O sábado magro já passou e a Nazaré, mais uma vez, voltou a demonstrar toda a capacidade de mobilização para assinalar uma data tão marcante para a nossa comunidade. Foi um verdadeiro espetáculo de luz, cor e emoção aquele que nos foi proporcionado no sábado pelos grupos carnavalescos, alguns dos quais com décadas de serviço ao Entrudo nazareno, como os Bicicletas, e outros bem mais recentes, mas recheados de iniciativa, folia e… foliões e grandes folionas. Afinal, quem consegue ficar indiferente à imponência das Trotinetas ou das benitinhas das Alberqueras, que começaram como banda infernal e saem ao domingo? Faltaram as Maltezas, mas não faltarão oportunidades para voltar a vê-las desfilar. É também por isso que o Carnaval da Nazaré é diferente. Antes dos dias de Entrudo, propriamente dito, já estamos a festejar aquela que é, para nós, a mais importante quadra do ano. Por estes dias, a nossa rádio bate recordes de audiência no concelho e um pouco por toda a região, com os “palecos” rendidos à nossa capacidade de retratar expressões típicas do nosso quotidiano em formato musical, ritmado e com grande emoção. Conheço, porque trabalhei anos para a televisão, os mais importantes Carnavais do país, desde Ovar a Torres Vedras, desde Loulé até à Figueira da Foz. São todos imponentes, bem organizados, vistosos e atraem multidões. Mas o nosso é nosso. E o melhor de todos. Porque, afinal, quem tem dúvidas que temos o Carnaval na alma?