williams para Louis Vuitton e a celebração de cinco anos de Kim Jones à frente da Dior Men. No episódio 90 do Self-Portrait, Renata Brosina e Sylvain Justum analisam as principais coleções da temporada e seus respectivos shows – que não passaram despercebidos.

A pauta deste episódio surgiu a partir do encontro de dois livros, sendo um deles “O Império do Efêmero”, do filósofo Gilles Lipovetsky, e o outro “A Costura do Invisível”, que foi dedicado ao último desfile apresentado por Jum Nakao em 2004. Quase vinte anos após o show polêmico do estilista, que rasgou todas as suas peças feitas com papel no final da passarela, a discussão sobre a vida curta das roupas, e todo o trabalho precioso por trás de cada roupa, ganhou um novo rumo. Será que, com tanta evolução na forma como encaramos a moda, ainda há espaço para ser efêmera? No episódio 89 do Self-Portrait, Renata Brosina e Sylvain Justum, à distância, analisam as transformações do mercado, nacional e internacional, dos últimos quinze anos e refletem sobre pontos que poderiam responder à questão do título do episódio.

México e Itália foram os destinos escolhidos por Dior e Louis Vuitton, respectivamente, para apresentar suas coleções de Cruise. Mas, como sempre, as grifes não foram por caminhos óbvios. Enquanto Maria Grazia Chiuri levou seu show para o pátio do Colégio de San Idelfonso, lugar onde Frida Kahlo estudou e conheceu Diego, na Cidade do México, Nicolas Ghesquière viajou (ao lado da sua trupe) para o seu primeiro desfile em solo italiano, na Isola Bella. No episódio 88 do Self-Portrait, Renata Brosina e Sylvain Justum analisam as coleções das tradicionais marcas francesas que, mais uma vez, surpreenderam na forma como transformaram suas inspirações em roupas desejáveis.

Los Angeles e Seul foram os destinos escolhidos por Chanel e Gucci, respectivamente, para apresentar suas coleções de Cruise 2024. Cada uma delas abordou a influência cultural local nas suas criações de uma forma jovem, vinda das ruas e de cenários que nos remetem a experiências de fácil identificação. Na Chanel, a diretora criativa Virginie Viard reuniu referências vindas dos calçadões de Venice Beach e Hollywood e transformou em algo desejável, fresco e ainda mais próximo do que é essência do público alvo da grife. Já a Gucci, com seu espetáculo ainda dentro de um espírito Michele (seu ex-diretor criativo), trouxe o estilo de rua sul coreano como base para a construção de uma moda, que conecta esporte (do skate ao mergulho e surf) às elegantes construções baseadas no encontro entre a alfaiataria desconstruída e o inesperado. Para o episódio 87 do Self-Portrait, Renata Brosina e Sylvain Justum analisam as duas passarelas, seus cenários e suas expectativas. Afinal, enquanto a Chanel vai muito bem com Viard, a Gucci ainda carrega o mistério do novo diretor criativo Sabato de Sarno. Mas, para a nossa felicidade, a marca vai bem. Muito bem por enquanto!

O designer americano Tom Ford anunciou que vai se retirar da direção criativa da sua marca homônima, lançada em 2005. Peter Hawkings, seu parceiro de longa data na linha masculina, foi nomeado para substitui-lo à frente da grife que hoje é comandada pelo grupo Estée Lauder. Dono de uma trajetória consistente, Ford revitalizou a Gucci nos anos 1990, lançou sua linha de beleza e se aventurou pelo cinema ao dirigir dois belos filmes. Neste episódio, Renata Brosina e Sylvain Justum revisitam essa trajetória e debatem sobre o futuro da marca e do estilista.