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By Psiarque | Leonardo Torres
The podcast currently has 98 episodes available.
A psique às vezes nos apresenta inseguranças que acabamos por ficar interditados. A insegurança é criativa e destrutiva. Descubra aqui o porquê. A questão muitas vezes não é a insegurança, mas a vontade de controle.
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A beleza não tem usado espelhos, não possui perfil nas redes sociais, não está na décima segunda cirurgia de plástica. Na arte, Afrodite aparece tão pouco e ainda mesmo não é percebida. A beleza sumiu do mundo. Afrodite, a dourada, a deusa da beleza, do amor, dos beijos mais doces, fugiu do mundo. E aqui estamos nós, procurando-a.
Não existe uma cultura sequer que não fez do sol um símbolo. O simbologia do sol é vasta e não caberia aqui neste artigo. Fico somente com a ideia que presenciamos hoje. Neste mundo atual em que, como aponta Byung Chul Han, o indivíduo sente-se impelido em ser cada vez mais performático, produtivo, poderoso, positivo e dono de si, não é difícil associar a estrela que deu a vida ao planeta ao devir do indivíduo massificado. A onipotência que experenciamos diante do sol está relacionada com aquilo que o ego quer se tornar.
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Existe tamanha identificação coletiva com a Barbie que isso me chamou atenção. E se ela fosse humana? Não seria um culto? Felizmente, para a psicologia junguiana e hillmaniana, tudo o que afeta é real. Existe um ser que habita a boneca. E por isso vou fazer uma breve análise psicológica dela. Imaginemos que ela sentou na poltrona da clínica, olhou para você e começou a contar sua história.
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Neste cenário contemporâneo, o indivíduo se vê constantemente dividido entre a demanda de produtividade representada pela “máscara do colaborador” e a necessidade vital de sua alma, muitas vezes negligenciada, conduzindo a um estado de angústia e exaustão. A máscara do trabalho e a ansiedade gerada por ela obscurecem a conexão do indivíduo com a sua essência, muitas vezes levando ao esgotamento e à autodestruição. Paradoxalmente, a ideia de lazer foi corrompida pela lógica produtivista, se tornando um palco para autopromoção em vez de um espaço para descompressão. Reconhecer a angústia e reivindicar um lazer verdadeiro são passos essenciais para restaurar a conexão com a alma e construir uma existência mais plena e autêntica.
Nesse episódio, Gabi e eu comentamos sobre a série "Respire" da Netflix. Uma jovem sobrevive à queda de um avião no meio da selva canadense. Assim, ela precisa aprender a lidar com a natureza e com seus próprios demônios.
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No conto, Dorothy é levada por um ciclone, juntamente com seu cão Totó e sua casa no interior do Kansas - lugar cinza e permeado de conflitos, até um mundo novo e mágico, vibrante em cores, chamado OZ. Entretanto, quando lá chega seu maior desejo é poder voltar para casa, o que foi lhe dito que somente OZ, um poderoso mago e regente, situado na Cidade das Esmeraldas, poderia tornar possível. E assim inicia sua busca por encontrar o poderoso mago. Este episódio analisamos o Mágico de Oz pela alquimia e à luz da Psicologia Analítica de C. G. Jung.
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Estou apaixonado, e agora?
Escrevemos tanto sobre a paixão e tentamos explicá-la tanto quanto foi insuficiente esta empreitada para entende-la. De autores mais consagrados e suas inspirações momentâneasaté aqueles casais apaixonados que vimos no metrô e afetou-nos de algum jeito. Ainda tem aquela famosa frase que sempre nos perguntamos: como saber se estou apaixonado? Basta sentir o deus atravessando.
Eros, como Cupido, é tanto um deus como um demônio (assim como todos os outros, claro)– brincando de criar namoros, destruir casamentos, inspirar obras expressivasartisticamente e incitar guerras (lembremos da Guerra de Tróia).
Rene Magritte, Los Amantes
Seria arrogância escrever aqui sobre as flechas de Eros e ele mesmo. Como descrevê-lo complemente? Podemos imaginar somente da parte da consciência: um envenenamento (perceba Vênus agindo aqui) pela flecha, provoca um pensamento obsessivo e inexorável, um sentimento unilateralizante e viciante, uma sensação enganada que percebe o amante em tudo e em todo lugar bem como uma explosão de hormônios, lubrificações e taquicardias; e uma intuição paranóica, sincronística e fantasiosa. A verdade é que a mulher e o homem apaixonados são irreconhecíveis.
Vale percebermos que esta descrição não parece o encontro entre duas pessoas, mas entre um mortal e um imortal, entre o humano e o divino. É, sem dúvidas, um apagar da racionalidade medíocre e incapaz a qual a humanidade agarra-se tanto, em prol da irracionalidade aterrorizante e deliciosamente vertiginosa. Na imagem: é o deus alado nos abraçando, assim como fez com Psique, e nos arrastando para os céus e para os infernos. Neste momento, inspirando-se em Kierkgaard, podemos compreender o quanto a angústia (angst- como aperto e abraço) é uma liberdade e como a liberdade pode angustiar.
Paixão do Grego provém de "Pathos": sofrimento e afeto. E além de paixão, cria palavras como "patologia", "patético" e diversas outras palavras. Como não é possível descrever o que é a paixão, Eros e suas flechas, só podemos compreender que ela é um afeto, um sofrimento, chegando a adoecer e nos colocar em uma posição que muitas vezes consideramos patética.
