Ao veicular a informação de que o segundo teste ao qual se submeteu deu igualmente negativo para a Gripe da China – e é assim que eu a chamo, porque é originária da terra onde cristãos são mortos e observo apavorado que cristãos brasileiros não se sentem constrangidos em fazer negócios com os assassinos só porque são importante mercado consumidor... pois bem, a revelação do presidente Bolsonaro em rede social dizendo que testou negativo foi como um tapa na cara de alguns colegas que inclusive apostavam que o presidente havia mentido quando disse que estava limpo...

Infelizmente os jornalistas se reduziram a isso: a pessoas que preferem apostar numa mentira do que publicar uma verdade. E isso é estranhamente patético, revelador e assustador. Ainda converso com amigos que continuam na ativa e percebo que está cada vez mais difícil saber em que momento do exercício de suas profissões eles perderam a condição de informar e passaram a se portar como viciados em jogatinas que veem seu capital profissional ir sendo diluído, consumido e continuam firmemente convictos de que conseguirão fazer uma grande jogada e virar o jogo.

Eles perderam, mas não desistem.

Porque no fundo eles sabem que precisam manter Bolsonaro sob pressão na tentativa de fazer com que ele se exponha, na tentativa de levá-lo ao desequilíbrio vocabular e mostrá-lo como alguém incapaz de comandar o País. Eles precisam destruir Bolsonaro de todas as formas porque sabem que se o trem entrar nos trilhos – apesar do Congresso, do Judiciário e agora com a Gripe da China, eles sabem que se o quadro melhorar, Bolsonaro chegará imbatível às eleições em 2022.

Tenham certeza: eles não fustigam dia a dia apenas para dificultar a implantação dos projetos de Bolsonaro agora, o verdadeiro objetivo é desgastá-lo junto à sociedade para que ele chegue fragilizado nas próximas eleições. E por que precisam que Bolsonaro esteja mal? Porque eles não têm nenhum nome, eles não possuem nenhuma alternativa. Lançam nomes e logo percebem que os nomes naufragam – e podemos enumerar: Ciro Gomes, Luciano Huck, Dória, Haddad e mesmo Lula não são, neste momento, páreo para o nome de Bolsonaro.

A despeito de todos os riscos, milhões de brasileiros foram às ruas no domingo, dia 15, em uma demonstração de coragem e de determinação. Conversei com o pessoal que estava na organização inicial – mais ligados aos movimentos e que, por fim, acabaram nem participando... 

O recado foi dado e todos nós esperamos que os Congressistas, que primam pela leviandade, comecem a se dar conta de que a efetiva participação da sociedade na vida política nacional representa um marco e uma ruptura. O povo não quer mais apenas saber de eleger um deputado ou senador, mas começa a descobrir a importância de saber como ele faz uso da delegação de poder que o eleitor conferiu através do voto. É um começo e é importante aprofundar essa questão de acompanhar os posicionamentos que nos dizem respeito.

O governador Ibaneis assinou o Decreto 40.509 claramente para impedir que os brasileiros se manifestem contra a banda podre e corrupta da política nacional. Porque é importante destacar: o coronavírus é uma realidade, mas só para que você tenha noção de que o que está em jogo não é preocupação com a saúde pública, mas sim o medo que os políticos corruptos têm do povo, cabe enfatizar que entre 1º de janeiro e 12 de outubro do ano passado, a dengue matou 689 pessoas no Brasil e não se escuta ninguém preocupado com isso e nem se observa na imprensa nenhuma histeria contra uma verdadeira epidemia que em 2020 já matou, entre 1º de janeiro e 5 de março, 32 pessoas.

E mais: De acordo com o Ministério da Saúde já são 94.149 casos prováveis de dengue no Brasil. Enquanto que o coronavírus, no mesmo período, teve até o momento mais de 110 mil casos confirmados de coronavírus. Em mais de 100 países afetados.

É preciso cerrar fileiras e mostrar que o verdadeiro vírus que dizima o Brasil é a dengue e uma classe política canalha, covarde e que tem medo do povo. E que para se proteger, lança mão de artifícios como este utilizado pelo governador do DF.

Eu nunca fui famoso, portanto não sei como é viver no anonimato depois de ter tido todas as luzes e holofotes, de ter sido uma espécie de prisioneiro ao ponto de não poder sair para fazer as coisas mais prosaicas, como ir comprar melancia na feira.

Talvez minha única experiência mais impactante em termos de “fama” tenha sido quando trabalhei na Rádio Mirador de Rio do Sul, em Santa Catarina, e criei um personagem que imitava o sotaque dos alemães do Sul do Brasil. Era o “Rêpórter Bara Limpa”. Como a rádio dominava a audiência no Alto Vale do Itajaí, claro que em poucos dias as pessoas passaram a pedir que eu imitasse a mim mesmo.

Me divertia nos primeiros dias e depois isso passou a me soar como um peso, porque eu nem podia mais tomar minhas cervejas de modo sossegado, ficar bêbado sem ser incomodado. O que parecia divertido, virou um peso.

Imagino a falta de privacidade de um cara como o Roberto Carlos, do Pelé e de outras figuras que ainda conseguem em certo sentido estar acima da disputa ranhenta na qual se transformou a vida nacional...

