A saga da Windsurf, uma inovadora startup de codificação de IA, desenrolou-se em meados de 2025, ilustrando a intensa competição por talentos e propriedade intelectual (PI) no mercado de inteligência artificial.

• Inicialmente, a Windsurf estava programada para uma aquisição de US$ 3 bilhões pela OpenAI. No entanto, o acordo fracassou devido a preocupações da Microsoft, principal investidora da OpenAI, em relação a possíveis conflitos com seu próprio produto Copilot. Essa intervenção demonstra a influência estratégica de grandes investidores.
• Imediatamente após o colapso, a Google DeepMind executou uma "aquisição reversa" de US$ 2,4 bilhões. Esta operação não foi uma aquisição completa da empresa, mas envolveu a contratação do CEO da Windsurf, Varun Mohan, do cofundador Douglas Chen e de pessoal-chave de P&D, além de uma licença não exclusiva para a tecnologia da Windsurf. O objetivo da Google era reforçar suas iniciativas de codificação de IA Gemini, sublinhando a "guerra por talentos de IA".
• Poucos dias depois, a Cognition, a empresa por trás do engenheiro de software autônomo Devin, adquiriu a entidade remanescente da Windsurf, incluindo a propriedade intelectual, o produto, a marca registrada e a maior parte da força de trabalho. A Cognition visava integrar a plataforma IDE da Windsurf com o Devin, aprimorando suas ferramentas de desenvolvimento de software nativas de IA. Esta foi uma "jogada de mestre" oportunista, provavelmente a uma fração do preço da Google.

Esta sequência de eventos destaca o valor extremo atribuído às capacidades de IA de ponta e ao capital humano. O resultado fragmentado — onde talento e licença foram para a Google e a entidade corporativa para a Cognition — redefine o modelo de aquisições de startups de IA, mostrando que seus ativos podem ser "desagregados" e transacionados independentemente. A rapidez dos eventos (tudo em poucos dias em julho de 2025) ressalta o ritmo acelerado e a agilidade estratégica necessária no mercado de IA.

Pesquisa e roteiro: Rodrigo

Edição e publicação: Bárbara

1~> Preços vazados indicam que os próximos portáteis Xbox Ally X e Ally podem custar €899 e €599, respectivamente, na Europa. Esses valores, raspados do site da ASUS, espelham os modelos ROG Ally e podem ser apenas placeholders. A parceria Xbox/ASUS para os handhelds foi confirmada anteriormente.

2~> O Galaxy Z Fold 7 não suporta a S Pen, mas a Samsung está pesquisando tecnologias mais finas para a caneta. O diretor Kang Min-seok afirmou que a reintrodução da S Pen em futuros modelos, como o Galaxy Z Fold 8, será considerada se a perfeição aumentar e houver demanda do cliente.

3~> A Malásia exigirá licenças de comércio para chips de IA de origem dos EUA, com notificação de 30 dias. A medida visa impedir o contrabando de chips avançados para a China. Os EUA também planejam restrições adicionais de exportação para Malásia e Tailândia para controlar o acesso chinês a esses chips.

4~> Uma juíza brasileira ordenou que a Apple Brasil restabeleça a conta iCloud de uma usuária bloqueada após roubo. A exigência de "informação inexistente" pela Apple foi considerada abusiva, comprometendo a atividade econômica da usuária. A empresa enfrenta multa diária de R$100 se não cumprir em 48 horas.

5~> Mais de 1.000 domínios falsos imitando o Amazon Prime Day foram identificados em junho de 2025 pela Check Point Software. Cibercriminosos usam sites fraudulentos e e-mails de phishing para roubar credenciais de login, realizar compras não autorizadas e fraudar identidades, explorando a pressa dos consumidores durante eventos de compras.

6~> A Universidade Federal do Piauí (UFPI) informou que seus sistemas internos, incluindo SIG e SINAPSE, sofreram forte instabilidade devido a um ciberataque. Scripts maliciosos foram detectados. As equipes trabalham na contenção e recuperação, priorizando a segurança dos dados, mas o pleno funcionamento ainda não foi restabelecido.

7~> Um relatório da AIA-LAC argumenta que a complexidade do tráfego de Internet dificulta o cálculo objetivo de uma tarifa por uso de redes ("fair share"). Ele aponta que a infraestrutura móvel é apenas uma pequena parte do ecossistema, e que o faturamento e as margens de lucro das operadoras na América Latina são saudáveis.

