Uma garça, caminhando à beira de um riacho, esnoba os peixes pequenos e os peixes jovens, considerando-os indignos de seu paladar. À medida que o dia avança, os peixes nadam para águas mais profundas e a garça acaba tendo que se contentar com um caracol. A história ilustra a importância de não ser excessivamente exigente e perder oportunidades por ganância ou arrogância.

Uma leiteira, a caminho do mercado com um balde de leite na cabeça, sonha com os lucros que terá ao vender manteiga, comprar ovos, criar galinhas e comprar um vestido novo. Em sua fantasia, ela se imagina esnobando pretendentes, mas ao balançar a cabeça com desdém, derruba o balde, perdendo o leite e todos os seus planos futuros. A história ensina sobre os perigos de se perder em fantasias e não prestar atenção ao presente.

Uma raposa e um leopardo discutem sobre beleza após o jantar. O leopardo se gaba de sua pelagem manchada, enquanto a raposa, menosprezada por sua aparência comum, responde com sagacidade. Ela argumenta que a verdadeira beleza reside na inteligência e esperteza, e não apenas na aparência externa, criticando a vaidade superficial do leopardo.

Um lobo faminto tenta enganar uma cabra que está no alto de um penhasco, oferecendo grama macia embaixo. Ele diz que está preocupado com a segurança da cabra, mas a cabra percebe que o lobo só quer comê-la, e ignora suas falsas preocupações, mostrando que não se deve confiar em elogios de quem tem segundas intenções.

Um lobo rouba um cordeiro, mas um leão o toma para si. O lobo reclama, alegando que o cordeiro é sua propriedade, mas o leão questiona como ele o obteve, insinuando que foi por roubo e não por direito. A história ensina que a posse injusta não confere direitos legítimos.

Um leão, ferido por um bode, bane todos os animais com chifres de seu reino. Uma lebre, sem chifres, tem pesadelos e se assusta com a sombra de suas longas orelhas, temendo que o leão as confunda com chifres. Ela decide fugir. A história ilustra como o medo e a paranoia podem levar a reações exageradas e como a interpretação equivocada da realidade pode causar sofrimento desnecessário.

Uma borboleta e uma rosa apaixonam-se. A borboleta parte e demora a retornar. A rosa o acusa de infidelidade, tendo-o visto cortejar outras flores. A borboleta, por sua vez, acusa a rosa de flertar com um beija-flor e um abelhão. A história ilustra a natureza efêmera do amor e da fidelidade em um mundo cheio de tentações, mostrando como as expectativas de constância podem ser irreais.

Uma toupeira jovem afirma ter visão, apesar da alegação de sua mãe de que ele é cego. Para testá-lo, a mãe toupeira coloca incenso diante dele e pede que ele identifique. A pequena toupeira confunde o incenso com uma pedra. A mãe toupeira conclui que ele não só é cego, mas também perdeu o olfato. A história ilustra como a presunção pode levar a conclusões errôneas e como a realidade pode ser diferente da percepção individual.

Abelhas e vespas disputam a posse de um mel encontrado em uma árvore oca. Para resolver a disputa, um juiz propõe que ambas as partes construam um favo de mel, pois apenas as abelhas são capazes de fazer isso. As vespas protestam, revelando sua incapacidade. O juiz decide que o mel pertence às abelhas. A história ilustra como a habilidade e a capacidade de realizar uma tarefa específica podem determinar a verdadeira propriedade e como a falta de habilidade pode revelar a falsidade.

Duas cabras encontram-se em lados opostos de uma ponte estreita sobre um abismo. Ambas, orgulhosas demais para ceder, avançam simultaneamente, encontrando-se no meio. Nenhuma das duas recua, e ambas caem no abismo. A história ilustra como o orgulho e a teimosia podem levar à destruição mútua e como a cooperação e a humildade são importantes para evitar conflitos desnecessários.