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No episódio, Ana Frazão conversa com Guilherme Klein Martins, Graduado e Mestre em Economia pela USP, Doutor em Economia pela University of Massachusetts, Professor de Economia da University of Leeds e Pesquisador Associado do MADE (Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades da FEA/USP) a respeito da desigualdade e as suas repercussões sobre o crescimento e desenvolvimento econômicos. O professor Guilherme explica os equívocos da trickle down economics e da sua adaptação brasileira, traduzida na frase de Delfim Neto de que o bolo precisa crescer para depois ser dividido. Na sua avaliação, as evidências empíricas demonstram o contrário, no sentido de que nem a desoneração tributária leva ao aumento do investimento nem a economia pode crescer sem que haja demanda. Dentre os principais tópicos da conversa, estão os desdobramentos da trickle down economics sobre a contenção dos gastos do governo, traduzidos em soluções como arrochos nas áreas de saúde e educação, desvinculação de benefícios sociais do salário mínimo e redução do próprio salário mínimo. Para o professor Guilherme, tais medidas, que atingem os mais pobres, não resolvem o problema e podem agravá-lo, uma vez que o salário mínimo tem se mostrado uma eficiente solução de redução de desigualdade e impulsionamento da economia. O professor também mostra que adiar a redução da desigualdade tende a tornar a solução do problema ainda mais difícil no futuro, diante da cristalização da renda. Na parte final da conversa, o professor Guilherme mostra como a redução da desigualdade no Brasil exige necessariamente políticas de justiça tributária e comenta as recentes iniciativas legislativas que tramitam no Congresso.
By Ana Frazão5
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No episódio, Ana Frazão conversa com Guilherme Klein Martins, Graduado e Mestre em Economia pela USP, Doutor em Economia pela University of Massachusetts, Professor de Economia da University of Leeds e Pesquisador Associado do MADE (Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades da FEA/USP) a respeito da desigualdade e as suas repercussões sobre o crescimento e desenvolvimento econômicos. O professor Guilherme explica os equívocos da trickle down economics e da sua adaptação brasileira, traduzida na frase de Delfim Neto de que o bolo precisa crescer para depois ser dividido. Na sua avaliação, as evidências empíricas demonstram o contrário, no sentido de que nem a desoneração tributária leva ao aumento do investimento nem a economia pode crescer sem que haja demanda. Dentre os principais tópicos da conversa, estão os desdobramentos da trickle down economics sobre a contenção dos gastos do governo, traduzidos em soluções como arrochos nas áreas de saúde e educação, desvinculação de benefícios sociais do salário mínimo e redução do próprio salário mínimo. Para o professor Guilherme, tais medidas, que atingem os mais pobres, não resolvem o problema e podem agravá-lo, uma vez que o salário mínimo tem se mostrado uma eficiente solução de redução de desigualdade e impulsionamento da economia. O professor também mostra que adiar a redução da desigualdade tende a tornar a solução do problema ainda mais difícil no futuro, diante da cristalização da renda. Na parte final da conversa, o professor Guilherme mostra como a redução da desigualdade no Brasil exige necessariamente políticas de justiça tributária e comenta as recentes iniciativas legislativas que tramitam no Congresso.

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