Este é um texto de Peter Pál Pelbart onde ele comenta o filme Asas do Desejo, de Wim Wenders. Num momento em que muitos estão próximos ao desespero, sem enxergar luz no fim do túnel, este texto me trouxe uma lufada de vento fresco, uma noção de que nosso pessimismo está completamente vinculado à visão à qual estamos atrelados de como as coisas deveriam ser. Um anjo - um amigo, nós mesmos, numa perspectiva ampla - pode nos devolver a alegria e o alento.

Quando cuidamos e nos envolvemos com o sofrimento dos outros, chega uma hora em que podemos nos perder de nós mesmos, não reconhecer nossos limites. E com eles, perder a visão do que é bom e belo neste exato momento. É aí que precisamos de quem nos devolva a perspectiva benéfica da vida para que possamos retomar a alegria e a paz que estão presentes, mas não estamos vendo.

Acreditamos seriamente que todos os nossos problemas podem ser resolvidos a partir do intelecto. Que se não os "resolvemos", é porque não pensamos direito a respeito. Excluímos nossa parte que tem uma sabedoria natural, que não julga, que acolhe a realidade como é, poupando-nos de muito sofrimento.

Neste episódio, falamos da perfeição comum, já presente em todas as coisas. Baseado no livro Depois do Êxtase, Lave a Roupa Suja, do Jack Kornfield, vamos falar do nosso esforço em acertar, em mostrar algo pro mundo que nem sempre reflete quem somos verdadeiramente, deixando de ver a perfeição natural já presente em todas as coisas.

Neste podcast falo sobre as ilusões que acreditamos deram a Verdade Absoluta. E no entanto, ao prestarmos atenção a como as coisas se desenvolvem, vemos que tudo se parece mais com projeções mentais às quais nós agarramos e que nos trazem sofrimento. A prática de nos conectar com a abertura da mente muda a nossa perspectiva e nos conecta ao coração da vida.

Episódio em que relato parte da história de Buckminster Fuller, produtivo e criativo inventor que um dia esteve à beira do suicídio e decidiu ao invés disso, servir ao Universo e cito o livro Em Busca de Sentido, onde Viktor Frankl nos descreve o porquê cada vida tem um sentido único e deve ser vivida completamente.

Oração Budista para a cura das relações...Quando a fazemos, colocamos as nossas mentes abertas para desejar que sejamos felizes e fiquemos livres de sofrimento bem como as pessoas de quem gostamos, as que nos são neutras e até aquelas que nos causaram sofrimento. É uma cura unilateral das relações, quando nos libertamos de arrastar pela vida ressentimentos que nos deixam amargos e não nos trazem benefícios. Se nós mudamos, tudo muda e seguimos em frente em paz.

Quando sentimos insatisfação, desconforto, nossa resposta natural é fugir, torcer pra que aquilo passe logo. Aqui, ao contrário, somos orientados a apenas sentar e prestar atenção, sem tentar mudar nada.

O momento presente é o único de que dispomos. Vivemos nossas vidas como robôs, perdidos em fantasias de passado e futuro e perdendo o caminho que está sob nossos pés e que é a nossa própria vida. Trecho extraído do livro A Mente Alerta de Jon Kabat-Zinn.

Do livro A Mente Alerta, de Jon Kabat-Zinn