Do espectro da metafísica à metafísica do espectro
Professor de pós-graduação na Faculdade de Ciências Sociais da
Universidad de Buenos Aires e professor de filosofia da UADE
Tradução de Alexandre Nodari
Revisão de Marcos Matos e Juliana Fausto
NOTA DO AUTOR Este texto é uma versão modificada de uma conferência proferida no VI CONECO, na UERJ,
no dia 23 de outubro de 2013, e alguns temas constituem os primeiros esboços de uma "espectrologia" que será
o objeto específico de um futuro livro intitulado A comunidade dos espectros II. Ontosofia. Gostaríamos de
agradecer ao prof. Erick Felinto por seus comentários a este texto.
RESUMO Esse texto procura abordar a possibilidade de construir uma metafísica para nossos tempos, em es-
pecial, uma espectrologia. Tendo em vista esse objetivo, analisam-se as formas pelas quais a filosofia moderna
ativamente encerrou a problemática dos espectros como entes objetivamente existentes (Descartes, Hobbes,
Espinosa). Em um segundo momento, buscamos investigar a ontologia regional dos sonhos e das imagens da
filosofia neoplatônica renascentista como uma forma de “para-onto-sofia” do Outside.
PALAVRAS-CHAVE Metafísica; espectrologia; imagens
REVISTA DE ANTROPOLOGIA ESPECULATIVA
A publicação semestral do núcleo homônimo pretende abarcar arte, crítica, antropologia, psicanálise, filosofia,
história, na forma de ensaios visuais, poemas, ficções, artigos, traduções, resgate de textos esquecidos ou pouco
conhecidos, tendo como norte (ou sul) a figura da "antropologia especulativa", expressão pela qual Juan José Saer
caracterizou a ficção e a inseparabilidade ou reversibilidade entre subjetividade (visão) e objetividade (mundo)
que esta comporta. O mundo é vasto porque ele é visto, porque ele é caleidsocópio de mundos: quem o vê?, como
se o vê?, que mundo se vê? e o que o mundo vê? Perguntas que não admitem senão respostas incompletas, e, por
isso mesmo, inter-essantes.
NÚMERO 1 | NOVEMBRO DE 2015
A escolha dos materiais publicados na species é feita pelos editores após indicação do conselho editorial.
Alexandre Nodari e Flávia Cera
Alexandre Nodari (UFPR), André Vallias (Radical livre), Déborah Danowski (PUC-Rio), Eduardo Sterzi (UNICAMP),
Eduardo Viveiros de Castro (Museu Nacional/UFRJ), Emmanuele Coccia (EHESS), Fabián Ludueña Romandini
(UBA), Flávia Cera (Cultura e Barbárie), Guilherme Gontijo Flores (UFPR), Idelber Avelar (Tulane), João Camillo
Penna (UFRJ), Juliana Fausto (PUC-Rio), Marco Antonio Valentim (UFPR), Marcos de Almeida Matos (UFAC), Miguel
Carid (UFPR), Moysés Pinto Neto (ULBRA), Pedro de Niemeyer Cesarino (USP), Veronica Stigger (INST), Vinícius
Orlando Calheiros (Mairaw Suruí, Sororó/PA, 2015)
species - núcleo de antropologia especulativa
http://speciesnae.wordpress.com/
Sediado na Universidade Federal do Paraná, o species é um núcleo transdisciplinar co-
ordenado por Alexandre Nodari, Flávia Cera, Guilherme Gontijo Flores, Juliana Fausto,
Marco Antonio Valentim, Miguel Carid e Vinícius Nicastro Honesko