21- Na verdade, o Filho do Homem vai, como dele está escrito, mas ai daquele por quem o Filho do Homem é traído! Bom seria para o tal homem não houvera nascido.
A expressão Filho do Homem era a nomeação preferida de Jesus Cristo, ela vem do livro de Daniel 7. 13-14 onde o messiânico Filho do homem recebe poder. E o que está escrito sobre ele? Em Marcos 9. 12 o Próprio Cristo diz que o Filho do Homem deve sofrer muitas coisas, e ser reduzido a nada, bom seria para o tal homem não ter nascido, se trata de Judas que escolheu seu próprio destino, um caminho de traição.
22- E, comendo eles, tomou Jesus pão, e, abençoando-o, o partiu, e deu-lho, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.
Como de costume o chefe de família dava graças a Deus pelo pão, partia-o e distribuía pedaços aos demais presentes, o que houve de novidade foi o que Jesus disse-lhes enquanto repartiam o pão: que este pão representa seu corpo, que em breve seria dado e partido na cruz por eles.
24- E disse-lhes: Isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que por muitos é derramado.
Se o pão era o alimento dos judeus o vinho diluído em água era sua bebida, a vida depende de ambos, tanto o corpo como o sangue, como em toda refeição Judaica, fez-se uma oração de gratidão a Deus pelo fruto da vide. Jesus fala que o vinho no cálice representava seu sangue, o sangue que selaria a aliança ao ser derramado por muitos, como diz em Jeremias 31.31: Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que eu farei um novo pacto com a casa de Israel, e com a casa de Judá.
Jesus fala de uma forma solene explicando sua morte e o significado dela, mas este não seria seu fim, viria novamente um dia em que Ele beberia com eles no reino de Deus.
26- E, tendo cantado o hino, saíram para o monte das Oliveiras.
Tradicionalmente, a refeição da Páscoa terminava com as pessoas cantando um hino de Aleluia que pode ser encontrado em Salmos do cap 115 até o cap 118.
27- E disse-lhes Jesus: Todos vós esta noite vos escandalizareis em mim, porque escrito está: ferirei o pastor, e as ovelhas se dispersarão.
Embora a sua crucificação envolvesse a conspiração de líderes religiosos, oficiais romanos, e a traição de um amigo, Jesus enxergava a sua morte como o cumprimento do justo plano de Deus.
A promessa de encontrar Jesus na Galileia está ligada ao que disse o anjo às mulheres em Marcos 16.7. Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis, como ele vos disse.
Os discípulos encontrariam o Cristo ressuscitado na Galileia.
29- E disse-lhe Pedro: Ainda que todos se escandalizem, nunca, porém, eu.
30- E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje, nesta noite, antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás.
O impulsivo Pedro declarou ser inabalável, mas Jesus predisse que infalivelmente que o discípulo se curvaria diante da oposição.
31- Mas ele disse com mais veemência: ainda que me seja necessário morrer contigo, de modo nenhum te negarei, E da mesma maneira diziam todos também.
Pedro é frequentemente apontado como o que negou a Cristo, mas não podemos esquecer de que todos os discípulos insistiram em afirmar que eles nunca negariam a Jesus, mas também não conseguiram cumprir a sua promessa.
Pedro considerou-se uma exceção, ele julgou-se melhor que os seus amigos discípulos, pensou ser mais crente, mais forte, mais confiável, achou estar pronto para ir para prisão e até para morte por Jesus, mas o Senhor revela a Pedro que naquela noite sua fraqueza seria demonstrada e suas promessas quebradas. Neste acontecimento Pedro sou eu, Pedro é você.
O apóstolo Paulo nos exorta: Aquele, pois, que pensa estar em pé, olhe que não caia (1Co 10.12).
Mas não esqueçam o que diz em 1 João 2. 1.
Meus Filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.