8~> Mark Zuckerberg anunciou que a Meta planeja investir "centenas de bilhões de dólares" em superinteligência. A empresa criou sua nova divisão, Meta Superintelligence Labs (MSL), para unificar os esforços em IA, que será liderada por Alexandr Wang e Nat Friedman.

9~> A GM está colaborando com a LG Energy Solution para atualizar sua fábrica de baterias Ultium no Tennessee e produzir células de fosfato de ferro-lítio (LFP) para EVs de baixo custo. A iniciativa visa desafiar o monopólio chinês em LFP, com produção comercial esperada até o final de 2027.

10~> Cassie Kozyrkov, ex-cientista-chefe de decisões do Google, discute como a IA torna as respostas baratas, mas que valores e objetivos humanos são cruciais para formular as perguntas corretas. Ela enfatiza que a IA não fornece esses valores, sendo responsabilidade do indivíduo ou empresa definir o que é importante.

Seleção de Notícias: Arthur

Edição e Publicação: Bárbara

1~> Rumores indicam que os modelos iPhone 17 Pro podem ter uma nova opção de cor laranja acobreado, além de preto, cinza, prata e azul escuro. As informações vêm de supostas capas de lente compartilhadas por Sonny Dickson, conhecido por vazamentos precisos.

2~> O Discord lançou sua moeda virtual, Orbs, para todos os usuários. Ela pode ser ganha assistindo a anúncios ou jogando e usada para comprar itens de perfil exclusivos ou créditos Nitro. A empresa diz que a maioria dos usuários apoia a iniciativa.

3~> O Open Web Advocacy afirma que a Apple ainda bloqueia motores de navegador rivais no iOS na UE, apesar do Digital Markets Act. A Apple nega, alegando que as empresas escolhem não usar sua solução, citando segurança. A Apple está apelando da DMA.

4~> Uma decisão da Comissão de Comércio Internacional contra a BOE, fornecedora de telas chinesa, pode prejudicar a Apple. A BOE violou segredos comerciais da Samsung, podendo ter seus produtos banidos dos EUA. Isso pode aumentar os custos e preços dos iPhones mais baratos.

5~> Acionistas da Meta estão processando Mark Zuckerberg e outros executivos, buscando mais de US$ 8 bilhões em multas do escândalo Cambridge Analytica. Eles são acusados de violar um acordo de privacidade. A Meta enfrenta problemas contínuos de privacidade.

6~> A Nintendo registrou um aviso de direitos autorais para um "Projeto Não-Titulado de Donkey Kong", indicando um filme do personagem. Isso segue o sucesso de Super Mario Bros. e equilibra o risco do filme live-action de Zelda.

7~> Restaurantes com estrelas Michelin na Bay Area estão pesquisando profundamente a mídia social dos clientes antes de suas chegadas. Eles mantêm bancos de dados detalhados para personalizar a experiência de jantar, coletando informações sobre 115.000 pessoas em um caso.

8~> Senadores do Texas, liderados por Ted Cruz, inseriram uma lei para transferir o ônibus espacial Discovery do Smithsonian para a NASA em Houston. Democratas e o Smithsonian chamam isso de "roubo". O custo é significativamente maior que o alocado.

9~> As empresas chinesas BYD e CATL estão colaborando com a BHP para eletrificar a indústria mineira. Elas desenvolverão baterias e infraestrutura para equipamentos de mineração. Essa parceria visa diversificar seus negócios devido à menor demanda por baterias de veículos elétricos.

10~> Um estudo recente sugere que o fungo Juba de Leão pode melhorar a velocidade de processamento cognitivo e reduzir o estresse em adultos jovens saudáveis. Ele estimula proteínas essenciais para neurônios e é considerado seguro para uso diário.

Seleção de Notícias: Miguel

Edição e Publicação: Bárbara

A história da energia solar começou com a descoberta acidental do efeito fotovoltaico por Alexandre Edmond Becquerel em 1839. Albert Einstein, em 1905, forneceu a explicação teórica do efeito fotoelétrico. A primeira célula solar funcional, de selênio, foi construída por Charles Fritts em 1883, mas era extremamente ineficiente, com menos de 1% de conversão.

A verdadeira revolução ocorreu em 1954 nos Bell Labs, com a invenção da célula solar de silício, que alcançou 6% de eficiência. Inicialmente cara (US$ 300 por watt em 1956), a tecnologia foi impulsionada pela Corrida Espacial e a crise do petróleo dos anos 1970, levando a uma queda vertiginosa dos custos (chegando a R$ 2,76 por Wp no Brasil em 2024).

