Os grandes mestres que já tivemos na vida ecoam dentro de nós. Somos conduzidos pelos ensinamentos de tantas pessoas que nos antecederam, da mesma forma como somos conduzidos pelos ensinamentos de Xaquiamuni Buda que viveu há 2600 anos.

Ah... o EGO. Como uma pequenina pulga, o ego pode lhe "cutucar" e incomodar bastante além de atingir todas as suas atitudes diante da vida. O que fazer? Percebe-lo.

Temos a tendencia de querer "salvar" sempre outras pessoas. Será esse querer ser "uma pessoa boa" nos tira da nossa própria realidade? Será o Budismo uma religião egoísta? Os ensinamentos nos mostram que precisamos saber enxergar nossas próprias tempestades antes de ajudar o outro.

Nós muitas vezes somos muito parecidos com os vulcões: soltamos palavras quentes, destrutivas ou nos vemos no caminho da "lava" expelida por alguem. Sejamos capazes de medir a "temperatura" do que dizemos e que através da respiração consigamos "refrigerar" a nossa "lava". 

Muitas vezes usamos esses "recursos" e somos tão injustos com as pessoas que nos cercam. Os bodes expiatórios são produtos de muita ignorancia e de injustiça sob o ponto de vista budista. As nossas insatisfações pessoais e não percebidas por nós mesmos podem criar muita mágoa nas pessoas que mais amamos.

Queremos voar alto como águias seguindo os ensinamentos de Xaquiamuni Buda ou como corvos que voam baixo e tentam tirar vantagem sobre as águias? Onde pretendemos chegar? Qual o seu papel na vida? Gostariam de ver a vida com a abrangência de uma águia? Então que aprendamos com ambos: as águias e os corvos. 

Nenhum Buda deve se considerar diferente dos demais e não lhe interessará ser um príncipe ou não, ser um medico ou não, ser um cozinheiro ou não, se nasceram na cidade X ou Y, se se vestem de modo simples ou não, se tem opiniões sobre isto ou aquilo. Para a mente Buda treinada todos os seres humanos sao iguais, não há ninguém superior ou inferior.

O passado já se foi, o futuro ainda não esta aqui. Queremos um bom futuro? Tenhamos um ótimo presente compartilhando o melhor que temos. A semente da felicidade no futuro são plantadas NO AGORA. Não mandemos para o passado e para o futuro coisas que deveríamos ter feito no agora. Prestemos atenção correta em nossas vidas com honestidade “crua” e não “cruel”.

A Monja Zentchu responde, sob a ótica budista, a vários questionamentos enviados pela Sangha.

Uma das melhores coisas de Xaquiamuni Buda foi a vida dele. Vemos pela sua estória da vida ele, aquele que tinha tudo, se mostrou insatisfeito, questionava e saiu do castelo. Xaquiamuni Buda esmolou, teve fome, ficou sujo, sentiu no corpo e na mente toda uma mudança dentro e fora de si. Ouçam essa estoria fascinante de mudança mas sobretudo uma estoria de humanidade.