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Hoje o Fernando tá que tá.
Normalmente ele não é lá uma das pessoas mais agradáveis. Quando vou perguntar uma coisinha a ele, ele já me vem com sete pedras na mão. Diz para eu não amolar, que eu vá procurar o que fazer. Aguento firme porque somos amigos e dividimos o apartamento, mas tem vez que dá uma vontade louca de dar uma patada nele, para ver se ele pelo menos pensa antes de falar besteira.
Aí hoje parece que ele se acordou com o pé esquerdo. Já foi logo esbravejandoque hoje o dia estava um saco, que tinha muito trabalho pela frente e não tinha tempo nem para se coçar, quem diria conversar comigo. Sou uma pessoa tranquila, não levo as coisas que ele diz para o lado pessoal, mas o que é que eu tinha a ver com o fato dele estar ocupado?
Então foi minha vez de perder as estribeiras. Eu estava muito satisfeitinho, sossegado, até que ele veio e falou aquilo do nada. “Olhe só, seu velho ranzinza,” eu disse. “Se for para ficar me tratando feito lixo, vou cair fora daqui e você vai se ferrar sozinho.”
Ele parecia surpreso. Eu nunca tinha gritado assim. Eu me sentia um pouquinho ansioso. Na verdade, gritar com o Fernando até me deu uma animada. Já o Fernando foi de surpreso para amuado e de amuado para deprimido. “Foi mal,” ele disse. “É que aconteceram umas paradas aí e eu estou assim, com os nervos à flor da pele.”
“E o que foi que aconteceu?” perguntei.
“Eu tinha anotado os números para apostar na loteria, mas acabei não indo apostar. Os números que eu anotei saíram no sorteio do dia... e eu não ganhei.”
Depois dessa, até eu fiquei com raiva.
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Hoje o Fernando tá que tá.
Normalmente ele não é lá uma das pessoas mais agradáveis. Quando vou perguntar uma coisinha a ele, ele já me vem com sete pedras na mão. Diz para eu não amolar, que eu vá procurar o que fazer. Aguento firme porque somos amigos e dividimos o apartamento, mas tem vez que dá uma vontade louca de dar uma patada nele, para ver se ele pelo menos pensa antes de falar besteira.
Aí hoje parece que ele se acordou com o pé esquerdo. Já foi logo esbravejandoque hoje o dia estava um saco, que tinha muito trabalho pela frente e não tinha tempo nem para se coçar, quem diria conversar comigo. Sou uma pessoa tranquila, não levo as coisas que ele diz para o lado pessoal, mas o que é que eu tinha a ver com o fato dele estar ocupado?
Então foi minha vez de perder as estribeiras. Eu estava muito satisfeitinho, sossegado, até que ele veio e falou aquilo do nada. “Olhe só, seu velho ranzinza,” eu disse. “Se for para ficar me tratando feito lixo, vou cair fora daqui e você vai se ferrar sozinho.”
Ele parecia surpreso. Eu nunca tinha gritado assim. Eu me sentia um pouquinho ansioso. Na verdade, gritar com o Fernando até me deu uma animada. Já o Fernando foi de surpreso para amuado e de amuado para deprimido. “Foi mal,” ele disse. “É que aconteceram umas paradas aí e eu estou assim, com os nervos à flor da pele.”
“E o que foi que aconteceu?” perguntei.
“Eu tinha anotado os números para apostar na loteria, mas acabei não indo apostar. Os números que eu anotei saíram no sorteio do dia... e eu não ganhei.”
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