A eficiência dos painéis comerciais atualmente varia de 16% a 24%, com avanços como PERC, TOPCon e HJT otimizando as células de silício. No Brasil, a Resolução Normativa 482/2012 (net metering) e a Lei 14.300/2022 foram cruciais para a massificação da energia solar.

As vantagens incluem drástica redução da conta de luz e benefícios ambientais, enquanto desafios como o custo inicial e a intermitência são mitigados por financiamentos e sistemas de compensação/baterias. O futuro aponta para inovações como perovskitas, painéis bifaciais, integração arquitetônica (BIPV), armazenamento em baterias e hidrogênio verde, e gestão inteligente com IA e IoT. A energia solar é central para a transição energética global, com o Brasil projetando milhões de empregos até 2030.

Pesquisa e roteiro: Rodrigo

Edição e publicação: Bárbara

1~> Vazamentos indicam que a Samsung pode substituir o Galaxy S26 Plus pelo Galaxy S26 Edge. Os tamanhos de tela esperados são 6,27 polegadas para o S26, 6,66 para o S26 Edge e 6,89 para o S26 Ultra. O S26 Ultra pode ter câmera principal de 200MP.

2~> O Vivo X Fold 5 foi lançado globalmente, apresentando duas telas AMOLED (6,03" externa, 8,03" interna), processador Snapdragon 8 Gen 3 e bateria de 6.000 mAh. Possui três câmeras traseiras de 50MP e certificações IP5X, IPX8 e IPX9. As vendas iniciam na Índia em 30 de julho.

3~> Pesquisadores suíços da ETH Zürich apresentaram modelos de linguagem grandes (LLMs) abertos, treinados no supercomputador Alps. Os modelos, de 8 e 70 bilhões de parâmetros, serão totalmente abertos, incluindo código-fonte e dados de treinamento, e fluentes em mais de 1.000 idiomas.

4~> A OpenAI está prestes a lançar um modelo de linguagem IA aberto, o primeiro desde o GPT-2 em 2019. Ele será disponibilizado em várias plataformas de nuvem e poderá afetar a parceria exclusiva da OpenAI com a Microsoft, gerando debates sobre o que significa ser "aberto".

5~> A GlobalFoundries adquiriu a empresa de design de chips MIPS, unindo design e fabricação de semicondutores. A MIPS, conhecida por designs de processadores RISC-V, recentemente lançou núcleos "Atlas" para IA em dispositivos edge. A aquisição representa um grande investimento em RISC-V e IA.

6~> Uma pesquisa da Akkodis revela que a confiança de executivos em estratégias de IA diminuiu significativamente, especialmente entre CEOs e CTOs, devido a resultados decepcionantes e preocupações com escalabilidade. Chefes de RH e COO mostraram mais otimismo, enquanto a falta de fluência em IA entre a alta gerência é uma preocupação.

7~> A IKEA está se comprometendo com o padrão Matter e lançará uma nova linha de 20 produtos para casa inteligente em janeiro. Além disso, dois novos alto-falantes Bluetooth, NATTBAD e BLOMPRAKT, serão lançados este ano, com suporte a configurações multi-alto-falantes e Spotify Tap.

8~> A União Europeia divulgou um código de prática para empresas de IA, focado em proteção de direitos autorais, transparência e segurança pública. As regras, inicialmente voluntárias, exigem que as empresas evitem pirataria para treinamento de IA e divulguem detalhes dos dados. A fiscalização começará em agosto de 2026.

9~> Pesquisadores estão explorando o transplante de mitocôndrias para curar órgãos danificados, como corações e cérebros. A técnica, experimental, já foi testada com sucesso em bebês após cirurgias cardíacas. As mitocôndrias restauram a função celular e reduzem danos, prometendo aplicações futuras em lesões por interrupção do fluxo sanguíneo.

10~> Utilizando a tecnologia da vacina COVID-19, pesquisadores desenvolveram a primeira vacina baseada em mRNA contra uma bactéria resistente a antibióticos. A equipe demonstrou sua eficácia contra a Yersinia pestis (peste bubônica) em modelos animais, abrindo caminho para o desenvolvimento de vacinas mRNA contra outras bactérias mortais.

Seleção de Notícias: Miguel

Edição e Publicação: Bárbara

1~> A Foxconn na Índia começou a produção de teste do iPhone 17 em julho de 2025, visando a fabricação em massa em agosto para um lançamento em setembro. Componentes para o iPhone 17 já chegam da China, representando 10% dos pedidos da Foxconn.

