OHMEUDEUSUMEPISÓDIOEMMENOSDEDUASSEMANAS e até é sobre uma coisa que é relevante! Tão relevante que vamos tentar perceber porque é que é relevante, ao mesmo tempo que nos tentamos manter relevantes nesta roda de hamster de conteúdo que o sistema nos faz correr para sempre, para sempre sem escapatória.
Squid Game fez-nos mal...
Spoiler Alert para Tudo, Sempre!
Uma desvantagem pouco falada de finalmente começarmos a tratar da nossa saúde mental, é que de repente uma pessoa habitua-se a sentir-se bem, e já não quer voltar a fazer coisas que sejam ansiogénicas.
O que não deixa de ser paradoxal com o facto de que não conseguíamos parar de ver Squid Game, apesar de isso nos provocar picos de ansiedade em todos os episódios. Também é paradoxal que seja exactamente isso que nos impelir a gravarmos um episódio mais cedo do que planeávamos.
Mas Squid Game não é só um objecto de arte no meio televisivo/streaming, algo que a Sara, o Gui e a sua produtora bon vivant Dani explicam exaustivamente ao início; é também um fenómeno de popularidade daqueles que influenciam o entretenimento durante décadas.
Numa tentativa vagamente coerente de explicar isso, a Sara o Gui e a Dani relembram as suas experiências de recreio, os jogos de infância que jogavam, e a maneira como podiam torná-los letais.
Também tentam encontrar as influências de Squid Game, passando por clássicos do cinema Coreano como Old Boy, ou pérolas recentes como Parasite. Aparentemente, e não-surpreendentemente para quem já nos conhece, isto é tudo uma metáfora para desigualdade sócio-económica, portanto já sabem que o Gui tem um dos seus rants políticos.
E no fim, não sei bem como, ainda conseguimos fazer uma ponte para jogos de Battle Royale, e de alguma forma acho que a conversa acaba connosco a concordarmos que o próximo jogo que queremos jogar é um onde há coelhinhos e ursinhos e outros animais fofinhos a matarem-se violentamente uns aos outros.
Imagem:
Produção @cosmicdanne
Montagem @mitangerine
Texto @guimmsantos