Share Balanço e Fúria
Share to email
Share to Facebook
Share to X
A popularização do disco de vinil como forma dominante de distribuição musical em meados do século XX foi importante não apenas para que artistas conseguissem difundir sua música de forma independente, mas também para que movimentos de libertação, campanhas de solidariedade, organizações comunitárias e iniciativas de conscientização ampliasssem o alcance de suas mensagens.
Radical Records – Uma enciclopédia da música independente e lutas por libertação, de Josh MacPhee, é um livro que reúne informações sobre música política e produção cultural radical. Ele articula selos que atuaram em conjunto nas lutas sociais, utilizando a cultura como uma plataforma ativa em processos revolucionários e experimentando na prática novas relações de trabalho, distribuição, linguagem e estética.
Das lutas anticoloniais na África e Palestina, passando pelas campanhas de solidariedade com os países sob ditadura da América Latina, chegando aos selos de jazz, punk, cumbia, merengue, dub e seu compromisso com as lutas locais, essa conversa visita experiências pessoais e históricas que apresentam outras formas de se consumir, distribuir e fazer cultura e política.
Radical Records está em uma campanha de financiamento coletivo e você pode contribuir com a publicação em: benfeitoria.com/radicalrecords
Quando a nossa noção de uma elite capitalista brasileira, antes industrial e urbana, se desloca para a ideia de uma elite do interior do país dada a produção de commodities, a difusão ainda mais marcante do sertanejo (ou "agronejo") opera como expressão que corrobora com o desejo de representação dessa elite no imaginário cultural.
Agora, o sujeito que trabalha com a terra é representado como proprietário, que ocupa lugar de poder e é politicamente articulado.
Essa conversa surge a partir do texto "O agro realmente é pop: sobre a hegemonia do sertanejo na era da pós-música", de Douglas Rodrigues Barros, publicado em 2023 na Revista Rosa. Hoje, novas camadas podem ser acrescentadas sobre a reflexão do monopólio que tornou o sertanejo uma expressão inescapável nos últimos 15 anos, e cada vez mais aliada das representações neoliberais, reacionárias e conservadoras.
Para ler o texto mencionado, acesse https://revistarosa.com/7/agro-realmente-pop
Essa conversa que retoma à contrapelo a história do jazz, se desenvolve não só na intenção de demonstrar a presença das mulheres na construção do som e do pensamento, mas também no exercício de trazer à vista o que há de belo e estranho nessas elaborações sonoras e intelectuais, combatendo a ideia de "diva" e "musa" e celebrando o potencial no que há de experimental, no controle das formas de produção, na genialidade e na maneira diversa que essas mulheres criaram sobre o jazz.
Do continente Africano às Américas. De Mary Lou Williams, de Atlanta à Tânia Maria, de São Luís do Maranhão. De Jeane Lee, de Nova York à Emahoy Tsegué-Maryam Guèbrou, de Adis Abeba. Elas estiveram lá e permanecem aqui.
Mais do que a capital do reggae no Brasil, a história do Maranhão é marcada também pela produção jazzística que desde os anos 1920 não só se demonstra a partir da aparição de exímios músicos, como também é instrumento para leitura das contradições e lutas presentes entre as classes subalternizadas no Brasil de ontem e hoje.
De Adhemar Corrêa à Tânia Maria, de New Orleans a São Luís, nessa conversa tratamos da potência que transcende e combate qualquer noção de regionalismo, tendo todo sotaque da produção legitimamente maranhense.
Acompanhe Tonny Araújo Jr. (@tonnyaraujojr) e Isaías Alves (@isaiasalvesmusic):
Os negros na história do jazz do Maranhão:
https://agenciatambor.net.br/opiniao/os-negros-na-historia-do-jazz-do-maranhao/
Cultura, música, literatura e jazz no Maranhão:
https://www.youtube.com/live/zKfGRYBwNdA?si=1642xMXvYEJFpP3u
De St. Louis a São Luís: os primeiros vestígios do jazz no Maranhão:
https://www.sobreotatame.com/de-saint-louis-a-sao-luis-os-primeiros-vestigios-do-jazz-no-maranhao/
Escute Isaías Alves:
https://open.spotify.com/intl-pt/artist/1KqNJYcYfLtszc3g1aoCVN
The podcast currently has 76 episodes available.
163 Listeners
5 Listeners
20 Listeners
16 Listeners
202 Listeners
29 Listeners
8 Listeners
140 Listeners
46 Listeners
6 Listeners
37 Listeners
17 Listeners
74 Listeners
2 Listeners
3 Listeners