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Today we have an episode about risks -- are you a risk-taker? After listening to the episode, you'll have some vocabulary to talk about risks and their consequences as well.
For the Continuing Education Program, follow this link:
>>> Shall we meet? Follow this link: https://social.portuguesewitheli.com/meetngreet
And here is the transcript of the monologue for your benefit:
Não é de hoje que minha esposa me azucrinacom esses negócios de investimentos.
Quando a gente se casou, ela era muito mais comedida. Ela gostava de pintar, de cozinhar e de fazer crochê. Crochê, meu deus! Coisa de vovozinha. Mas dentro daquela senhorinha pacata morava – e ainda mora – uma leoa.
Por que digo isso? Pois bem, te conto é agora.
Ontem completei vinte e dois anos de casa numa empresa de logística. Pode parecer muito, mas vinte e dois anos passam num pulo. Hoje você se deita com vinte anos de idade e amanhã já se acorda com sessenta e se pergunta: o que aconteceu? Então, como disse, gosto da minha empresa – a comida é boa, o trabalho é pouco e a gente é tanto faz, tanto fez. Tem um ou outro que eu nãoconsigo engolir, mas é só baixar a cabeça e seguir em frente.
Mas nem sempre foi assim.
Quando comecei a trabalhar, vi uma possibilidade boa de subir na vida. Fazia uns cinco anos que eu trabalhava lá quando recebi uma proposta da gerência – quer investir na empresa? Eu era jovem, a empresa também, e tanto ela como eu estávamos mal das pernas. Mas a empresa queria correr riscos e precisava de capital. Se desse certo, maravilha, todo mundo ganhava, mas se não desse certo, todo mundo ia entrar pelo cano.
Conversei com a minha esposa na época, em busca de algum direcionamento. Eu devia ter ficado calado – a mulher era porra-louca. Ela queria que eu pegasse o dinheiro da minha poupança, o dinheiro dela e ainda pegasse a reserva que tínhamos para pagar a casa... queria que eu pegasse toda essa dinheiramae investisse tudo na empresa.
Ela disse que era uma manobra arriscada, mas mais arrojada e ousada.
Para mim, isso era agir de maneira irrefletida e infantil.
No fim das contas, ganhei eu a briga e não investimos.
Então, com um golpe de sorte e muita ousadia, a empresa cresceu, cresceu e cresceu, bomboumesmo, e quem investiu naquela época, ficou montado na grana.
E quem amarelou e não investiu... ficou a ver navios.
Agora minha esposa veio com outra história. Ela ouviu falar de um negócio de Bitcoin e disse que essa é a bola da vez. Não quero nada com isso. Dizem que o seguro morreu de velho e é assim que quero morrer.
By Eliaquim Sousa5
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Today we have an episode about risks -- are you a risk-taker? After listening to the episode, you'll have some vocabulary to talk about risks and their consequences as well.
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Não é de hoje que minha esposa me azucrinacom esses negócios de investimentos.
Quando a gente se casou, ela era muito mais comedida. Ela gostava de pintar, de cozinhar e de fazer crochê. Crochê, meu deus! Coisa de vovozinha. Mas dentro daquela senhorinha pacata morava – e ainda mora – uma leoa.
Por que digo isso? Pois bem, te conto é agora.
Ontem completei vinte e dois anos de casa numa empresa de logística. Pode parecer muito, mas vinte e dois anos passam num pulo. Hoje você se deita com vinte anos de idade e amanhã já se acorda com sessenta e se pergunta: o que aconteceu? Então, como disse, gosto da minha empresa – a comida é boa, o trabalho é pouco e a gente é tanto faz, tanto fez. Tem um ou outro que eu nãoconsigo engolir, mas é só baixar a cabeça e seguir em frente.
Mas nem sempre foi assim.
Quando comecei a trabalhar, vi uma possibilidade boa de subir na vida. Fazia uns cinco anos que eu trabalhava lá quando recebi uma proposta da gerência – quer investir na empresa? Eu era jovem, a empresa também, e tanto ela como eu estávamos mal das pernas. Mas a empresa queria correr riscos e precisava de capital. Se desse certo, maravilha, todo mundo ganhava, mas se não desse certo, todo mundo ia entrar pelo cano.
Conversei com a minha esposa na época, em busca de algum direcionamento. Eu devia ter ficado calado – a mulher era porra-louca. Ela queria que eu pegasse o dinheiro da minha poupança, o dinheiro dela e ainda pegasse a reserva que tínhamos para pagar a casa... queria que eu pegasse toda essa dinheiramae investisse tudo na empresa.
Ela disse que era uma manobra arriscada, mas mais arrojada e ousada.
Para mim, isso era agir de maneira irrefletida e infantil.
No fim das contas, ganhei eu a briga e não investimos.
Então, com um golpe de sorte e muita ousadia, a empresa cresceu, cresceu e cresceu, bomboumesmo, e quem investiu naquela época, ficou montado na grana.
E quem amarelou e não investiu... ficou a ver navios.
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