Share Sem Papas: Literatura para novos tempos
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By Paulliny Tort
The podcast currently has 10 episodes available.
"A escrita do diário: migração e afetividade na poesia de Leonardo Tonus" é o tema deste episódio do Sem Papas. Nele, celebramos seu novo livro, "Diários em mar aberto", lançado pela editora Folhas de Relva em julho de 2021. Leonardo fala sobre como esses textos surgiram durante a pandemia, a partir da necessidade particular da escrita de um diário. Ele fala também sobre uma caixa que recebeu de presente do pai, repleta de vestígios da travessia que Luigia, sua avó italiana, fez para o Brasil em 1927. Avó Luigia, e uma constelação de parentes e rostos desconhecidos, todos migrantes, todos em deslocamento, estão muito presentes do livro. Assim como em seus trabalhos anteriores, Agora Vai Ser Assim (Nós, 2018) e Inquietações em tempos de insônia (Nós, 2019), a migração se apresenta como um elemento central dos diários, sendo moldada pelo ritmo ondulante da palavra poética. Conversamos ainda sobre música e algumas outras histórias que você pode ouvir agora no Spotify e outras plataformas de streaming. Ou pode acessar em anchor.fm/sempapas. Conforme anunciado, este é um dos últimos episódios do podcast. Então aproveite para ouvir também os papos mais antigos, que continuam disponíveis. Muito obrigada pela escuta e uma ótima semana!
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"Nascer na palavra: poesia, autodescoberta e biblioterapia" é o tema da minha conversa com a escritora e pesquisadora baiana Lilian Almeida. O ponto de partida do nosso papo foi a leitura do "Pulsares", livro mais recende da Lilian e vencedor do Prêmio Caramurê de Literatura 2019. Na obra, o eu-lírico surge de uma gestação e segue amadurecendo ao longo das páginas, cada vez mais seguro e ousado, até desembocar em uma delicada poesia erótica. De fato, Lilian Almeida tem um caminho de nascimento e descoberta na literatura e fala sobre como, depois de evitar assumir aquilo que é seu, se fez poeta. Na busca pessoal, encontrou a biblioterapia e hoje é facilitadora dessa modalidade de leitura, que até então eu conhecia pouco. Muito obrigada, Lilian, pela oportunidade de aprender. E se você quer saber mais sobre a Lilian e sobre sessões biblioterapêuticas, ouça esta entrevista do Sem Papas. Falta pouco para acabar. O podcast surgiu na pandemia e chegou ao fim de sua missão: estou gravando as últimas entrevistas, que devem ser veiculadas ao longo das próximas semanas. O Sem Papas foi uma experiência surpreendente, em que tive excelentes conversas e retornos, mas preciso me dedicar à escrita. Muitíssimo obrigada pela companhia e até breve.
Paulliny Tort
"Mulheres que correm com deusas: o ser e o não ser na literatura de C.J.", esse é o título que dei à conversa com a escritora e jornalista Cristina Judar. Em julho de 2021, nós conversamos sobre o então mais recente romance da Cristina, "Elas marchavam sob o sol", publicado pela editora Dublinense. O livro atravessa questões muito contemporâneas sobre o corpo e o feminino e falamos sobre como a autora equilibrou a dimensão política com aspectos simbólicos que são centrais na narrativa. Transitando pelo fantástico, Cristina nos mostra que antigas violências também recaem sobre os ombros da sociedade dita pós-moderna e que é preciso, como em todo conto de fadas, procurar uma saída. Um romance que consegue realizar a proeza de encaixar presente e passado, como imagens de um mesmo espelho. Sem Papas na língua, deixo meu abraço a cada ouvinte, esperando reencontrá-las muito breve. E, caso queira falar comigo, basta me procurar nas redes sociais: @paullinytort.
Um beijo muito grato e até a próxima!