E a maneira que concebemos a ideia de patético (ou de apaixonado) faz a maior diferença. Os patéticos que se entregam à paixão de Eros, isto é, às risadas, choros e fantasias de luz, sombra e eróticas, compreendem e honram a passagem do deus, colocando-se no lugar de humano, de mortal e venerando e respeitando a passagem vertiginosa descrita acima. Para o humano nunca é fácil, mas é possível aprender a ser um mediador do que ali provém: as expressões mais belas e impactantes é Eros quem fecunda.
Para indivíduos que estão mais inflados, ligados ao racionalismo, e também aqueles mais materialistas, possessivos e controladores, que tratam o outro como objeto e que jamais olharam para dentro de si; ao sentir o patético em si, sente-se também humano, mas este sentimento de mortalidade e de entrega lhes é inconcebível. Não renunciando à sua inflação, o que lhes resta é a tentativa falha de controlar a paixão, possuir o amante e tentaracorrentar Eros a fim de acabar com a sua passagem e o que dela pode provir. Para estes o Mistério é o pior inimigo. A meia luz erótica parece-lhes perigosa demais. E talvez seja mesmo.
Se para todo controlador existe um controlado, para todo possuidor existe um possuído, temos que tomar cuidado para a entrega à patetice não ser feita ao humano do outro lado. Isto é, acabamos também por crer que o deus do Amor é o outro ser humano, o outro patético. Ledo engano. Quando isso ocorre, acabamos por renunciar a personalidade em nós para viver de acordo com as expectativas do outro. Rebaixamo-nos, subjulgamo-nos. Para este outro, o mundo nunca fora tão confortável: sente-se completo, visto que agora parece que ele relaciona-se concretamente com sua anima ou animus.
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O sol levanta, o despertador toca e lá vamos nós novamente para o nosso cotidiano. Aquela espreguiçada é ótima para acordar o corpo. A partir daí, o relógio do dia começa a seguir, maquinalmente. Assim como o ponteiro faz a mesma volta fatídica, nós também acabamos por seguir com nossos automatismos, retornando aos mesmos afetos, raciocínios, entre outros.
As preocupações do trabalho chegam, delírios de uma futura demissão bate à porta. O namorado ou a namorada não mandou mensagem de bom dia. "Será que ele me ama?"; "onde ele está? o que está fazendo?". O gato espirra e já pensamos em uma possível pneumonia. A foto postada na rede me afeta porque meus dois amigos saíram sem mim: "será que eu tenho amigos de verdade?"
Mal o relógio da parede deu uma volta e nós já demos cinquenta voltas em torno do sol com nossas mentes. Não porque tudo o que foi pensado aconteceu, mas porque nós, seres humanos, tendemos, naturalmente, a pensar sempre em cenários negativos de futuro, a fim de garantir e antecipar o sofrimento, antecipando uma possível resolução. O fato é que muito do que fantasiamos, não acontece.
Esse caminho automático de buscar a m*rda é comum. É uma atitude de vida que, sem consciência, acabamos por seguir facilmente. Sobre isso, as moscas já fazem esse caminho há milhões de anos. Elas são grandes recicladoras da natureza. Porém, nós humanos, superamos esses seres alados e buscamos as m*rdas futuras!
Muitos de nós, presos nesse automatismo, buscamos a m*rda, comemos m*rda e defecamos a m*rda e comemos de novo – é um ciclo infinito. Pois, assim que já defecamos já temos o alimento fresquinho. Diferente das moscas, nós buscamos tanta m*rda que não existe tempo hábil para as reciclagens, aliás, não existe nem matéria prima para isso, já que toda essa montanha de m*rda é uma antecipação.
Seria mais fácil não procurar a m*rda, afinal, as m*rdas da vida, querendo ou não, caem sobre nossas cabeças numa quarta-feira à tarde, subitamente, no momento em que nos damos o direito de relaxar um pouco. Essas, ao contrário das supracitadas, são menos ilusórias. E, sim, fazendo o papel de mosca, deveríamos reciclá-las, isto é, refletir, levar para terapia, em prol de uma solução.
Outro inseto tão importante quanto a mosca nos habita: a abelha – a grande produtora de mel! Isso, simbolicamente, o elixir dos deuses. O processo de produção do mel envolve várias etapas e ocorre nas colmeias, onde as abelhas vivem e trabalham. A primeira coisa que uma abelha melífera faz é a coleta de néctar! Elas voam de flor em flor coletando néctar, que é uma substância açucarada produzida pelas plantas. Elas usam sua língua, chamada de probóscide, para sugar o néctar das flores.
Aqui já percebemos que deixar de buscar a m*rda para produzir o mel é mais dificultoso, pois esse processo demanda de uma prontidão e de uma determinação do indivíduo, seja da abelha, seja do ser humano. Já, na atitude "mosca" está tudo pronto. Isto é, no começo não é automático igual a m*rda, precisamos daquilo que se chama consciência!
O mel psíquico aqui é o que está em foco. Quando nos policiamos diante da atitude de buscar as m*rdas e começamos a tentar encontrar néctar e produzir mel, estamos agindo não somente em prol de nós mesmos como em prol da comunidade, da sociedade, da diversidade e da alteridade.
O símbolo do mel é diverso. Como vemos: Fertilidade e reprodução; Saúde e cura; Imortalidade e vida após a morte; Sabedoria e conhecimento; Abundância e prosperidade; União e harmonia.
Aqui não quero defender uma ou outra atitude de vida. Afinal, precisamos ser moscas para reciclar as verdadeiras m*rdas que nos chegam. Reciclando elas, teremos um belo de um adubo para assim fazer as plantas cresceram, florescerem e, então, buscarmos o néctar para produzir o mel. Ou seja, minha proposta é ser mosca e abelha na medida certa! Uma não vive sem a outra.
Leonardo Torres, analista junguiano.
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