Você já acordou no meio da madrugada, com os olhos embaçados, o coração em disparada e tentando tirar algum resquício de remela do canto dos olhos querendo assim ter a certeza de que tudo não passou de um pesadelo? É assim que eu vejo a reação de algumas pessoas que colocam a cabeça para fora nos portões das casas, olham de soslaio para um lado e o outro, conversam de longe, trocam impressões sobre o dia, perguntam da saúde dos filhos, alguma receita de bolo e destas coisas que a gente sente falta, que fazem parte da interação social e cotidiana..
Eu me assusto que, de repente, as pessoas por medo acabaram aceitando um tipo de imposição – o chamado isolamento social – que ninguém sabe exatamente qual o seu nível de eficácia.