Apresentamos: Se te queres matar, porque não te queres matar?- Fernando Pessoa (Álvaro de Campos )

Apresentamos: Em uma tarde de outono, de Olavo Bilac

Em uma tarde de outono

Outono. Em frente ao mar. Escancaro as janelas
Sobre o jardim calado, e as águas miro, absorto.
Outono... Rodopiando, as folhas amarelas
Rolam, caem. Viuvez, velhice, desconforto...

Por que, belo navio, ao clarão das estrelas,
Visitaste este mar inabitado e morto,
Se logo, ao vir do vento, abriste ao vento as velas,
Se logo, ao vir da luz, abandonaste o porto?

A água cantou. Rodeava, aos beijos, os teus flancos
A espuma, desmanchada em riso e flocos brancos...
Mas chegaste com a noite, e fugiste com o sol!

E eu olho o céu deserto, e vejo o oceano triste,
E contemplo o lugar por onde te sumiste,
Banhado no clarão nascente do arrebol...

Apresentamos mais um belo soneto de Luiz de Camões: Quem diz que Amor é falso ou enganoso

Apresentamos "Noites do Norte", texto do grande abolicionista Joaquim Nabuco.

A escravidão permanecerá por muito tempo como a característica nacional do Brasil. Ela espalhou por nossas vastas solidões uma grande suavidade; seu contato foi a primeira forma que recebeu a natureza virgem do país, e foi a que ele guardou; ela povoou-o como se fosse uma religião natural e viva, com os seus mitos, suas legendas, seus encantamentos; insuflou-lhe sua alma infantil, suas tristezas sem pesar, suas lágrimas sem amargor, seu silêncio sem concentração, suas alegrias sem causa, sua felicidade sem dia seguinte... É ela o suspiro indefinível que exalam ao luar as nossas noites do norte.

Apresentamos: O Amor de Gibran Kahlil Gibran

Apresentamos: Na Floresta, de Gibran Khalil Gibran. Belo poema oriental.

Apresentamos A Divina Comédia, Canto XXXIV do Inferno (o último desta primeira parte), de Dante Alighieri

Apresentamos o soneto Fanatismo, de Florbela Espanca.