Continuação da bem disposta conversa iniciada na semana passada e tendo como convidado José Alexandre Barata. Um percurso musical que passa por uma mão cheia de projectos que vão da música de baile ao jazz mais abstracto, com passagem na orquestra ligeira do exercito até finalmente arruinar a sua carreira musical ao participar como saxofonista numa mítica gravação do Bardo Jerónimo, optando pelo jornalismo na então emergente Rádio Cova da Beira. As aventuras no mundo teatral ficarão para um terceiro episódio que irá para o ar num par de semanas.

Em solarenga tarde estivemos à conversa com José Alexandre Barata, figura bem conhecida do meio cultural fundanense. Hoje dedicado de corpo e alma ao teatro, ao leme da companhia ‘Este - Estação Teatral’, foi, enquanto cachopo, e, continua a ser, um exímio músico. É sobre o seu percurso musical que gira a conversa deste episódio que continuará na próxima semana com as memorias em torno da sua passagem na orquestra ligeira do exército e a sua entrada no mundo da arte dramática.

Com a aproximação da efeméride revolucionária decidimos proporcionar mais uma experiência imersiva, desta feita em torno do que realmente – individualmente e coletivamente - proporciona a mudança, a revolução. A nossa e a dos outros. De Portugal à America Latina, de Cuba a Vale de Prazeres damos a sentir o cheiro da pólvora queimada. Vale tudo até tirar olhos. Viva la Revolucion!

Estivemos à conversa nos nossos estúdios do Monte da Virgem, O Espanhol Bar no Carvalhal do Povo, com Pedro Maia, músico de excelência que conseguimos roubar a terras de Vera Cruz. Ganhou o vizinho município do Sabugal uma figura impar; e nós uma dor de cabeça medonha quando o Sr. Saci Pereré insiste em nos presentear com música cuspida por uma das suas colunas portáteis infernais. Sinais dos tempos.

Continuamos esta semana com as aventuras juvenis dos três ilustres maduros valverdenses, André, Rui e Jerónimo. Ficamos, entre outras coisas, a saber como a aprendizagem no ensino oficial obrigatório era feita em paralelo com um estágio numa escola da vida que canta e nos encanta como as ninfas do Tejo. Ter bom aproveitamento nas duas não é tarefa fácil.

Num final de tarde entre amigos no café o Forno no Carvalhal do Povo, dedicado à diegese das aventuras juvenis de três maduros - André, Rui e Jerónimo - ficamos a saber como a cachopada valverdense ocupava o seu tempo numa idade dourada em que não havia internet ou telemóvel.

Che schifo! Chissenefrega! O Trio da Abaladiça decidiu retomar a sua volta ao mundo em 800 músicas e aventura-se, numa Gondola sem gondolieri, por águas pantanosas do lirismo musical da bela Itália. troppo facile come sfida! dirá a maioria. Como gostamos de desafios, aguardamos as vossas sugestões para as próximas paragens sónicas: do heavy metal do Gabão ao rap norte coreano, vale tudo (até tirar olhos). Ciao Bella!

«Um instrumento em harmonia com os sentimentos de um assassino» é assim que Ambrose Bierce define o acordeão no infame “Dicionário do Diabo”. Facilmente se adivinha que o amigo Ambrose, na sua altivez burguesa, era pouco dado aos bailaricos de cariz popular. Estivemos em conversa com o senhor João Pombinho, um valverdense autodidata e amante do nobre instrumento musical.

Apenas por erro de casting não nasceu a 30 de Fevereiro impedindo-o de escapar a homenagens deste calibre. Miguel Newton, besta assumida, pouco amigo de festas de aniversário, e, uma das três cabeças por trás do programa fez anos e esta foi a celebração possível. Venham mais 57 para ele poder oferecer a quem deles mais necessite.

Continuamos esta semana com mais uma experiência imersiva. É segredo mal escondido que um dos elementos do trio das Conversas da Abaladiça tem uma pancada por velharias e não é raro ver o pobre coitado junto de caixotes de lixo a apanhar mobiliário e outros trastes que, para quem deles se desfez, chegaram ao fim da linha. É um ‘colector’ incorrigível de despojos de guerra (e de gatos) e além de andar à cata do gratuito também compra quinquilharia em feiras. E foi à feira de colecionismo e velharias de Castelo Branco que rumamos para captar o ambiente que por lá se respira: do pedincha, da pechincha e do trafulha reza esta história. Tudo entremeado com música de discos de 78 rpm com camadas de pó dos tempos e o místico som da ‘batata frita’. Preparado para viajar no tempo?