Share Um rio que mudou de cor
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By Chagas do Garimpo
The podcast currently has 9 episodes available.
Já imaginou uma floresta amazônica sem garimpos destruindo territórios indígenas e contaminando populações? No oitavo e último episódio desta série, indígenas, garimpeiros e pesquisadores refletem sobre as possibilidades de superar o atual modelo de exploração de minério e que tem gerado tanta destruição na região. Uma outra forma de produzir ouro, sem destruir a Amazônia, é possível.
No dia 29 de dezembro de 1987, a violência contra os garimpeiros de Serra Pelada ficou ainda mais concreta. Nesse dia, aconteceu o Massacre da Ponte de Marabá: repressão policial contra trabalhadores que se manifestavam por melhores condições de vida. Trata-se de um episódio brutal e pouco conhecido, mas que é revelador de uma dura realidade que, mais de 30 anos depois, permanece atual.
A busca pelo ouro nos campos de garimpo acontece na Amazônia, no meio da floresta, claro. Mas acontece também, em parte, em Brasília, na articulação política para defender esse tipo de atividade – com forte pressão pela legalização, por exemplo, do garimpo em território indígena. No sexto episódio deste série, entenda como funciona a atuação de grupos de interesses que conectam as pequenas cidades no Oeste do Pará e o centro do poder da República.
Dona Teca tem uma visão privilegiada do rio Tapajós. Entre um café e outro, observa o vaivém da maré e as balsas de garimpo. E já faz um tempo que notou: o rio mudou de cor. Entenda neste episódio como a mineração ilegal está matando o Tapajós e as pessoas que vivem junto a ele.
Desmatar centenas de quilômetros de floresta. Remexer toneladas e toneladas de terra. Cavar infinitos buracos e soltar mercúrio nos rios. Tudo isso tem um altíssimo custo humano. O preço do ouro no mercado internacional não leva em consideração quem fica doente, comendo peixes contaminados por metal pesado ou sofrendo com a malária que se dissemina pelos campos de garimpo.
Como é que o ouro que sai de um garimpo ilegal no rio Tapajós pode ir parar nas reservas de um banco central? Ou na sua aliança de casamento? Entenda os caminhos de um dos metais cobiçados do mundo, desde a floresta até o mercado.
Quem são esses garimpeiros que atuam ilegalmente na Amazônia? Como é a vida de quem trabalha, dia e noite, em campos de garimpo? Entenda como opera a busca ilegal pelo ouro em solo brasileiro. Passando por relatos de redes de exploração sexual de mulheres e de trabalhadores que são submetidos à condições análogas à escravidão.
No Tapajós, rio que nasce no Mato Grosso e atravessa o Oeste do Pará, indígenas vivem há anos sob ameaça do garimpo. A situação tem se deteriorado nos últimos anos. É a febre do ouro. Um indígena do povo Munduruku que pediu para não ser identificado, relata o que é tentar defender o território em meio a aliciamentos e ameaças. Um projeto de lei defendido pelo governo federal para abrir territórios indígenas ao garimpo piora ainda mais a situação. A lei nem precisou ser aprovada para criar uma sensação de “liberou gerou”, que tem feito crescer o garimpo em territórios indígenas por diferentes partes da Amazônia.
A imagem de um campo de garimpo na Amazônia é terrível. É lama, terra revirada e água suja, um contraste muito forte com a mata verde e poderosa do lado. Como essa paisagem se produz? Com apresentação de Priscila Tapajoawara, indígena de Santarém, oeste do Pará, este podcast parte da beira do Tapajós para contar em oito episódios as histórias de violência e destruição do garimpo ilegal na Amazônia. Uma investigação com depoimentos de indígenas, procuradores, garimpeiros, ativistas e especialistas sobre essa grave ameaça social e ambiental que é a extração irregular de ouro na floresta.
Acesse chagasdogarimpo.com.br e se torne um aliado para barrar o garimpo em terras indígenas! Uma iniciativa do WWF-Brasil.
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