Já disse e vou repetir: o grande dilema do momento atual é que os jornalistas e os meios de comunicação já não consideram mais suficiente apenas informar, então eles passaram a manipular a informação e tal modo que a partir da informação subliminar eles possam induzir a pessoa não apenas a ter a informação do fato, mas a se sentir apta a fazer um julgamento e, passo seguinte, a própria imprensa – jornalistas e veículos – executam a pena que é, via de regra, a do linchamento moral.

Não é nem sério e nem digno um parlamento onde condenados por corrupção e suspeitos de participarem de facções criminosas utilizem prerrogativas da democracia para fugir do necessário acerto de contas com as ilicitudes cometidas. Um parlamento que abriga e dá poder a figuras como Rodrigo Maia, Gleisi Hofmann, Renan Calheiros, Aécio Neves, Luciano Bivar, Paulo Pimenta, Aguinaldo Ribeiro, Jaques Wanger, David Alcolumbre, Alcyr Gurgacz e seria enfadonho falar os nomes das dezenas de bandidos que se escondem por detrás da impunidade parlamentar.

Da mesma forma, é importante destacar a importância do Judiciário, mas isso não quer dizer que não devamos enfatizar a absurda falta de predicados em figuras que estão no STF e que lá estão não por conhecimentos jurídicos ou saber, mas sim porque em determinado momento, os seus mentores tiveram o poder de indicá-los ao um cargo para o qual não possuem o physique du role requerido para o cargo e daí podemos incluir Celso de Melo, herança ainda do governo de Sarney; Marco Aurélio Mello que remonta aos tempos de Collor; Gilmar Mendes, essa figura execrável que á lembrança perversa do governo de FHC, que sentou as bases de toda a moderna corrupção brasileira; de Toffoli, o carregador de pastas do Lula e que jamais conseguiu ser aprovado em concursos para a magistratura; passando por Rosa Weber escolhida por Dilma e Alexandre de Moraes que virou ministro da mais alta corte de justiça por ter impedido o vazamento de nudes de Marcela Temer, a ex-primeira dama do Brasil.

Eu sou ferrenho defensor da importância do Judiciário, mas não posso ser leviano com a minha consciência e considerar que seja normal que entre os 11 ministros do DTF, no mínimo seis deles tenham chegado a tal cargo por contingências nada republicanas.

Existem momentos na vida nos quais nós realmente tentamos entender e encontrar a dimensão da presença de Deus em nossas vidas e como nós reagimos e nos portamos em relação a tais realidades. Gosto de saber da presença e da importância de Deus em minha vida e sei que essa percepção por vezes incomoda algumas pessoas. Dias destes, conversando com um amigo de muitos anos – enquanto tomávamos café ele me perguntou se Deus era para mim uma muleta ou um amuleto. Como o conheço de outros carnavais e de outras provocações, disse que Ele era mais do que isso: era meu Pai.

E expliquei porque ao menos para mim Deus não pode ser confundido nem com muleta, que via de regra você usa quando está ou tem algum problema físico que impõe alguma restrição de mobilidade, e muito menos amuleto que é um objeto - geralmente de procedência animal, mineral ou mesmo plantas, etc – no qual um indivíduo acredita e que, por usá-lo, PODE trazer sorte ou proteção.

A diferença está nesta percepção de que Deus não é um quebra-galho para uma privação ou um recurso adicional para os embates da vida – um plus como algumas pessoas tipificam e justificam o apego a amuletos.

Confesso: sempre tive uma curiosidade meio mórbida em saber como é ser assaltado. Como é a sua sensação de impotência e de fragilidade diante de alguém que, por estar armado, é o dono da situação. Ao longo da vida de embates, tenho cicatrizes de algumas facadas e também trago a marca e a lembrança de ter levado um tiro.

O que era algo que eu não sabia, não tinha como dimensionar e que chegava para mim apenas através de relatos, enfim faz parte das muitas coisas que vivi. E perpassa uma sensação estranha, a compreensão da verdadeira dimensão que a palavra fragilidade tem para o ser humano que está diante de uma faca pressionada contra a sua barriga em segundos que parecem verdadeiras eternidades, quando você olha ao redor e não encontra um amparo, uma conexão com o mundo – como se, naquele instante, não houvesse alma viva capaz de oferecer um amparo qualquer.

Eram dois moleques, entre 15 e 16 anos, com a vestimenta típica de quem já tem a indumentária para cometer o crime. Arrogantes, anunciaram o assalto e vi a lâmina das facas reluzindo diante da luz – um brilho que até agora continua a brilhar em meus olhos, em minha memória. Um se aproximou, ponteando a faca contra meu estômago e o outro apenas falava: entrega o celular, seu filho da puta.

O que a gente percebe e eu considero aterrador é que a nossa classe política, depois dos malfadados governos da chamada Nova República de Sarney, Itamar, FHC, Lula, Dilma e Temer, a nossa classe política tornou promíscua toda e qualquer relação dos governos com os congressistas. Por conta de uma voracidade assustadora, deixou-se de lado o princípio da negociação – que é, sim, a base de todo processo político – e se enveredou para a extorsão, para a chantagem e para a usurpação de competências.

Na verdade, em nosso país há essa distorção, verdadeira aberração que leva o Judiciário a criar leis, o legislativo a virar executivo e só quem se ferra, porque, no fim, é dele toda responsabilidade, só quem se ferra é o presidente da República. Ainda que ele tenha sido eleito por milhões e mais milhões de votos.