O que é que a peça "Quadros de uma Exposição" de Mussorgsky terá em comum com este episódio de podcast, o último "9" do ano, gravado mais de 250 anos depois?

É também um passeio que vos propomos, uma visita guiada a uma exposição. Não uma qualquer, a exposição "Do industrial ao orgânico" da artista plástica Inês Amorim, na igreja dos Redentoristas, no Porto.

Sim, é isso mesmo. Uma exposição de arte contemporânea está a acontecer neste momento em diálogo com a casa onde uma Igreja se reúne e celebra todos os domingos.

A Inês conversa hoje connosco, e dá-nos o privilégio de uma visita guiada pelo seu olhar, pelo seu processo criativo, pelo diálogo das peças com o lugar. Fá-lo com uma mestria rara:

“Do industrial ao orgânico” – o nome que deu à sua exposição que está dentro do ciclo “Matéria e transcendente”, que contará com concertos de piano, encontro de coros, conversas, poesia e a própria liturgia de cada domingo inserida neste espaço onde os opostos dialogam num harmonioso conflito, como iremos ouvir a Inês dizer algumas vezes.

É um presente de Natal antecipado que vos oferecemos, esperamos que gostem. Muito.

A segunda parte da conversa, que interrompemos há um mês, está mesmo aqui. A Joana, da Igreja Metodista do Mirante e o Filipe, da Igreja do Torne, em Gaia, contam-nos como funcionam as suas comunidades e quais os papeis que cada um pode desempenhar nas mais variadas vertentes da vida da Igreja.

É o final de um ano de Conspirações, e não podiam faltar os agradecimentos, em jeito de "até já!".

João, Tiago, Jónatas, Abel, Eduarda, Joana e Filipe: muito obrigada.

E especialmente ao Timóteo, claro, o nosso querido historiador de serviço que nos apresentou todos estes seus amigos, que se tornaram nossos, também.

Feliz Ano Novo! Este episódio apanha-nos mesmo no início de um Novo Ano, um Novo Ciclo, uma nova e renovada Esperança. O Tempo do Advento pede mesmo que seja esta a palavra de ordem.

É por isso que o Pedro escolheu profetas para completar o nosso álbum de família. A escolha não foi fácil, mas recaiu sobre o Profeta Miqueias.

E João Baptista não podia faltar. A voz que clama no deserto é a segunda pessoa deste episódio .

Vamos chegando ao fim deste ano de ¡Vaya Familia! e o álbum vai-se enchendo de rostos e histórias.

Sí-no-do da Si-no-da-li-da-de ou em português do que se entende: um “Caminho Juntos sobe Caminharmos Juntos”.

Este Caminho Juntos sobre Caminharmos Juntos foi convocado pelo Papa Francisco e começado em 2021. Em outubro de 2024 aconteceu a última sessão deste Caminho na sua fase de reuniões plenárias convocadas pelo Papa. Apenas isso terminou. De resto, o processo está a dar muitos sinais de coisa imparável.

Convidámos a Cristina Inogés Sanz, teóloga, leiga, membro de todas as sessões do Sínodo, por convite pessoal do Papa Francisco, e que já esteve connosco neste podcast num dos primeiros episódios. A Cristina é alguém com quem é sempre maravilhoso falar, pela clareza com que o faz, pela forma como conta de um jeito tão simples o que tantas vezes não é tão simples assim.

Também a Sara Leão, por na sua comunidade pertencer a um pequeno grupo que desde 2021 dinamiza a atenção a este processo sinodal.

E, já agora, consideremos o Papa Francisco, que participa neste episódio com pequenos trechos do seu discurso de encerramento da última sessão do sínodo.

Digam lá se não é este um elenco de luxo!

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Música do episódio:

Song of the Universe de Ola Gjeilo interpretada pelo Nidarosdomens Jentekor

e

A Change is Gonna Come de Sam Cooke

O Timóteo e o Rui foram expulsos do estúdio, pela Margarida. Conseguem acreditar nisto?