2~> Um executivo do Google confirmou que a empresa irá combinar o Chrome OS e o Android em uma única plataforma. A iniciativa busca aprimorar o uso de laptops, com o Android 16 já incorporando recursos de desktop para telas grandes.

3~> Reino Unido e França estão colaborando para desenvolver tecnologias de backup para o GPS, como o eLoran, devido a interferências crescentes, incluindo o jamming visto na guerra da Ucrânia. O objetivo é aumentar a resiliência da infraestrutura.

4~> Armazéns da Amazon nos EUA estão perdendo centenas de trabalhadores após a revogação do programa governamental de "parole humanitário". A Amazon notificou os funcionários afetados, exigindo nova autorização de trabalho em cinco dias.

5~> Jack Dorsey lançou o aplicativo Sun Day para iOS, que rastreia a exposição ao sol e os níveis de vitamina D, usando dados de localização e UV. Ele desenvolveu o app usando a ferramenta de codificação de IA de código aberto Goose.

6~> A SpaceX lançou um "satélite misterioso" chamado Commercial GTO-1, que se acredita ser o satélite de comunicação israelense Dror-1. Além disso, a SpaceX e o MPF bloquearão o acesso à internet Starlink de garimpeiros ilegais na Amazônia a partir de janeiro de 2026.

7~> Um ex-engenheiro da ASML e NXP foi condenado a três anos de prisão na Holanda por roubar tecnologia secreta de chips e compartilhá-la com a Rússia. Ele confessou ter enviado arquivos com informações sobre fabricação de semicondutores.

8~> Especialistas alertam que é crucial investir agora em cibersegurança quântica (PQC), pois a criptografia atual, como RSA e ECC, se tornará obsoleta com o amadurecimento da computação quântica. A transição requer planejamento a longo prazo.

9~> Os esforços da China para usar IA na tradução de TV para linguagem de sinais estão falhando, com avatares perdendo ou distorcendo informações chave. Críticas apontam a falta de envolvimento de linguistas e pessoas surdas no desenvolvimento.

10~> Neuroplasticidade é a capacidade do cérebro de se reorganizar e formar novas conexões, fundamental para o aprendizado contínuo, desenvolvimento de habilidades e recuperação neurológica. O cérebro adulto permanece dinâmico e adaptável ao longo da vida.

Seleção de Notícias: Arthur

Edição e Publicação: Bárbara

Lex Friedman Podcast - David Heinemeier Hansson (DHH)

DHH, criador do Ruby on Rails e co-fundador da 37 Signals, defende a simplicidade e a "felicidade do programador", criticando a complexidade excessiva no software atual. Ele ama Ruby pela sua clareza e estética e busca resgatar a simplicidade dos anos 90 com o Rails 8 (No build). DHH vê a IA como um "par de programação" útil para aprender e gerar rascunhos, mas alerta para o perigo da "perda de competência" e de programadores virarem "macacos de prompt", perdendo a capacidade de raciocinar sobre o código. Ele é cético sobre previsões de IA escrever a maioria do código, comparando programar à mão a andar a cavalo no futuro. Na 37 Signals, ele promove equipes pequenas (duplas), trabalho remoto focado e critica gerentes de engenharia e reuniões excessivas. É um defensor radical de não pegar dinheiro de Venture Capital, priorizando a sustentabilidade, o lucro calmo e a construção de um bom produto, em vez do crescimento a qualquer custo e da corrida por unicórnios.

Tech World Sava - How the US Weaponizes Tech in the Middle East

Este podcast explora como os EUA usam a tecnologia como ferramenta geopolítica no Oriente Médio, controlando o acesso a inovações para moldar poder e influência. A análise destaca os "padrões duplos" dos EUA, permitindo que aliados como Israel desenvolvessem armas nucleares enquanto o Irã sofre severas restrições. Atualmente, a dinâmica é de "petrodólares por tecnologia" focada em IA para vigilância e possível substituição de mão de obra em países do Golfo. Israel é visto como um "laboratório" para testar tecnologia militar e de vigilância, muitas vezes contra palestinos, e exportá-la globalmente. O podcast alerta para a crescente militarização da tecnologia (drones autônomos, IA decidindo alvos) e o perigo de proliferação de drones e softwares de IA que são mais fáceis de copiar que armas nucleares.

