A regulação das redes sociais é prioridade do governo desde o começo do mandato do presidente Lula, em 2023, mas o debate acabou engavetado no Congresso por pressões contrárias das plataformas digitais. Em entrevista a Marco Antonio Soalheiro, no Mundo Político, o o professor da PUC de Goiás e consultor em marketing político, Marcos Marinho, diz que há uma confluência de fatores que favorecem o reaquecimento do tema da regulação das big techs. Ele lembra como o presidente Donald Trump incluiu na carta, que anuncia a taxação sobre o Brasil, as demandas das plataformas que têm no país um mercado importante. E ao mesmo tempo, avalia, atraiu atenção popular o vídeo do influenciador Felca sobre adultização de crianças, que viralizou com graves denúncias. O professor explica que no universo da “economia da atenção” este momento mobiliza, fura bolhas e permite um foco de narrativa que não interessa ao Congresso contrariar. Marcos Marinho chama a atenção para o protagonismo do Brasil diante da situação e defende que o país busque um acordo multinacional para a regulação conjunta das Big Techs.