Eles também não, mas agora já está! A Margarida junta-se à Joana, da Igreja Metodista do Mirante, no Porto, e ao Filipe, da Igreja Lusitana no Torne, em VN de Gaia. A conversa vai por caminhos nunca antes navegados, falamos da participação dos jovens, e principalmente dos leigos, em cada uma das nossas comunidades.

Que desafios, que ministérios, que tipo de envolvimento, como funcionam estruturalmente e como se anima a vida das comunidades.

É por aqui que irá a conversa... ficam para ouvir?

Neste episódio, é Bartimeu, o cego caído à saída de Jericó que chama mais a atenção do Pedro, que nos vai apresentar este membro da família.

Também as duas viúvas que aparecem na liturgia do mesmo domingo: a de Sarepta, a quem Elias pede que lhe faça um pão; e a do evangelho, que Jesus vê a colocar na caixa das esmolas as poquinhas moedas que tem.

E a partir daqui é conversa solta e boa sobre o que nos inspiram estas personagens.

O Wally, desta vez, vem de Jericó, um amigo do Bartimeu, que estava com ele quando Jesus passou por ali.

[música que aparece no episódio: "Fides tua", de Tigran Hamasyan]

A conversa de hoje acontece num sussurro, num tom de quase confidência de quem leva tantos anos a ouvir as histórias daqueles que só podem celebrar assim.

Félix Lungu, é o nome do nosso convidado, membro da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, há já 21 anos.

Para além das histórias que traz agarradas ao corpo, e que tem a generosidade de partilhar connosco, vai abrir a todos um convite: A Noite das Testemunhas, no dia 25 de Outubro, às 21h na Igreja dos Redentoristas no Porto. Contará com a presença e o testemunho do Arcebispo de Erbil, no Iraque, Bashar Warda.

É precisamente por aqui que começará a conversa, partimos da Noite das Testemunhas e deixamo-nos levar pelo olhar que o Félix nos vai oferecendo.

Nesta terceira conversa, os nossos quatro conspiradores trazem um novo tema para cima da mesa. A partilha de histórias será sobre a morte: como é vivida e celebrada em cada uma das suas comunidades, que ritos há, como são e que experiências têm para contar.

No final do episódio despedimo-nos deles, agradecendo a generosidade com que estiveram em cada uma destas conversas!

De volta ao frente e frente, a conversa é bem animada! O sobrevoado que fazemos dos domingos entre estes dois vinte e setes leva-nos pela Carta aos Hebreus.

O homem rico dá muito que falar e depois quem paga são Eldad e Medad que vêm o relógio chegar ao fim impiedosamente.

O Wally é Zebedeu, de quem quase nada sabemos, mas que várias vezes vai espreitando entre este e aquele momento em todos os evangelhos.

São os instantâneos para os quais olhamos este mês do álbum de família que vai ficando cada vez mais preenchido.

Há um grande caminho a percorrer para que conversar sobre a morte se torne algo natural na nossa sociedade. É tabu, mau gosto e mórbido e mais uns quantos adjetivos que podiam entrar aqui. Misturado com medo e superstição e temos uma poção mágica para evitarmos o tema ao máximo.

Mas, e se não for um tema? Quando nos acontece morrer-nos alguém próximo? Ou quando damos de caras com a nossa própria finitude?

Falámos sobre tudo isto com a Mariana Abranches Pinto, presidente da Compassio, uma associação sem fins lucrativos com o objectivo de tornar as comunidades mais compassivas. Ou seja, que cada um se envolva nos processos de abandono, doença e fim de vida das pessoas à sua volta. A Compassio dinamiza um conjunto de iniciativas para que isto se vá tornando realidade.

Para que a morte e a doença possam ser vividas de forma plena, acompanhada, sem solidão, sem tabu.

A Mariana tem muitas coisas para nos contar. Tem um olhar que nos faz bem conhecer.

[música do episódio: Irmãs, Rodrigo Leão]