No episódio n.º15 do podcast “À mesa não se canta” Manuela Encarnação e Eduardo Lopes conversam, desta vez, só os dois para fazerem um balanço dos episódios já publicados e procuram encontrar um denominador comum nas reflexões trazidas pelos diversos convidados sobre os seus percursos de vida na música e na educação.  Um desafio também para os ouvintes deste podcast. Mas, levanta-se o véu, e verifica-se que o acaso é um fator determinante na vida!  E o que podemos aprender com os acasos? Que lições tiramos daqui? O que pode aprender “a escola”?  

Venha daí e acompanhe esta conversa feita de muitas conversas. 

Foi com a voz que se ligou à música em criança e logo a seguir ao fascínio das flautas como prolongamento da voz, tudo embalado num berço musical chamado Hot Club.  

Foi apenas o começo de uma conversa com o grande músico Rão Kyao, que nos fez viajar por muitos lugares, tempos e sonoridades, com a música na mente, no coração, na alma e a encher as nossas mais profundas emoções.  

Rão Kyao colou-se à música ou a música é que se colou a si? Ou foram forças simultâneas?  

Faça-se silêncio para podermos ouvir a Música!

Calhou ser em Faro esta nossa conversa porque Elísio Donas é um músico em todo o lado e de todo o lado. Ao Porto volta sempre, o Porto é a sua cidade e foi lá que se fez músico. Foi na Orquestra Orff do Porto com 11 anos que começou a fazer música e a dar concertos. As bandas Rock começaram aos 13 anos. No liceu juntou-se aos Ornatos Violeta e nunca mais se largaram: uma banda carismática, irreverente, circense, muito enérgica e cuja sonoridade imediatamente se distinguiu. 

O Gato Morto, o novo projeto musical do Elísio Donas é também tratado com muita exigência e amor. É possível ensinar a ser um músico de rock? Elísio Donas responde-nos com as suas regras e a sua linguagem musical, e deixa bem claro que as pessoas são o mais importante para fazer fluir a música.  

Uma conversa com a “música de fundo” da vida da Associação Recreativa E Cultural De Músicos no edifício lindíssimo da Antiga Fábrica da Cerveja de Faro.

Nascido e criado em Portimão, Cristóvão Silva é compositor, músico e atualmente professor no Agrupamento de Escolas da Bemposta, uma organização educacional direcionada para as Artes Performativas, onde o ensino da música se integra no ensino geral das crianças e jovens de Portimão. Uma realidade que nem um sonho sonhado era na infância do nosso convidado.

A sua história, com pouco mais de 40 anos, fez-se sempre à procura da Música, sem nunca desistir e com as alegrias de um percurso que se constituiu como o certo: ensinar e criar Música.

“Um professor tem que estar aberto ao que acontece na sala de aula”; “Errar é o que me permite arriscar e construir mais e criar mais”; “Ter orgulho na nossa cultura”; “Incluir através da música”; “Saber fazer música em conjunto”, são algumas das frases de Ana Teresa Mateus, professora de música responsável pelos blocos de música do módulo de Educação Artística do 1º e 2º ciclos do Ensino Básico do #Estudo em Casa, emitidos na RTP durante o ano letivo de 2020/2021.

Uma conversa que fluiu a três marcada pela coragem, humildade e simpatia da Ana Teresa.

Professora de Educação Musical há 18 anos tem estado nos últimos 9 anos em escolas portuguesas no estrangeiro, nomeadamente em Timor, Dili e este ano pela terceira vez em Cabo Verde, na cidade da Praia. Foi uma conversa à volta destas experiências: que música se faz nas salas de aula de escolas portuguesas noutros continentes? como se relacionam com a música as crianças timorenses, cabo-verdianas e de outras nacionalidades no ambiente escolar com um currículo português? Que desafios se colocam aos professores? Estamos num mundo global, mas o local é determinante?

É com esta convidada especial que iniciamos o podcast deste ano letivo!

Uma conversa feita das memórias musicais infantis e juvenis vividas, adquiridas e refletidas que construíram a vida de Rui Ferreira. Os acasos da vida, os contextos sociais e políticos marcantes do atual vice-presidente do Instituto Politécnico do Porto, 30 anos Professor de música da Escola Superior de Educação do Porto, foi membro do grupo Música Viva e fundador do Instituto Orff do Porto. Histórias de vida que cruzam professores, músicos e pedagogos.

A música ao serviço das crianças é a essência do projeto artístico e pedagógico do Bando dos Gambozinos que se desenvolve no cruzamento das várias expressões e áreas artísticas, numa liberdade rigorosa e inspirada por muitos mestres que atravessaram e marcaram a vida da Suzana Ralha, fundadora dos Gambozinos.

Uma conversa que nos mostra as influências de uma vida e nos explica a dinâmica educativa, criativa e crítica que sustenta a formação de muitas gerações de crianças.

Quem tem coragem para dizer que enquanto miúdo não teve nenhum gosto pela música e foi aprender música por ciúmes do irmão que já trazia um instrumento musical para casa, foi o nosso convidado Délio Gonçalves, atual Maestro Chefe da Banda da Armada Portuguesa com o posto Capitão-de-fragata.

A vida faz-se de histórias e esta é bem ilustrativa da importância das bandas filarmónicas, das associações locais e neste caso do Centro Cultural Azambujense. Esta organização ressuscitou no pós 25 de abril e foi nas escolas do 1º ciclo que se foi apresentar para motivar as crianças para a vida artística e associativa.

Uma conversa que navegou em muitas águas!

Foi a propósito de um recente artigo da Revista Rolling Stone sobre a sobrevivência da Julliard School neste tempos de tantas músicas e repertórios, que estivemos à conversa com Ana Mafalda Pernão, Professora de Formação Musical na Escola de Música do Conservatório Nacional há mais de 30 anos, na Comissão Instaladora durante 3 anos e diretora desta escola durante mais 8 anos. Uma experiência acumulada riquíssima e uma visão muito abrangente sobre o que pode e deve ser o ensino especializado da música e o ensino da música para todos: duas faces da mesma moeda.