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Me mudei para essa cidade porque não gostava do clima da minha terra natal. Era muito fria e desolada e na época do inverno ficava feia de dar dó. Me diziam que eu é que era friorento, mas nunca concordei com essa afirmação.
Na cidade nova, ah, aqui era exatamente do jeito que pedi a Deus. Uma temperatura moderada, com sol o ano todo, o vento soprando para abrandar o calor que porventura aumentasse... e o melhor é que, como não precisava de calefação, ainda economizava uma dinheirama. Joguei pulôveres, suéteres e casacos todos fora.
E fiz bem, mas não esperava o que ia acontecer em apenas uma década.
Primeiro foram os dias sem vento. O calor só era suportável porque o vento amenizava o calorão do dia a dia. Sem a ventania perene, o dia ficava uma brasa. Eu comecei a suar mais e, por consequência, usar menos roupa, até o ponto de não conseguir mais usar uma camisa dentro de casa.
Depois as chuvas atípicas. Era só um chuvisco que caía no meio da tarde. Depois o céu abria e pronto: o mormaço subia e a quentura ficava daquele jeito o dia todo. Era sufocante.
Sair quando o sol estava a pino era uma sentença de morte. O sol esquentava os miolos e a pessoa tinha uma insolação se não saísse logo da rua e fosse para a sombra. E ainda assim era difícil!
Agora, toda vantagem que ganhei vindo para cá se foi. Não sei se por conta do aquecimento global ou se castigo divino, mas agora estou sempre cheio de brotoejas, fico suado feito porco, comprei um ar-condicionado e não vivo sem meu leque para me abanar por aí.
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Me mudei para essa cidade porque não gostava do clima da minha terra natal. Era muito fria e desolada e na época do inverno ficava feia de dar dó. Me diziam que eu é que era friorento, mas nunca concordei com essa afirmação.
Na cidade nova, ah, aqui era exatamente do jeito que pedi a Deus. Uma temperatura moderada, com sol o ano todo, o vento soprando para abrandar o calor que porventura aumentasse... e o melhor é que, como não precisava de calefação, ainda economizava uma dinheirama. Joguei pulôveres, suéteres e casacos todos fora.
E fiz bem, mas não esperava o que ia acontecer em apenas uma década.
Primeiro foram os dias sem vento. O calor só era suportável porque o vento amenizava o calorão do dia a dia. Sem a ventania perene, o dia ficava uma brasa. Eu comecei a suar mais e, por consequência, usar menos roupa, até o ponto de não conseguir mais usar uma camisa dentro de casa.
Depois as chuvas atípicas. Era só um chuvisco que caía no meio da tarde. Depois o céu abria e pronto: o mormaço subia e a quentura ficava daquele jeito o dia todo. Era sufocante.
Sair quando o sol estava a pino era uma sentença de morte. O sol esquentava os miolos e a pessoa tinha uma insolação se não saísse logo da rua e fosse para a sombra. E ainda assim era difícil!
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