O pastel de molho é a verdadeira refeição da classe operária covilhanense. Sobre o excelso pastel estivemos à conversa com Cristina Vaz que mantem viva a tradição iniciada pela sua avó e continuada por sua mãe. Uma verdadeiro guia ‘Pastel de Molho para Totós’, como nós. Já agora se alguém souber do paradeiro do camarada de armas Pelejão que lance um foguete já que não dá sinal de vida faz quatro episódios das Conversas.

Já nos tinha feito companhia no primeiro episódio das Conversas da Abaladiça com as suas memórias dos tempos em que foi exímio seminarista, o amigo Tó Catrina, valverdense dos sete costados, acompanha-nos agora numa tertúlia sobre um dos nossos temas preferidos, as txouriças.

Mais um programa gravado na Fatela em torno de um diálogo sobre a música não erudita; abordando o bom, o mau e o violão. Versões, tributos e outros brutos compõem o ramalhete sónico.

Neste episódio em que o trio (aqui em formato dupla, Newton e Jerónimo) da Abaladiça abanca arraial na Fatela e se faz acompanhar numa amena cavaqueira dos convidados Pedro Casca e Maria Cordeiro. A língua solta-se e deambula por personagens e locais da Beira Baixa para fazer uma paragem final no Fundão com um verdadeiro apelo-manifesto da nova boémia do concelho às autoridades. Uma espécie de entremeada com ilustres como conduto e boa música a servir-lhes de carcaça. Receita infalível para algo indeterminado.

E à 40a rodada nas ondas hertzianas o trio da Abaladiça parece ter entrado num estado semelhante a uma crise da meia idade andando à deriva sem rumo certo e prontos a encalhar nas margens do Zêzere. Mas como bons capitães Iglos com carta de marear tirada na Escola Naval 8 Bicas, conseguem lançar ancora e calcular rota que os vai levar a bom porto. Como alguém já lhe disse e bem: «vão trabalhar malandros»!

Em Agosto passado estivemos à conversa com o Quim Tó, o homem do Alfasud, nas festas de Valverde e aprendemos lições úteis para a vida com o edificante relato em que um cachopo de tenra idade ganha com prémio 25 tostões de um guarda da GNR por apanhar uma bebedeira de aguardente ou a dica em como uma rotunda se revela o melhor sitio para montar uma tenda em Vieira do Minho. Cachopos tapem os ouvidos e dediquem-se ao Tic Toc.

Já pensaram quantas músicas cabem num programa de 60 minutos? Facilmente poderíamos encaixotar 60 ou mais malhas bem suadas com cabeludos mal dispostos aos berros mas preferimos fazer o exercício inverso e presentear-vos com um momento cultural impar e dar-vos a escutar 3 belas melodias em 60 minutos. Coragem que a mais curta tem meros 18 minutos e 32 segundos. É o nosso momento ‘Pica Miolos’ e não necessitam de agradecer que temos todo o prazer em proporcionar serviço público.

Continuação do programa da semana passada com a Fatela Sónica 2022 como pano de fundo e muita música à mistura. Vinho também não faltou assim como uma fartura para acabar a noite na Festa de São Miguel no Carvalhal.

Com o trio da abaladiça a marcar presença na Fatela Sónica 2022 aproveitou-se a oportunidade para conversar com quem se animou para a festa rija do punk. Foi bonito de se ver, ouvir e berrar. Fica o testemunho para a posteridade.

Como qualquer ser humano digno desse nome também temos direito a umas merecidas férias, mas nem por isso deixamos de dar um ar da nossa graça antes de rumar às Bahamas do Zêzere. Na segunda-feira 10 de Outubro oferecemos mais uma boia salva vidas musical com muita música e sem dislates. Para a semana regressamos no nosso formato habitual com dose reforçada de tagarelagem avulsa.