2022-03-01
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Síndrome de burnout: como identificar e tratar

Legenda:
Síndrome de burnout: mulher estressada
Sabe quando o cérebro não consegue mais processar as informações direito e sua produtividade no trabalho vai ladeira abaixo? O que no passado era erroneamente classificado como “preguiça” ou “falta de dedicação” passou a ser reconhecido como um problema bastante presente: a síndrome de burnout.
A palavra de origem inglesa define um esgotamento mental por conta da pressão de ambientes de trabalho que negligenciam o bem-estar do trabalhador e pode surgir de maneira lenta, mas traz consequências devastadoras à saúde física e mental, afetando inclusive sua autoestima profissional.
A partir de 1 de janeiro de 2022, a Organização Mundial de Saúde (OMS) passa a considerar a síndrome de burnout como uma doença, com direito a codificação e orientações expressas de tratamento e diretrizes para evitar o agravamento do quadro em trabalhadores de todo o mundo.
De olho nisso, o Que bem que faz te ajuda a identificar alguns sintomas, a diferenciar burnout de outras doenças e problemas de saúde mental, e sugere caminhos para tratamento. Preparados?
Antes de qualquer coisa: procure ajuda profissional!
Nós estamos aqui para jogar luz e te ajudar a perceber alguns sinais que podem indicar a síndrome de burnout, mas apenas um profissional pode ajudar de fato. Acompanhamento psicológico é essencial para resolver qualquer questão que diga respeito à saúde mental: ter alguém que ouça suas questões de maneira objetiva, sem julgamentos, é essencial para poder refletir sobre si mesmo e suas questões.
Um psicólogo é capaz de ver padrões que você não consegue enxergar e, aos poucos, fazer com que você chegue a conclusões sobre suas próprias atitudes. Procure profissionais especializados em saúde mental, como psicólogos e psiquiatras. Nunca tome remédios por conta própria ou inicie qualquer tipo de tratamento sem consultar um profissional. Busque na sua cidade instituições privadas ou públicas – como universidades ou mesmo o SUS – que ofereçam atendimento psicológico gratuito: eles podem ser o primeiro passo para uma vida mais saudável.
Dado o aviso, vamos ao assunto deste artigo: a síndrome de burnout!
Burnout, depressão ou estresse?
Saúde mental é uma área da medicina e da psicologia em constante desenvolvimento. Se o burnout não era considerado uma condição médica até pouco tempo atrás, isso muda a partir de 2022, de acordo com as novas diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS). No entanto, é fácil confundi-la com outras doenças. Como diferenciá-las, então?
O burnout tem como principal característica a relação direta com o ambiente de trabalho. Já a depressão (que pode vir a se desenvolver em algumas pessoas acometidas pelas síndrome de burnout) é uma doença psiquiátrica crônica, que não precisa de uma situação específica para aflorar, podendo surgir a qualquer momento da vida por razões diversas. O estresse, por fim, é uma resposta do corpo diante de situações de alta pressão psicológica no cotidiano, com consequências aparentemente menos sérias que as outras duas.
Quais são os sintomas do burnout?
A síndrome de burnout surge por conta do trabalho excessivo, geralmente atrelado a condições pouco saudáveis em ambientes organizacionais. O termo surge originalmente como uma maneira informal de definir os efeitos colaterais de drogas, mas muda nos anos 1970 após os estudos do psicólogo Herbert Freudenberger, que usam o termo para definir uma condição particular do ambiente de trabalho.
Os sintomas acabam se dividindo em três categorias: mentais, físicos e de produtividade.
Sintomas mentais
Cansaço mental excessivo, dificuldade de se concentrar, insônia, síndrome do impostor, sentimentos de fracasso, insegurança, alterações repentinas de humor, isolamento e fadiga (cansaço) são alguns dos sinais que podem aparecer em pacientes com esgotamento mental.