Bardi, falecido em 1941, aos 57 anos, foi um músico raro. Nunca foi profissional da música, nunca participou de uma orquestra, nunca gravou um disco e a última vez que tocou em público foi em 1920. Ou seja, há muito não existe quem o tenha ouvido tocar. Ainda assim, não há historiador do tango que deixa de render-lhe homenagens. O que justifica isso são as partituras de suas canções e as gravações de terceiros.
Escutaremos, hoje, dois belos tangos de Bardi. Inicialmente, “La última cita”, com o Cuarteto Cedron. E, a seguir, um de seus raros tangos que ganharam letra, “Nunca tuvo novio”, de 1930, cujos versos são de Enrique Cadícamo, em interpretação de Lídia Borda.