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To purchase the Learning Guide for this episode, please follow this link: https://transactions.sendowl.com/products/78805739/CF6B930E/purchase
If you'd like to see for yourself what a Learning Guide looks like, go here: https://portuguesewitheli.com/school-invitation
And here is the monologue for your benefit:
Já nem me lembro da última vez que pus os pés na biblioteca, e agora que estou voltando lá fico bastante animado. A memória do dia que fiz meu cadastrolá ainda está vívida. Fui para o balcão de atendimentoe perguntei como podia tirar minha carteirinha. A bibliotecária que atendia na época parecia estar sempre aborrecidacom algo, mas era só de fachada — uma palavra com ela e ela sorria numa simpatia sem par. Me pediu meus documentos, um comprovante de residência, assina aqui, carimba ali e pronto: eu era o feliz proprietário de uma carteirinha de usuário da biblioteca.
Na época, o acervo era mirrado. Os livros mais populares tinham poucos exemplares. E muitos dos livros úteis faziam parte do acervo cativo, desses que não saem de jeito nenhum da biblioteca. A hemeroteca era uma mesa só e tinha poucos periódicos. Por causa dessa escassez, sempre que eu pegava um livro emprestado, a data de devolução era dois dias a contar da data do empréstimo. Podia renovar, desde que ninguém tivesse reservado o mesmo livro. E quando pegava o livro, a bibliotecária tinha que anotar tudo à mão num cartãozinho que ficava na contracapa da parte detrás do volume.
Não tinha muita gente frequentando a biblioteca naquele tempo, mas era porque ninguém tinha o costume de ir procurar livros nas prateleiras das estantes de uma. E o horário de funcionamentotambém não ajudava nada, nada – a biblioteca abria dez da manhã e fechava três da tarde. Como um trabalhador ia lá nessas horas?
E agora que voltei à minha cidade natal, decidi ir à biblioteca. Como disse, estava animado – será que tudo ia estar mais moderno, maior? Porém... que decepção! Foi chegar lá e ver que aquele lugar estava entregue às baratas. Os livros estavam empoeirados, as estantes, vazias, e não tinha uma alma naquele lugar fora a bibliotecária (que, por sinal, era a mesma). Entrei esperando a Biblioteca Nacional e dei de cara com o Museu Nacionalpós incêndio.
By Eliaquim Sousa5
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Na época, o acervo era mirrado. Os livros mais populares tinham poucos exemplares. E muitos dos livros úteis faziam parte do acervo cativo, desses que não saem de jeito nenhum da biblioteca. A hemeroteca era uma mesa só e tinha poucos periódicos. Por causa dessa escassez, sempre que eu pegava um livro emprestado, a data de devolução era dois dias a contar da data do empréstimo. Podia renovar, desde que ninguém tivesse reservado o mesmo livro. E quando pegava o livro, a bibliotecária tinha que anotar tudo à mão num cartãozinho que ficava na contracapa da parte detrás do volume.
Não tinha muita gente frequentando a biblioteca naquele tempo, mas era porque ninguém tinha o costume de ir procurar livros nas prateleiras das estantes de uma. E o horário de funcionamentotambém não ajudava nada, nada – a biblioteca abria dez da manhã e fechava três da tarde. Como um trabalhador ia lá nessas horas?
E agora que voltei à minha cidade natal, decidi ir à biblioteca. Como disse, estava animado – será que tudo ia estar mais moderno, maior? Porém... que decepção! Foi chegar lá e ver que aquele lugar estava entregue às baratas. Os livros estavam empoeirados, as estantes, vazias, e não tinha uma alma naquele lugar fora a bibliotecária (que, por sinal, era a mesma). Entrei esperando a Biblioteca Nacional e dei de cara com o Museu Nacionalpós incêndio.

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