Paulo não era apenas um pregador, era também um sábio estrategista. Na sua primeira viagem missionária, concentrou-se exclusivamente em Chipre e na Galácia; na segunda, dedicou-se à evangelização das províncias da Macedônia e Acaia.
Na terceira viagem missionária, concentrou-se em Éfeso, na província da Ásia Menor. É importante ressaltar que, em todas as suas viagens, Paulo incluiu as capitais em seu trajeto: Tessalônica, capital da Macedônia; Corinto, capital da Acaia; e Éfeso, capital da Ásia.
Além disso, Paulo escreveria a cada uma das igrejas nessas capitais, ou seja, aos tessalonicenses, aos coríntios e aos efésios.
O apóstolo Paulo entrou na Europa por orientação do Espírito Santo, mas também tinha discernimento para fazer as melhores escolhas estratégicas na obra missionária nesse continente.
As duas primeiras cidades indignas do evangelho, mas compreendia que, se Tessalônica fosse alcançada, o evangelho poderia irradiar-se dali para todas as outras regiões.
Assim, Paulo não estava sendo preconceituoso nem fazendo acepção de pessoas, mas estava, sim, agindo de modo estratégico.
Paulo sabia usar os recursos disponíveis na época para agilizar o processo de evangelização.
O apóstolo Paulo escolheu Tessalônica não apenas por sua localização geográfica e importância econômica e política, mas também por sua conexão religiosa.
Naquele grande centro de cultura grega e romana havia uma sinagoga de judeus. A mesma ponte de contato foi usada em Bereia (17,10).
Na sua estratégia, Paulo usou o lugar certo e o tempo certo. Usou também o meio certo, as Escrituras. Usou a mensagem certa, ou seja, a vida, a morte e a ressurreição de Jesus, para atingir as pessoas certas, ou seja, os judeus e gentios piedosos.
Jesus, Paulo e os missionários ao longo dos séculos souberam usar com sabedoria essas pontes de contato para levarem aos povos a mensagem da graça de Deus.
Ainda hoje precisamos ter discernimento ao buscar os melhores meios, os melhores recursos, os melhores métodos para anunciarmos a melhor mensagem, o evangelho de Cristo.
O apóstolo Paulo prega Cristo a partir das Escrituras. Ele não prega filosofia grega nem política romana. Não prega a tradição dos anciãos nem ensina os dogmas dos rabinos fariseus. Expõe as Escrituras e a partir delas apresenta Cristo.
Paulo não usa expedientes místicos para expor as Escrituras. Ele apela para a razão de seus ouvintes. Dirige-se à mente deles e lhes desperta o entendimento.
Paulo identificou o Jesus da história com o Cristo das Escrituras, enquanto hoje alguns teólogos liberais tentam criar um abismo entre o Jesus histórico dos Evangelhos e um Cristo místico da teologia e da experiência cristã.
A pregação de Paulo em Tessalônica foi eficaz (lTs 1,5).
Embora o número de judeus convertidos fosse pequeno, grande multidão de gregos piedosos recebeu a Cristo, bem como muitas mulheres distintas foram convencidas por Paulo e Silas.
Os convertidos de Tessalônica afluíam de quatro seções da comunidade: judeus, gregos, tementes a Deus e mulheres distintas.
O evangelho causou grande impacto na vida dos gentios. Em apenas três semanas, ouvimos falar de numerosa multidão convertida.
Pastor Valter Machado IEQ/sede