Acquired - How the Best Business in Human History Happened (Google)

O episódio detalha a ascensão do Google, que revolucionou a busca com o PageRank, classificando páginas pela relevância dos links. A monetização veio com o Edwards (V2), que aprimorou o conceito de leilão de palavras-chave e custo por clique (CPC) da Overture. O grande diferencial foi o Ed Rank, que combinava lances com a relevância do anúncio (CTR), alinhando interesses de usuários, anunciantes e Google. Isso gerou anúncios mais úteis e eficientes. A criação de uma plataforma self-service e o leilão de segundo preço tornaram a máquina de fazer dinheiro inacreditável. A infraestrutura baseada em hardware barato e a estratégia agressiva de distribuição, como a Google Toolbar, que aumentava drasticamente o número de buscas, criaram um ciclo virtuoso e imparável: mais usuários, mais dados, anúncios melhores, mais receita para conseguir mais usuários, cimentando o domínio do Google.

Hard Fork - Peter Thiel

Peter Thiel explora sua tese de "estagnação tecnológica" desde os anos 70, com a internet e a IA sendo as poucas exceções. Ele defende a necessidade de "disrupção" na política e tecnologia, justificando seu apoio a figuras como Donald Trump como uma aposta contra a complacência e o status quo. Thiel reconhece a IA como uma grande promessa, mas é cético sobre sua capacidade mágica de resolver tudo, sugerindo que os verdadeiros gargalos podem ser culturais e sociais, como o conformismo e a aversão a riscos. Sua visão mais provocadora é a do "anticristo": o maior perigo não é a catástrofe tecnológica em si, mas a solução que criamos para evitá-la, que pode levar a um controle global totalitário. Esse controle, em nome da segurança absoluta, sufocaria o progresso, resultando em uma "estagnação global forçada".

Pesquisa e roteiro: Ângelo / Kléber

Edição e publicação: Bárbara

Tim Marshall é um renomado jornalista e autor britânico, com mais de três décadas de experiência cobrindo conflitos globais e assuntos externos para veículos como Sky News, BBC e LBC. Sua vasta experiência em campo, reportando de mais de trinta países e doze conflitos, como os Bálcãs e o Iraque, fundamenta suas análises geopolíticas, conferindo-lhes autenticidade e uma perspectiva prática.

Sua obra mais conhecida, "Prisioneiros da Geografia: 10 mapas que explicam tudo o que você precisa saber sobre política global" (2015), é um best-seller internacional. A premissa central do livro é que a geografia física – montanhas, rios, oceanos, clima – exerce uma influência determinante e frequentemente subestimada nas decisões políticas e no desenvolvimento das nações. Marshall argumenta que líderes e estados são "prisioneiros" de suas realidades geográficas, que limitam suas opções estratégicas.

O livro é estruturado em dez capítulos, cada um dedicado a uma região global (como Rússia, China, EUA, Europa, África e Oriente Médio), ilustrando como a geografia molda suas políticas externas e dilemas. Exemplos incluem: a obsessão russa por portos de águas quentes, a busca chinesa por rotas marítimas seguras, a vantagem dos rios navegáveis nos EUA, e as fronteiras artificiais na África e no Oriente Médio que causam conflitos.

"Prisioneiros da Geografia" é amplamente elogiado por sua acessibilidade, clareza e capacidade de tornar temas geopolíticos complexos envolventes para o público geral. Críticos da mídia o descrevem como "um dos melhores livros sobre geopolítica" e uma fonte de "insights nítidos". No entanto, também recebeu ressalvas de especialistas por simplificação, reducionismo e um certo grau de determinismo geográfico, que por vezes superenfatiza o papel da geografia em detrimento de outros fatores como tecnologia ou condições sociais. Apesar das críticas, o livro é amplamente considerado um excelente "primer" para a geopolítica, elevando a compreensão pública sobre a relevância contínua da geografia nos assuntos globais.

https://www.amazon.com.br/Prisioneiros-geografia-explicam-precisa-pol%C3%ADtica/dp/8537817570/

Pesquisa e roteiro: Michele

Edição e publicação: Bárbara

Tim Marshall é um renomado jornalista e escritor britânico, amplamente reconhecido como autoridade em assuntos estrangeiros e diplomacia internacional, com mais de trinta anos de experiência cobrindo conflitos em mais de 40 países e colaborando com veículos como BBC e Sky News. Ele é autor de sete livros best-sellers, sendo "Prisioneiros da Geografia" um sucesso global.

