Em julho, ela já havia caído para 5,6% e repetiu esse patamar recorde no mês de agosto, permanecendo em 5,6%. Na comparação com agosto do ano passado, houve uma queda de 1 p.p., o que representa uma redução significativa. A população desocupada atingiu 6,084 milhões de pessoas, o menor número da série histórica, com recuo de mais de um milhão em relação ao ano anterior. Já a população ocupada cresceu, alcançando 102,4 milhões de pessoas. O nível de ocupação permaneceu no patamar recorde de 58,8%, registrando alta de 0,7 p.p. em um ano.

O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, excluídos os trabalhadores domésticos, também bateu recorde, chegando a 39,1 milhões. Por outro lado, os empregados sem carteira no setor privado somaram 13,5 milhões, permanecendo estáveis no trimestre e recuando 3,3% em relação ao ano anterior. No setor público, o total de 12,9 milhões de trabalhadores ficou estável no trimestre, mas cresceu 2,7% em um ano, com acréscimo de 340 mil pessoas. Já os trabalhadores por conta própria somaram 25,9 milhões, com avanço de 4,3% no ano.

A taxa de informalidade correspondeu a 38% da população ocupada, ou 38,9 milhões de trabalhadores. Esse resultado representa leve queda em relação aos 38,9% registrados no trimestre encerrado em agosto do ano passado, quando havia 39,1 milhões de informais.

Esses números contrastam com os dados do CAGED divulgados no dia anterior, que mostraram desaceleração na criação de empregos formais. Em agosto, a geração de vagas com carteira assinada caiu 38,4% em relação ao mesmo mês de 2024. O saldo foi de 147,4 mil postos, bem abaixo dos 239 mil criados em agosto do ano passado, configurando o pior resultado para o mês desde 2020.

Ainda assim, os indicadores apontam que o mercado de trabalho segue bastante pressionado, com a taxa de desemprego repetidamente mantida em sua mínima histórica. Esse cenário dificulta a redução da inflação de serviços e acende um alerta para o Banco Central e o Comitê de Política Monetária na definição da taxa de juros. Portanto, trata-se de um dado positivo, mas que ao mesmo tempo preocupa pelo risco inflacionário decorrente da pressão exercida pelo mercado de trabalho.