Semana de largo estresse para os investidores no mundo com os mercados de risco, ressalvando a performance do mercado acionário americano com batimentos de recordes de pontuação. Já no Brasil a pressão foi ainda maior por conta da preocupação com o quadro fiscal, ausência e demora na chegada das vacinas, e também pelo clima político tenso, que de resto já tínhamos alertado que deveria ocorrer. Isso mesmo considerando que ainda estamos em período de recesso no legislativo e judiciário.
O pano de fundo da preocupação global é, sem dúvida, a expansão da contaminação pelo covid-19, suas variantes também surgindo, com infrequente reinfecção, as medidas de restrição impostas por diferentes países, com lockdown em regiões e a necessidade de apoio fiscal, já que as economias não estão se recuperando da forma esperada.
Isso fica claro, por exemplo, quando a Alemanha deixa aberta a possibilidade de contração do PIB no último trimestre de 2020 e primeiro de 2021, ou mesmo quando altera a projeção de crescimento de 2021 de 4,4% para 3,0%. A própria Alemanha está estendendo o lockdown, o mesmo acontecendo com regiões da Inglaterra e também em Portugal. Já aqui alguns estados estão ampliando restrições, como em São Paulo nos finais de semana, sem contar os problemas da região norte que seguem graves, mesmo depois de maior empenho do governo e setor privado em ajudar.