Neste episódio do podcast “Gineceu, uma História da Arte”, temos como convidado uma das pessoas mais interventivas e conhecedoras do mundo artístico em Portugal. Pretendemos estabelecer interdisciplinariedades que permitam criar novas perspetivas, e tecer panorâmicas enriquecedoras para os nossos ouvintes, sobre este grande tema: a História da Arte Feminista.
BPA nasceu em 1954 no Peso da Régua, fez o Curso Superior de Cinema do Conservatório Nacional de Lisboa, e depois o de História na FLUP (1975-1979).
Foi Assistente-estagiário na Universidade do Minho, Braga, onde realizou provas de Doutoramento em História da Arte e da Cultura.
Mais tarde realizou provas para Professor Associado (1998) e Agregação (2004) na FBAUP sendo desde 2004, Professor Catedrático em História e Teoria da Arte.
Desenvolveu atividade como crítico, historiador e curador desde em 1984, e organizou, como curador independente, cerca de uma centena de exposições.
Integrou a Comissão de Compras da Fundação de Serralves (1988-1995), e o patronato do MEIAC (Museo Extremeño Ibero-Americano de Arte Contemporáneo, Badajoz, Espanha), cuja Colecção de Arte Portuguesa organizou.
Entre 1995-2001 foi Director Artístico da Fundação Cupertino de Miranda (V. N. de Famalicão) onde criou o Centro de Estudos do Surrealismo (hoje Centro Português do Surrealismo), e organizou a colecção Surrealista.
De 2006 a 2010, integrou a Administração da Fundação Museu Berardo, em representação do Estado português.
Proferiu várias centenas de conferências em Portugal, Espanha e França, e prefaciou mais de duas centenas de catálogos de exposições em galerias e museus, em Portugal e no estrangeiro.
Para além de estudos sobre História da Arte Portuguesa no século XX, organizados num livro central de que fez sucessivas versões, publicou várias monografias sobre artistas portugueses, bem como reflexões sobre vários artistas internacionais.
A maioria da sua obra, com carácter simultaneamente histórico, crítico e estético, foca os elementos constitutivos do que se designa por Modernidade: o espaço e o lugar do espectador — “O Plano de Imagem” (1996) e “A Vontade de Representação” (2006); a passagem do conceito de corpo para o de carne — “Quatro Movimentos da Pele” (2004); ou, mais recentemente, as questões do tempo e a passagem da representação à imagem — “Imagem da Fotografia” (1996) e “Arte e Infinitude - O Contemporâneo entre a Arkhé e o Tecnológico” ( 2018).
Publicou poesia e ensaio, estando parte da obra ensaística traduzida em Itália, Espanha e França.
Do conjunto da obra ensaística pode retirar-se um sentido condutor que permite encará-la como a tentativa de esboçar uma arqueologia da Modernidade.
Integra a secção portuguesa da AICA (Associação Internacional de Críticos de Arte).
Dirige, desde 2017, a Galeria Júlio/Saul Dias da C.M. de Vila do Conde.
Créditos musicais:
"Vibing Over Venus" Kevin MacLeod (incompetech.com)
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