"O Poder da Geografia: O Futuro do Nosso Mundo em 10 Mapas" é a sequência direta de "Prisioneiros da Geografia", consolidando a série temática "Politics of Place". A obra aprofunda a tese central de Marshall: a geografia não é um mero pano de fundo, mas um fator dinâmico e fundamental que molda decisões políticas, econômicas e militares das nações, influenciando sua trajetória histórica e destino. O livro se propõe a ser uma análise prospectiva, buscando ativamente prognosticar desafios e dinâmicas de poder futuras. Marshall argumenta que, embora a geografia seja fixa, o mundo em constante transformação permite que a agência humana e o progresso tecnológico alterem a forma como as limitações geográficas são vivenciadas.

Enquanto "Prisioneiros" focou nas grandes potências, "O Poder da Geografia" expande o escopo para incluir países e áreas emergentes que moldarão o século XXI, como Austrália, Irã, Arábia Saudita, Reino Unido, Grécia, Turquia, Etiópia, Espanha, a região do Sahel, e, de forma particularmente inovadora, o Espaço. A inclusão do Espaço demonstra a visão de Marshall em identificar novos campos de batalha geopolíticos além das fronteiras terrestres tradicionais. O autor reitera sua metodologia, sugerindo que para compreender um país ou conflito, deve-se sempre começar pela sua geografia. Um tema recorrente é a dinâmica de competição entre uma coalizão informal de democracias liderada pelos EUA e uma aliança de estados autoritários dominada pela China.

A recepção do livro foi majoritariamente positiva. Críticos e leitores elogiam sua escrita clara, envolvente e acessível, caracterizada por uma linguagem jornalística de fácil compreensão que desmistifica conceitos geopolíticos complexos. É amplamente considerado um ponto de partida essencial para uma compreensão geral da geopolítica. No entanto, algumas observações críticas apontam para uma simplificação excessiva para especialistas, a baixa qualidade dos mapas em preto e branco e um possível viés para nações europeias ou uma perspectiva ocidental. Apesar dessas nuances, o livro é valorizado por tornar temas complexos compreensíveis para um público amplo, preenchendo a lacuna entre o discurso acadêmico e a compreensão pública.

https://www.amazon.com.br/poder-geografia-futuro-nosso-mundo/dp/6559790673/

Pesquisa e roteiro: Michele

Edição e publicação: Bárbara

Tim Marshall, um renomado jornalista com mais de trinta anos de experiência em reportagem internacional e sem formação universitária convencional, consolidou sua reputação por tornar conceitos geopolíticos complexos acessíveis ao público. Sua série "Política do Lugar", que inclui os best-sellers Prisioneiros da Geografia (2015) e O Poder da Geografia (2021), é elogiada por "colocar o 'geo' na geopolítica".

Sua obra mais recente, "O Futuro da Geografia: Como o Poder e a Política no Espaço Transformarão o Mundo" (2023), estende essa análise ao cosmos, introduzindo o conceito de "astropolítica". A tese central do livro é que o espaço não é um vazio, mas um novo domínio geográfico com características únicas, pontos estratégicos e recursos valiosos, e que a humanidade está levando suas lutas de poder para lá.

Marshall identifica os Estados Unidos, a China e a Rússia como as potências dominantes na nova corrida espacial. Os EUA buscam manter a liderança com programas como o Artemis e parcerias público-privadas. A China, impulsionada pelo tecnonacionalismo e com forte dimensão militar, investe pesadamente em infraestrutura e tecnologia espacial. A Rússia, por sua vez, enfrenta declínio e depende cada vez mais da China, focando-se em aplicações militares como armas anti-satélite. Outras nações e empresas privadas também são atores crescentes.

O livro serve como um "conto de advertência", argumentando que as leis espaciais existentes são inadequadas e desatualizadas, criando um vácuo legal que pode levar a conflitos no espaço. Marshall alerta para a militarização crescente do espaço e o risco inerente de guerra espacial, dada a tendência humana de replicar conflitos em novos domínios. Apesar disso, ele também oferece uma visão otimista, destacando a exploração espacial como vital para a sobrevivência e prosperidade da humanidade, com potencial para utilização de recursos e inovação. O autor defende urgentemente a necessidade de maior colaboração internacional e transparência para evitar que o espaço se torne mais um campo de batalha.

https://www.amazon.com.br/gp/product/B0DT84WTMM/

Pesquisa e roteiro: Michele

Edição e publicação: Bárbara