A profecia de hoje é fascinante. Foi feita em torno do ano 1.445 AC e está em Êxodo 14:13-14: “Moisés disse ao povo: Não temais. Estai quietos, e vede o livramento do Senhor, que hoje vos fará. Aos egípcios, que hoje vistes, nunca mais vereis para sempre. O Senhor pelejará por vós, e vos calareis”.
Moisés estava com oitenta anos de idade quando recebeu a missão de libertar os israelitas do Egito. Não foi tarefa fácil. Especialmente convencer os próprios descendentes de Jacó de que fora enviado pelo Senhor Deus. E depois encarar de frente o faraó egípcio, maior autoridade daquela época.
Por ocasião desta profecia, as dez pragas já haviam caído sobre aquela região. Os primogênitos egípcios já estavam mortos. O faraó, finalmente, consentira em liberar todas as pessoas com os seus pertences, animais, enfim, tudo que era deles. Os israelitas, também, já haviam celebrado a páscoa e aguardavam com ansiedade o momento de partir.
Êxodo 12:31 registra a ordem de Faraó a Moisés e Arão: “Levantai-vos, saí do meio do meu povo, tanto vós como os filhos de Israel!” Assim, “partiram os filhos de Israel de Ramessés para Sucote, cerca de seiscentos mil a pé, somente de homens, sem contar mulheres e crianças. Subiu também uma mistura de gente, ovelhas e gado, muitíssimos animais” (Êxodo 12:37-38).
A alegria de todos era indescritível. Haviam presenciado os milagres e a extraordinária libertação proporcionada pelo Deus Jeová. Canaã, a terra prometida, seria conquistada rapidamente e com facilidade. Por isso, como lemos no verso anterior, uma mistura de gente, que não era de israelitas, aproveitou a oportunidade para tentar ganhar seu pedacinho de terra.
Veio a primeira parada, o primeiro acampamento, em um lugar chamado Sucote, ainda nos domínios do Egito. Imagino que esta primeira parada foi o tempo que eles precisaram para a organização final. De Sucote, partiram para Etã, na entrada do deserto (Êxodo13:20). Enquanto caminhavam em direção à terra prometida, algo especial os acompanhava. A Bíblia conta: “O Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem, para os guiar no caminho e de noite numa coluna de fogo, para os alumiar… Nunca se apartou do povo a coluna de nuvem de dia, nem a coluna de fogo de noite” (Êxodo 13:21-22).
Tudo ia muito bem até surgir o primeiro problema. E que problema! A estrada acabou. O Mar Vermelho estava à frente e não havia um único barco ou navio preparado para transportá-los para o outro lado. A festa da saída fora estragada. Tudo agora começa a dar errado. E para realmente complicar a situação, uma notícia aterradora: o exército de faraó está a caminho. Estão cercados por montanhas. Na frente o mar. Atrás soldados cruéis se aproximando rapidamente. O sonho da terra prometida vira pesadelo. O desespero toma conta de praticamente todos. Gritos, choro, criticas a Moisés. Gente reclamando por todos os lados. Naquele momento cada um mostra quão forte é a confiança que tem em Deus. A maioria já O tinha esquecido por completo.
O líder, nesse caos de medo e desespero faz, então, a profecia que estamos estudando hoje. “Moisés disse ao povo: não temais. Estai quietos, e vede o livramento do Senhor, que vos fará hoje. Aos egípcios, que hoje vistes nunca mais vereis para sempre” (Êxodo14:13). Em outras palavras: “Fiquem quietos, acalmem-se, deixem o Senhor mostrar o poder dEle.” Moisés levantou o cajado e estendeu a mão sobre o mar e uma estrada foi aberta para o povo passar. A multidão não acredita no que os olhos vêem. Porém, vão em frente!
Os egípcios, ao perceberem o caminho aberto, concluíram que o mesmo trajeto serviria para eles também. Estavam redondamente enganados. Tão logo os israelitas atravessaram para o outro lado, Deus deu uma ordem a Moisés. “Então Moisés estendeu a mão sobre o mar e o mar retornou a sua força ao amanhecer… As águas, tornando, cobriram os carros e os cavaleiros de todo o exército de Faraó,