Paulliny Tort
"O segundo romance: como escrevi depois do voo" foi o tema da minha conversa com Aline Bei, autora que abre a nova temporada do Sem Papas. Em 2017, Aline venceu o Prêmio Toca e publicou seu primeiro romance, O Peso do Pássaro Morto, pela editora Nós. O livro, que acabou ganhando o Prêmio São Paulo de Literatura, na categoria estreante com menos de 40 anos, conquistou milhares de leitores e se transformou em um verdadeiro hit literário. Agora Aline se encontra às vésperas da publicação do seu segundo romance, Pequena coreografia do adeus, pela editora Companhia das Letras. Nesse papo, ela faz um balanço dos aspectos positivos e negativos da projeção alcançada pelo Pássaro e fala sobre como o trajetória do livro impactou sua escrita. "Escrevo com as minhas limitações, não com as minhas potências", afirma Aline, que nos conta ainda qual é o estudo por detrás do romance Pequena coreografia do adeus, protagonizado pela personagem Julia Terra.
Sem Papas na língua, deixo meu abraço a cada ouvinte, esperando reencontrá-las muito breve. E, caso queira falar comigo, basta me procurar nas redes sociais: @paullinytort.
Um beijo muito grato e até a próxima!
Paulliny Tort
"Autoficção: a escrita de si como registro de um tempo", este foi o tema da minha conversa com Julián Fuks, convidado desta edição especialíssima do Sem Papas. Nascido em 1981, Julián foi eleito pela revista Granta um dos melhores jovens escritores brasileiros. Seus livros conquistaram importantes distinções, como os prêmios Jabuti e José Saramago, o que não deixa de ser também um reconhecimento à importância do testemunho na literatura.
"A resistência" e "A ocupação", romances mais recentes de Julián, confirmam seu compromisso com uma escrita que se pretende antes de tudo honesta e firmemente atenta aos desafios do presente. Ao narrar sobre si, sobre a própria vida e os próprios conflitos, Julián faz não um exercício narcísico, mas justamente o contrário, explorando aquilo que se encontra para além das nossas esferas de conforto.
Nessa papo, falamos sobre a crise da ficção, sobre W. G. Sebald (falamos realmente muito nele, pois não é possível pensar a autoficção hoje sem considerar o projeto do Sebald) e sobre os processos de escrita de "A resistência" e "A ocupação" e em que medida esses romances se aproximam e se afastam da realidade. Para quem quer conhecer melhor o gênero, considero esse episódio uma excelente reflexão.
Sem Papas na língua, deixo meu abraço de fim de ano a cada ouvinte, esperando reencontrá-las muito breve. E, caso queira falar comigo, basta me procurar nas redes sociais: @paullinytort.
Um beijo muito grato, boas festas e até a próxima!
Paulliny Tort
"A escrita literária e o movimento social negro", este foi o tema da minha conversa com Cristiane Sobral. Mãe, escritora, atriz e professora de teatro, Cristiane comemora este ano duas décadas de literatura. Nesta entrevista, ela conta sua aventura com a palavra, desde os primórdios, quando era ainda uma menina apaixonada por livros em um ensolarado Rio de Janeiro.
Falamos também dos Cadernos Negros, publicação que deu à Cristiane a alegria da estreia e anos de compromisso, estudo e amizade. Foi nas reuniões dos Cadernos que ela conheceu Conceição Evaristo, Cuti, Esmeralda Ribeiro, Márcio Barbosa, Jamu Minka... Diz que foi seu curso de letras. Cristiane Sobral defende que nós, como povo brasileiro, precisamos nos afrobetizar e a literatura de autoria negra é um dos caminhos para isso.
Esta foi a última entrevista do I Ciclo de Conversas do Sem Papas. Antes da Cristiane, estiveram conosco Maria Valéria Rezende, Itamar Vieira Junior, Cinthia Kriemler e Sheyla Smanioto. Se você ainda não ouviu, faço esse convite. Agora desacelerei os motores e tomarei fôlego para um segundo ciclo, em que espero encontrar mais gente boa e sem papas na língua.
Obrigada pela companhia nestas cinco semanas de reflexões e afetos. Estou no Instagram, onde você pode acompanhar outras das minhas atividades ligadas à literatura: @paullinytort.
Até a próxima!
