Share Arquitetos da Saúde
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Nesta entrevista para a Wellbe, Health tech que atua no apoio a empresas na gestão da saúde dos colaboradores, o co-fundador da Arquitetos da Saúde, Luiz Feitoza, fala sobre a importância dos indicadores de sinistralidade para a gestão do benefício saúde na prática. Segundo ele a sinistralidade é uma boa medida de equilíbrio econômico financeiro e um dos desafios da gestão do sinistro passa pelo bom entendimento da população capaz de permitir a entrega da solução mais adequada.
Existem dois fatores fundamentais que impactam diretamente a tomada de decisões dentro da empresa quando o assunto é o plano de saúde coletivo: a necessidade e a maturidade. A necessidade geralmente se dá diante da urgência para a tomada de decisão, como a troca da operadora num contexto de alto reajuste e o redesenho do benefício em resposta à baixa retenção de talentos, entre outros. Já a maturidade está relacionada ao impacto que a visão da empresa causa nas decisões estratégicas sobre o benefício. Saiba mais.
Reestruturar os benefícios em uma empresa envolve rever questões relacionadas a cargos, salários, políticas, interesses e custos financeiros que precisam ser ajustados. Esta reestruturação acontece muitas vezes em momentos de crise, mas também pode se dar em um contexto positivo, quando é possível, entre outros, ampliar o escopo do plano médico ou a elegibilidade dos beneficiários que podem ingressar no plano. Um dos desafios é construir cenários financeiros com previsões de curto e longo prazo em um ambiente geralmente de instabilidade, mas quando existe uma população suficiente para diluir o risco, é possível até projetar a despesa num contexto técnico. Saiba mais.
Há uma correlação direta entre economia, emprego e número de beneficiários de planos de saúde. Quando tudo vai bem, o número aumenta e ao contrário, cai. No início da pandemia esperávamos uma perda de até 1,2 milhão de vidas, mas o que aconteceu foi o contrário. Até vimos uma queda até maio de 2020, mas após isso começou um período de recuperação que chegou a um crescimento de 524 mil beneficiários puxados pelos panos coletivos empresariais - o primeiro crescimento efetivo do setor desde 2015. Na maior pandemia da história as pessoas se esforçaram para não ficar sem o seu plano e, entre as diversas considerações que fazemos aqui, destacamos que diante do aumento do número de beneficiários X a diminuição da sinistralidade tivemos, pela primeira vez desde a regulamentação do setor, uma VCMH negativa.
A recente decisão da ANS de suspender o reajuste dos planos de saúde está certa ou justa? Na visão do consumidor talvez sim, diante de um cenário em que as pessoas tiveram ou estão tendo restrição de recursos. Mas faltou, por exemplo, dar a elas opção da não adesão à postergação, pois para muitos a incerteza de quanto e como irão pagar retroativamente pode não interessar. Outra opção talvez fosse o benefício da ampliação da data base, garantindo uma melhor sinistralidade, o que também poderia facilitar a vida das operadoras. Mesmo diante de uma situação extremamente nova, a forma como o tema foi tratado pode ter trazido mais dúvidas do que respostas.
Desvios por corrupção e fraude na saúde ocorrem em todo o mundo, restringindo grandemente o acesso. No Brasil, apenas um por cento destes desperdícios na saúde suplementar – com a participação de todos os seus elos – equivale ao custo anual de 472 mil vidas. Apesar disso, o tema não está em nenhuma pauta!
Segundo dados da ANS, entre março e maio de 2020, 283,7 mil pessoas deixaram de ter plano de saúde no Brasil. Caímos para um total abaixo de 47 milhões de beneficiários depois de muito tempo estabilizados neste patamar. Antes da última crise econômica no Brasil, entre 2014 e 2015, tínhamos mais de 50 milhões de beneficiários. Não dá para afirmar que vamos perder novamente três milhões de vidas porque dependerá da recuperação econômica e da taxa de desemprego, mas com certeza a queda do número de vidas será muito maior do que o medido de março até aqui.
Quando o RH vai propor uma mudança no plano de saúde, é quase sempre traumático! Isso acontece principalmente porque esse é um assunto que só vai adiante com o apoio da organização e muitas vezes falta entendimento. Além de ser um tema complexo, ele trata de questões difusas, como a saúde das pessoas. Outro aspecto importante é que é preciso tempo e disciplina para colher resultados. Há também o alinhamento entre a visão da empresa e a necessidade de se fazer mudanças. A apresentação das defesas precisa ser bem embasada, pois não fazer nada tem consequências mais sérias do que o risco de tentar fazer. Saiba mais sobre o tema!
Foi revogado judicialmente um parágrafo da RN 195 da ANS, que determina que contratos coletivos só poderiam ser rescindidos imotivadamente após 12 meses. Pode ser que a partir de agora as multas de rescisão em contratos coletivos deixem de existir. Analisando dados públicos referentes a 43,5 milhões de beneficiários, percebemos entre outras coisas que as segmentações exclusivamente ambulatorial ou exclusivamente hospitalar, apesar de serem opções interessantes de contratação, representam menos de 4% e menos de 1% dos contratos, respectivamente. Por que isso acontece?
Quando uma empresa decide implantar um programa de gestão de saúde para os colaboradores é importante que antes faça o mapa do perfil epidemiológico desta população. A partir daí é que se definem as prioridades de gestão, investimentos, roi, metodologia, taxa de adesão e outras considerações necessárias ao planejamento do programa. O resultado a ser medido será baseado naquilo que foi pactuado antes, oferecendo melhorias para quem aderiu.
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