Em 14 de novembro, o Senado aprovou a Política Nacional para atingidos por Barragens (PNAB). A expectativa do coordenador nacional do MAB, Joceli Andrioli, é que a legislação seja sancionada em breve pelo Governo Federal. Em entrevista ao jornalista Marco Antonio Soalheiro, do Mundo Político, Andrioli relembrou a trajetória de luta para que o Estado brasileiro reconheça os direitos dos atingidos. Com a PNAB, ficariam assegurados direitos de indenização, de reparação da cadeia produtiva; e estabelecidos os critérios para o reconhecimento de quem são os atingidos. Para o militante, a nova legislação é um avanço em relação ao futuro, mas ainda faltariam ações para "pagar dívidas históricas" com os atingidos. Por isso, o movimento apresentou uma série de sugestões, como a criação de um fundo nacional, que financiaria programas de desenvolvimento social. Na entrevista, Andrioli também falou sobre o Acordo de Mariana. Ele criticou a ausência dos atingidos na mesa de negociação e defendeu que o recurso seja utilizado especialmente para a reparação das bacias atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana. O coordenador do MAB criticou a proposta do governo do Estado em utilizar os valores para outras finalidades. "O MAB também reconhece que o Estado teve perdas, mas ele deve buscar a reparação para isso".