Um beijo grato da Paulliny
“Como despertar o gênio da criação literária”, este foi o tema do meu papo com a escritora Sheyla Smanioto, que deu dicas preciosas para quem deseja encontrar voz na Literatura. Sheyla nasceu em Diadema em 1990 e é formada em Estudos Literários e mestre em Teoria Literária, ambos pela Unicamp. Em 2015, ela venceu o prêmio Sesc de Literatura com o romance Desesterro. O livro ganhou o prêmio Machado de Assis da Biblioteca Nacional, o bronze no Prêmio Jabuti e foi finalista no Prêmio São Paulo de Literatura. Agora ela está se preparando para publicar seu segundo romance, Meu corpo ainda quente, que será publicado pela editora Nós. Você terá o privilégio de ouvir aqui um trechinho desse romance em primeira mão.
Desde 2011, Sheyla tem investigado as relações do corpo com a escrita e ajudado escritoras e escritores a encontrem uma mitologia pessoal, que os ampare nos seus processos criativos. Para ela, a escrita é uma experiência radical e não é possível vivê-la pela metade. Nesta entrevista, você terá acesso a uma visão que considero revolucionária sobre o ritmo, a intensidade e a honestidade do fazer literário (e da criatividade como um todo). Eu e a Sheyla estamos nas redes sociais e queremos saber o que você achou dessa conversa. Ouça, compartilhe e, se puder, nos conte se essas reflexões fizeram diferença para você. Estamos juntas, estamos juntos, de mãos dados por novos tempos.
Um beijo grato da Paulliny
"O gozo e o pranto da mulher protagonista", este foi o tema do meu papo com a escritora Cinthia Kriemler. Depois de estrear na Literatura em 2012, Cinthia não parou mais de publicar: já são dois romances, três livros de contos e um de poesia. Tanto trabalho rendeu a semifinal do prêmio Oceanos de Literatura 2016, com Na Escuridão não existe cor-de-rosa, e a final do prêmio São Paulo de Literatura 2018, com o romance Todos os abismos convidam para um mergulho. Para além dos prêmios, Cinthia conquistou uma legião de leitoras e leitores que acompanham seu trabalho a cada lançamento.
Nesse papo, falamos sobre por que determinados temas, como o abuso sexual e a violência doméstica, têm estado tão presentes na literatura de autoria feminina. E, claro, falamos sobre os prazeres da mulher protagonista. E falamos ainda sobre como priorizar a escrita em meio aos afazeres cotidianos e às responsabilidades familiares, que em geral recaem com mais força sobre as mulheres. Ou seja, uma conversa que é um sopro àquelas (e também àqueles) que escrevem, mas ainda não encontraram estímulo para começar.
Ouça, compartilhe e me conte o que achou. Somos um só corpo em luta por novos tempos.
Um beijo grato da Paulliny
"A força da ancestralidade no romance brasileiro", este foi o tema do meu papo com o escritor Itamar Viera Junior. Geógrafo, doutor em estudos étnicos e africanos, Itamar venceu o prêmio Leya 2018, o que levou ao lançamento do seu primeiro romance, Torto Arado, em solo português. No Brasil, o livro foi lançado pela Todavia. Há quem diga, e eu sou uma dessas pessoas, que Itamar escreveu um clássico. E como cajueiro não dá caju uma vez só, ele também foi finalista do prêmio Jabuti, com o livro de contos A Oração do Carrasco (Mondrongo, 2017).
Nessa conversa, eu e Itamar navegamos por vários assuntos. Falamos sobre a Academia Brasileira Letras (e sobre sua recusa à Conceição Evaristo), sobre fascismo na internet, sobre as relações do homem com a natureza... Falamos enfim sobre tantas coisas que só ouvindo para saber. Itamar, além de um autor que já revela admirável estatura, é uma simpatia e prosear com ele é como rever um velho amigo. Então puxe a cadeira e se sente conosco. Ouça, compartilhe e me conte o que achou. Estamos juntas, estamos juntos, de mãos dadas por novos tempos.
Um beijo da Paulliny
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