Os mercados no mundo têm mostrado viés de recuperação, mas o dia a dia segue sendo de grande volatilidade e mudanças de sinal intra e entre sessões. Há espaço para previsões catastróficas sobre muitas economias, mas também previsões bastante otimistas. Tudo por conta basicamente do comportamento da pandemia e o risco de novas variantes surgindo. Isso sem contar os problemas com fornecimento de vacinas e IFAs.
Daí surgem problemas de avaliação de toda ordem sobre inflação, taxa de juros, dificuldades de emergentes com elevado endividamento e déficits fiscais monumentais. Ou seja, ficando todos como Sócrates que disse “só sei que nada sei”.
Nesse embalo, hoje foi dia de divulgação da ata do FED da última reunião que veio como previsto mais para suave, de acordo com as declarações recentes do presidente Jerome Powell e outros dirigentes regionais, ainda com preocupação em alta transitória da inflação e taxa de juros. Mercado de trabalho melhorando, gastos das famílias em alta, condições financeiras acomodatícias e melhores indicadores de atividade. A inflação medida pelo PCE (que o FED considera muito) foi lembrada como ainda baixa e restrições de oferta afetando preços em alta.
Segundo exposto, o objetivo é chegar a inflação pouco acima de 2%. Os juros altos podem refletir política monetária expansiva, emissões e mudanças em compras de ativos serão anunciadas com grande antecedência. Os mercados reagiram um pouco a isso com pequena melhora.
Dia de muitas declarações na reunião do FMI de primavera ainda com preocupações com emergentes, Brasil e o grupo do G-20 se comprometendo em evitar retiradas prematuras de apoio, e aumentar resiliência contra choques futuros. Também estudam aumentar apoio para países vulneráveis e suspensão das dívidas até o final de 2021. O FMI já concedeu créditos de US$ 110 bilhões para 86 países.
Nos EUA, pacote de infraestrutura segue sendo exposto e negociado, com Biden dizendo que aceita sugestões sobre e também com relação a elevar a tributação corporativa para 28% (de 21%) e lucros sobre grandes empresas e tratamento das multinacionais. Segundo o Tesouro americano, isso traria lucros de US$ 2 trilhões das multinacionais para os EUA.
No mercado internacional, o petróleo teve dia de muita variação, com o WTI negociado em NY em alta de 0,42% e barril cotado a UD$ 59,58, mesmo com estoques encolhendo na semana anterior. O euro era transacionado em leve queda para US$ 1,186 e notes americanos de 10 anos com taxa de juros de 1,655%. O ouro e a prata com quedas na Comex e commodities agrícolas com comportamento misto na Bolsa de Chicago. O minério de ferro teve mais um dia de alta em Qingdao, e ajudou na performance de mineradoras e siderúrgicas.