Não valorando situações, óbvio que a fé em Deus tem um papel fundamental, porque sempre considero que a fé funciona em minha vida como um motor a me abastecer da mais preciosa energia. Eu sei que pode ser difícil para quem não acredita em Deus entender como a fé opera tais reinvenções humanas, tirando e jogando fora todo e qualquer cansaço, fazendo com que coisas prosaicas, pequenas, irrelevantes e muitas vezes sem sentido para outros, acabem fazendo com que um turbilhão me invada e onde havia predisposição a entregar os pontos, uma vida nova e intensa surge.

Confesso que olhei mais de uma vez o vídeo onde o Lula “agradece” ao vírus chinês pelo caos, pelas mortes e pela destruição que está causando no Brasil. Lógico que com a devida ânsia de vômito, mas a verdade é que eu ainda não sei se ele estava bêbado, se não tinha tomado o remédio ou se tinha usado algum psicotrópico de efeito alucinógeno, digamos assim para não dizer que ele tenha usado alguma droga.

Uma pergunta me persegue nos últimos dias e que cresce a cada momento, por conta das muitas notícias que nos chegam, das muitas informações e dos muitos relatos que trafegam nas redes sociais e nas relações interpessoais, nos depoimentos e também e principalmente nas entrelinhas, naquilo que não é dito e que assustadoramente fica subentendido.

Você não precisa responder para mim, responda para você em seu mais recôndito silêncio e sem temer se confrontar com a realidade: você acredita que você será uma pessoa melhor depois desta pandemia? Você acredita que as pessoas que você conhece, serão e estarão melhores depois deste período de confinamento?

Para quem se acostumou com a imagem de manifestações com depredação, cenas de escatologia, consumo de drogas e farta distribuição de pão com mortadela, o que se viu no domingo deve servir de reflexão para aquelas autoridades que teimam e insistem em desrespeitar e menosprezar a soberania popular. Somos nós que temos o direito de definir o que é melhor para nós e nossas vidas, jamais algum magistrado, algum político ou um jornalista devidamente embalado por incentivos químicos.

O que meus olhos viram foram pessoas que jamais tinham sido forçados a isso e agora envergonhadas viam no ato de pedir a busca por uma mão que pudesse minorar a angústia da fome. Tenho três filhos, cada qual com seu perfil e seu modo peculiar de ser e tenho imenso orgulho de serem assim – e observo que todos eles possuem o mesmo senso humanitário, a mesma compreensão da extrema gravidade deste momento.

Chega a ser estranho o sentimento de incredulidade da mídia, uma vez que ela foi criminosamente conivente ao longo de muitos anos aos atos mais deploráveis praticados por governantes.

Observando de longe como quem olha uma manada de jumentos, percebe-se que esse ódio ferrenho não serve para esconder a desqualificação cultural dos profissionais de comunicação, eles próprios parecendo que odeiam Bolsonaro e a própria profissão, porque no fundo sabem da impotência de seus rancores e de suas mágoas para mudar a realidade.

Não sei se você percebeu, mas estamos faz 60 dias ou algo perto deste tempo em cárcere privado. E o que é mais assustador: a estratégia do isolamento não tem dado os resultados esperados e as pessoas estão em situação cada vez mais desesperadora – quer financeira ou emocionalmente.

Certamente você já escutou a frase “se quer paz, prepare-se para a guerra”, que é provérbio latino - Si vis pacem, para bellum  - atribuído a Flávio Vegécio, autor romano do quarto ou quinto século da era cristã. Independente da origem e das múltiplas interpretações, a verdade é que ela se encaixa em muitos momentos da nossa vida, do nosso país.

Para qualquer pessoa que trabalhe e lute por seu sustento, para a imensa maioria dos brasileiros que são honestos, a manutenção do Lula em liberdade é verdadeiro acinte, algo não só intolerável, como inaceitável. Eu particularmente me sinto agredido vendo a desfaçatez com que ele e muitos de seus seguidores reagem diante de uma situação destas que, volto a dizer, revolta as pessoas de bem.