Share Toma Aí um Poema: Podcast Poesias Declamadas | Literatura
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By Jéssica Iancoski
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[Do poema da vida preferido]
Salma Soria
Do poema da vida preferido
jamais direi
[alaridoalaridoalarido]
tal zona persegue o ouvido
e nunca se esconde
da distância do infinito
a nebulosa se expande
nesse universo livre
uma porta diante das coisas
fora do próprio umbigo
que nunca encontro
apenas chaves e tardes pelos bolsos
e o sonho de ver uma nebulosa
longe da tevê
suspiro quando vê
o holográfico brilho do vinagrete.
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@denisscaramussa declama o poema “Misael”
E assim ele se foi
sem um enterro digno
na total ausência de flores
largado às traças
vilipendiado
arrolado
delambido
diria um tanto quanto
alambicado
morre só, coitado
vai-se tarde, meu amigo
enforcado no períneo
o cu amarrado ao próprio rabo
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@claudiagomescruz declama o poema “Preta real”
Preta real
De pigmento natural
E beleza sem igual,
Sou uma preta
Real.
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@marllonescritor declama o poema “Cura”
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@mundopoeticodaquel declama o poema “Lua Cheia”
Lua Cheia
Deixa a lua encher
O meu olhar.
Deixa a lua bailar
O meu cantar.
Anotar nítidas batidas do peito
Aprender a amar
Sem qualquer erro.
Deixa a lua encher
Clarear meu andar.
Quero seguir este mar
Sem ter medo.
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@robertalantyer declama o poema “É meu esse corpo”
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É meu esse corpo
E se eu te disser que esse corpo é meu?
Durante o sono, é meu o corpo deitado.
Quando bebo, o corpo meio tonto também é meu.
A saia curta que visto, mostra as pernas que são minhas.
Ainda que esteja de burca, são meus aqueles olhos.
Pelada, é todo meu o corpo.
Minha pele ressecada, minhas estrias e o sinal embaixo do meu umbigo.
A vulva, o ânus e todos os meus buracos.
Se eu danço, é meu o corpo que se move.
Desmaiada, dopada, drogada, é todo meu o corpo.
E se eu te disser que esse corpo é meu?
Caminho na rua com meu corpo.
Pés no chão descendo a ladeira,
as pernas curtas e apressadas,
o rebolado natural do meu quadril largo,
os meus seios grandes, o pescoço longo,
a minha boca pequena, os meus olhos caídos.
Tudo meu.
O corpo que anda, que dança, que dorme, que adoece, que se banha, que se veste, que desveste,
que escreve, que sonha, que gesta, que pare.
E só meu esse corpo que carrego.
E se você soubesse?
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TECE
Mede. Conta. Rasga. Fura e enfia.
Apoia na ponta do dedo.
Fiapos de pele.
A dor do dia.
Todo dia.
Despercebida.
Desfiando, enfiando.
A cada três, um alinhavo:
De marcação na ida
de cruzamento na volta.
Vap vap vap, contra o tempo
Que passou, que passa.
A palha seca é roça.
O armário de compensado branco é oco.
Transborda poeira e vento.
Alinhavando a vida
Que está no fio.
Branco, vermelho, amarelo-cor-de-olho.
O bucho mexe.
A semente cresce.
A ponta da tesoura corta a beira do tijolo.
Puxa-se o fio, desfia-se.
Separe-se o meio e tece.
Tece, tece, tece, tece.
Nos casos de ontem,
de fulano e beltrano.
Afasta-se o agora.
Agora surge.
O bucho range. A panela seca.
Sem eira nem beira.
Alinha-se e tece.
Rendendês de revés.
De filhos que choram.
Puxam.
Mordem.
A pelanca do peito.
No ponto, cruz.
No ramo, nó.
No dedo, agulha.
No viés de muitas.
Por muitos. Por mais.
Em ser. Mulher.
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@gleidstonalisdeclama o poema “o bar”.
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A DESCOBERTA (TRECHO)
Em meio ao inanimado
Eu me levanto
Transpondo janelas
Alargando fendas
Ao alto olho, avante
As minhas horas são vastas
Que à minha frente tudo é
E minhas células são faíscas
Venho à tona em meus lugares
Resido no além das épocas
Tudo delibero no que tudo sou
Porém, calma, não se assuste
É por amor e com alma
Com força bruta e de todo jeito
Vejo coisas reais e desnudo
Carcaça forte pela vida
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ARES URBANOS
Um lugar de céu esparso,
E ninguém respira bem.
Ares comprimidos,
Ou diluídos no Tiete.
Como saber o destino deste rio?
Como na madrugada, perceber o curso
(Ou rota) das coisas que são vivas,
E seguem seu rumo?
Gás carbônico nos inunda narinas,
Sem que tenhamos escolhas.
Vivemos na bolha,
Dessa coisa qualquer.
Respirar, é preciso.
Viver é impreciso.
Espelho quebrado de um Narciso,
Caído e rejeitado.
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