O Memorial da Balaiada é um centro educativo-cultural, composto por um Museu e um Centro de Documentação, inaugurado no dia 26 de junho de 2004, na cidade de Caxias, a 365 km de São Luís.A Balaiada, considerada a maior revolução maranhense, teve o seu ápice no Morro do Alecrim (antigo Morro das Tabocas), envolvendo cerca de 10 mil homens. Seus principais líderes foram Manuel Francisco dos Anjos Ferreira (O Balaio), Raimundo Gomes Vieira (O Cara Preta) e Cosme Bento das Chagas (O Líder Negro). O conflito popular se estendeu pelos Vales do Itapecuru e Parnaíba, tendo o município de Caxias como o principal foco de batalhas dos balaios.
A guerra ocorreu entre 1838 e 1841, com o seu inicio em vila da manga ( Nina Rodrigues ) e seu termino em Caxias , dentro do conturbado Período Regencial, tendo sido provocada pela insatisfação entre negros, mestiços e a classe média, especialmente a urbana, contra os grandes proprietários de fazendas e senhores de engenho. A revolta foi sufocada por Luís Alves de Lima e Silva, que depois se tornaria o Duque de Caxias.
Após buscas arqueológicas feitas no ano 1997 por um grupo de estudantes universitários e historiadores, surgiu a ideia de construir o Memorial da Balaiada.
Em 2018, foi inaugurado o Mirante da Balaiada, no Morro do Alecrim, próximo ao museu, um novo ponto turístico, com também um parque ecológico.
O Museu Memorial da Balaiada, inaugurado em 2004 está localizado na cidade de Caxias no leste maranhense. É definido como um centro educativo cultural, formado pelas ruínas do forte remanescente do século XIX, pelo museu escola e por um centro de documentação. O centro de documentação funciona como biblioteca, possui em seu acervo documentos dos século XIX, XX e XVIII como cartas de alforrias, testamentos, entre outros. Os estudantes que visita o memorial têm acesso a uma vasta bibliografia composta por livros, revistas, folders e HQs sobre a balaiada e sobre a história de Caxias e do Maranhão. O museu memorial é formado por dois ambientes: o ambiente ao ar livre, onde fica as ruinas do forte e as esculturas dos líderes balaios e o ambiente fechado, que é a visão tradicional que temos de museu, abrigado pelo prédio físico.
As ruínas remanescentes do forte dão uma dimensão da extensão, dos compartimentos e do material usado em sua construção. As paredes de um dos compartimentos estão quase intactas e o piso está bem conservado. Alguns objetos foram achados nas escavações arqueológicas feitas nas ruinas em 1997, pertencentes em sua maioria aos militares. Foram encontrados ferragens, moedas, botões, insígnias, restos de armas, balas, chaves, cachimbos, fragmentos de ossos humanos, dobradiças e moedas.
Os objetos do acervo permanente é formado por 418 peças em sua maioria do século XIX doados por famílias caxienses, com destaque para a representação de uma sala de estar de uma família portuguesa da elite caxiense. A sala montada com piso de madeira no fundo do salão de exposição possui os seguintes objetos: uma quadro de Gonçalves Dias de 1865 de autoria do pintor francês Edouard Vienot, fotografias, porcelanas, pratarias, relógios, cadeiras, mesas, oratório, piano, lavabo, jarro, bacia, gramofone, baú, castiçal e tapetes. O acervo possui outros objetos de uso cotidiano como máquina de costura, ferro de passar roupa, caldeirão, panelas, formas, colheres, chaleira, frigideira, armas de fogo, espadas, chaves e grilhões.
Os objetos que remetem à memória e a história dos balaios como quadros e paneis, maquete, cuias, cabaças, machados, lamparinas, pilão de madeira, cestos de palha, potes e esteiras feitas da palha do babaçu foram encomendados pelo museu. Os líderes balaios Manuel Francisco dos Anjos Ferreira (Balaio), Lívio Lopes Castelo Branco, Raimundo Gomes vieira (Cara Preta) e Cosme Bento das Chagas (líder Negro) são representados por esculturas de argila que ficam na parte externa do museu.
Outros objetos remetem a história de Caxias, uma xilogravura que narra a história da cidade...