Recentemente surgiram notícias da proposta de alteração da política de Saúde Mental no Brasil. Como resultado uma série de questões foram levantadas tais como a relevância do debate nesse momento sensível da saúde pública: pandemia da Covid 19, contingenciamento dos gastos públicos em saúde, conflitos entre esferas de poder político, dentre outros.

O atual modelo, resultado de amplo debate público e cuja história se confunde com a do próprio SUS, vê algum dos seus elementos ameaçados. A revogação de portarias referentes a forma de organização da rede de assistência a Saúde Mental significa, para além de uma questão administrativa de reorganização dos recursos, outra posição política sobre o tema. 

É sobre o impacto dessa movimentação que trata este episódio.

Quem já acompanha o Psiquiatria à Deux, sabe que esse foi o tema do nosso Segundo Episódio. No entanto, hoje, infelizmente vimos necessidade em reapresentar esse mesmo episódio. Na mesma semana em que celebramos o Dia da Consciência Negra, João Alberto, homem negro foi brutalmente assassinado por seguranças do Carrefour de Porto Alegre.

 Decidimos reeditar o Episódio 02 do Psiquiatria à Deux, como forma de novamente explicitar que o Racismo é determinante para o Adoecimento Mental da População Negra. Passaríamos a abordar aqui a vida e obra de Frantz Fanon. Optamos por segurar o lançamento deste capítulo para  outro momento devido ao formato de apresentação da vida e obra do autor que havíamos produzido. Em breve falaremos sobre Fanon, Médico Psiquiatra Negro e sobre sua riquíssimoa contribuição nas mais diversas áreas do conhecimento. E também sobre seu papel na articulação e ação na luta antiracista, como esse 20 de novembro tristemente nos convoca.

Aquele conhecido que muda de opinião toda hora, é Bipolar? Partindo dessa questão o episódio dessa semana fala sobre um dos temas mais frequentes na Psiquiatria, o Transtorno Afetivo Bipolar!

Para além da definições técnicas, falamos também sobre o impacto desse diagnóstico, assim como das formas de cuidado e relações com o dia dia.

Seguindo com a Pergunta: Afinal, o que é um Transtorno Psiquiátrico, o Episódio 23 se foca em entender qual a relação da sua definição com os modelos de cuidado em Saúde Mental na perspectiva da Psiquiatria. 

Para além do entendimento dos fatores de risco, curso, prognósticos, etc, trazemos também uma reflexão acerca da centralidade do cuidado a partir da pessoa que busca apoio e a relevância da Reforma Psiquiátrica como guia para um cuidado que preserve os direitos e e oriente a atenção a saúde a cada um de nós!

Em tempos de aumento do número de pessoas com diagnóstico de algum Transtorno Psiquiátrico, surgem questões diversas como: qual a origem dos Transtornos, porque eles tem aumentado em nossos tempos, como podemos diminuir o seu impacto pessoal e coletivo, dentre outros.

Há uma pergunta que, ainda hoje, gera curiosidade em todos nós: O que é um Transtorno Mental? 

Por ser uma questão de imensa relevância para o entendimento do fenômeno do sofrimento psíquico por parte da pessoa adoecida ou ainda por necessidade de se entender essa característica dos nossos tempos, o Episódio dessa semana se debruça sobre o tema. 

Para poder explorar sua riqueza e extensão, vamos dividir em dois episódios em que além de responder a questão inicial, podemos falar sobre os Transtornos Mentais mais comuns, estratégias de tratamento e a importância da Reforma Psiquiátrica nesse contexto.

O reality show A Fazenda está em evidência nas últimas semanas. Uma situação em particular chamou a atenção deste Podcast: a presença de uma Peoa (Raissa) com o diagnóstico de Transtorno de Personalidade Borderline!

Devido as repercussões das suas ações dentro do confinamento e também a relação dos outros participantes do programa, passou a se discutir a importância de entender as implicações reais de um transtorno psiquiátrico e a forma adequada de se lidar com pessoas que sofrem dele.

Neste episódio tratamos desse tema em questão, pensando a partir das relações dentro da Fazenda e reforçando a importância da Empatia e do combate a psicofobia!

A demanda pelo tratamento médico psiquiátrico tem se tornado cada vez mais comum nos nosso dias. Devido a sua flexibilidade, pode se restringir ao ato pontual de orientação ou a períodos longos, por vezes de uma vida, em que se mobilizam inúmeros recursos de saúde e para além.

Tanto o início quanto o encerramento de um tratamento devem ser pensados em termos do bem estar da pessoa em sofrimento psíquico. Este momento carrega consigo a necessidade de um dialogo acolhedor e realista, onde as expectativas e os possibilidades estejam na ordem do dia.

Entretanto não é isto que vemos com frequência. O abandono ao tratamento ainda é recorrente no dia a dia. Existem diversas razões para isso, de ordem material (dinheiro), disposição do sistema de saúde (acesso) e até mesmo disposição pessoal, entre outros. Nesse episódio abordamos essas questão e como existe uma demanda crescente para se repensar o cuidado e saúde e também a importância da aliança terapêutica.

Hoje é dia de responder a dúvidas acerca da Psiquiatra da Infância e Adolescência! A partir das mensagens que recebemos em nossas redes sociais compilamos os temas e trouxemos questões comuns e recorrentes sobre esse tema. 

Respondemos dúvidas sobre como essa área médica funciona, as especificidades do tratamento de crianças e adolescentes em situação de sofrimento psíquico assim como a relação suas causas, uso de medicação e trabalho em equipe multiprofissional.

A Fluoxetina, apresentação genérica da medicação conhecida como Prozac, está no mercado a mais de 30 anos. Graças ao seu perfil de tolerabilidade e sucesso no tratamento de pessoas que sofrem de diversos transtornos mentais (depressão em especial), foi um marco na psiquiatria e na sociedade como um todo.

Ainda hoje é uma das medicações mais prescritas no mundo todo, estando presente em diversos países e também no nosso SUS. A despeito das limitações do nosso sistema de saúde no tratamento de pessoas em condições de sofrimento mental, o Brasil é um dos maiores consumidores de Fluoxetina no mundo.

A forma como fazemos uso da medicação e as expectativas que temos dela, entretanto, trazem um retrato do nosso tempo. De um lado avanços técnicos científicos surpreendentes e do outros uma sociedade com cada vez menos tempo para experimentar seus próprios afetos e lidar com as angústias próprias da experiência da vida humana. É daí que questionamos a percepção inicial quanto a Fluoxetina: A Pílula da Felicidade?