A realidade ordinária pode se transformar em algo duro e desafiante, e encontramos nas artes visuais olhares alternativos para vivencia-la. Nosso próximo convidado, Felipe Carvalho, aborda assuntos cotidianos de forma bem perspicaz. Artista visual, com formação em design gráfico e ilustração, atua no mercado de moda, editorial e audiovisual desde 2005. Neste último com trabalhos em séries premiadas internacionalmente e filmes ligados a temática jovem de grande sucesso nacional. Seus trabalhos possuem cores vibrantes e formas expressivas, deixando rastros que marcam a influência de sua história de vida, sua ancestralidade, além da arte urbana e da cultura popular. Um papo leve e descontraído sobre artes visuais, cinema, as diversas representações da ancestralidade e muito mais.

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"Se o teu corpo se arrepiar. Se sentires também o sangue ferver. Se a cabeça viajar. E mesmo assim estiveres num grande astral. Se ao pisar o solo o teu coração disparar. Se entrares em transe sem ser da religião. Se comeres fungi, quisaca. E mufete de cara-pau. Se luanda te encher de emoção. Se o povo te impressionar demais. É porque são de lá os teus ancestrais. Podes crer no axé dos teus ancestrais”... Assim canta Martinho da Vila. Nada melhor que um samba para tentar explicar o poder da ancestralidade. Para alguns ela surge da música, para outros da religião, ainda tem aqueles que se nutrem da memória dos avós ou de um bom papo de boteco com a “velha guarda”. Independente da religião ou da sua diáspora, a ancestralidade é aquilo que une passado, presente e futuro. Ë preciso relembrar origens, celebrar os que já lutaram para chegarmos até aqui e manter viva nossa força e estória contra qualquer tentativa de apagamento ou embranquecimento dos valores e saberes do povo preto. Há quem pense que ancestralidade é “coisa da antiga”, mas ela anda mais forte e ressignificada do que nunca. E ai? Da onde vem, por onde passa e pra onde te levará sua ancestralidade?

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O foco de suas fotografias é a essência e a alma livre de um estilo de vida. Nosso convidado da Conversa Extraordinária desta Terça é  Fernando Menezes Jr.

Nascido em Duque de Caxias, pai da Marina, skatista, fotógrafo e analista de TI. A fotografia entrou na vida de Fernando, na década de 90, com uma Yashica MF-3. Com sua “vermelhinha” nas mãos registrou muitas memórias afetivas e momentos com seus amigos.

Começou a andar de skate em 1996 e a vontade de registrar suas sessões veio naturalmente. Um tempo depois a fotografia foi se tornando algo mais profissional, unindo as duas coisas que ele mais gostava.

Um papo sobre a fotografia, tecnologia, mercado de trabalho, skate, paternidade e muito mais!

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Falar sobre pretos nas artes, nos esportes, nos cinemas... é falar sobre as questões intrínsecas ao racismo estrutural. Na nossa conversa de sábado iremos debater sobre a importância de repensar todo o corpo técnico e a produção cinematográfica para que a representatividade preta se faça presente! Do diretor, passando pela equipe técnica e chegando ao elenco... é preciso ter a presença efetiva de profissionais pretos.

Spike Lee, em entrevista recente, afirmou: "Vivo num país onde ser negro continua sendo a única razão pela qual alguém pode ser assassinado.Quando Radio Raheem gritava “acorde!” em Faça a Coisa Certa, era 1989. Agora estamos em 2020… E nada mudou." O diretor acredita que o cinema pode ser um importante aliado para ajudar a levantar essas questões vitais para pensarmos numa sociedade menos injusta!

Chadwick Boseman, Spikee Lee, Pantera Negra, Jordan Peele, Wakanda, ancestralidade, "Faça a coisa certa", representatividade, Ryan coogler. Tudo junto e misturado numa conversa aquilombada e cheia de afeto depois de uma semana tão difícil com a partida do nosso querido e eterno "Pantera Negra".

Uma conversa pra ultrapassar os limites da telona e nos fazer refletir sobre nosso cotidiano!

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Mulher, preta e desenvolvedora. E desenvolvedora é a palavra correta. Fabiana saiu do Rio, foi para São Paulo e conseguiu desenvolver mais que habilidades na área de análise de sistemas. Criou seu networking, abriu seu caminho no mercado de trabalho, encontrou iniciativas como a perifacode e hoje ajuda a levar possibilidades a mulheres periféricas com o projeto. Ela é a prova de que quando o preto tem a possibilidade de mostrar seu talento e capacidades, tem o poder de transformar organizações. Prova disso é o fato de Fabiana estar na lista da Forbes Brasil dos 9 inovadores negros que estão apostando na educação financeira e no crédito como arma de ascensão social. 

E nessa de transformar vidas, ela é a nossa Conversa Extraordinária da desta semana.

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Quais os desafios que precisamos superar para termos sucesso no mercado de trabalho? Temos as mesmas condições de ingresso? Quais características precisamos esconder para sermos aceitos? 

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O Britney's Crew é um coletivo que surgiu através da união de skatistas com o intuito de emponderar e incentivar mais mulheres a andarem de skate e viverem o lifestyle de forma autêntica. As Brits são as nossas próximas  entrevistadas do Conversa Extraordinária.

Fomentar a cultura skateboard e trazer a conscientização da equidade de gênero são as principais missões das Brits que vem ao Conversa trocar uma ideia sobre produção de eventos, conteúdo audiovisual, e acima de tudo, o conceito de coletividade na busca de  dar protagonismo para que mais mulheres tenham oportunidades no cenário.

Um coletivo composto em sua maioria por mulheres pretas, mães, trans, lésbicas e periféricas. O amor pelo skate é o que as une.

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Designer Gráfico de formação e um dos responsáveis pela Cervejaria Implicantes, Diego Dias é o nosso entrevistado da vez no Conversa Extraordinária.

A primeira fábrica cervejeira negra do Brasil é o tema do nosso papo. Além de trazer boas cervejas a Implicantes tem como proposta resgatar a ancestralidade do povo negro através de figuras históricas, como Luiz Gama, nos rótulos das latas. A empresa tem uma pegada bem familiar, unindo irmãos, primos e amigo na gestão do negócio.

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A academia já nos aceita? Ou as cotas raciais servem apenas como um placebo para acalmar  consciência de uma produção científica eurocentrada e colonizadora? As universidades e centros de pesquisa estão dispostos a parar o epistemicídio sistêmico a que somos submetidos?  

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Para entender de artes, moda, arquitetura e urbanismo, podemos facilmente ouvir a Paula Milena. Jogando nas onze e com variadas formações, vai nos ajudar  a compreender como a arte e a moda se cruzam com a diáspora negra no conturbado tecido urbano da cidade mais preta fora da África. 

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