“Deus é a força na qual eu confio.”
Quem é esse “eu” que confia?
O “eu” descrito no título da lição é o observador da consciência e não o eu personagem, pois a confiança a partir do eu personagem é a confiança no medo e não em Deus.
Quando a confiança é depositada na “minha” própria força, é impossível que não seja mantido o foco na angústia, na raiva, na ansiedade, no senso de dúvida, no fracasso, na preocupação, etc.
Isso seria depositar a confiança na fraqueza, na ideia de ser um “eu” separado, limitado, dependente de circunstâncias externas.
Já quando a confiança se dá a partir do observador da consciência e é depositada em Deus, no nada real pode ser ameaçado, não há confusão do que é a Realidade e do que é ilusão.
A força a partir da metafísica de Um Curso em Milagres é não se equivocar de qual é a Realidade diante das ilusões.
Diante do senso de inadequação, por exemplo, não digo que a inadequação é “minha”, a inadequação é um condicionamento dessa consciência que está acreditando que a separação aconteceu, e agora se sente errada por pensar ter corrompido a Realidade, o que jamais ocorreu.
Olhar para o senso de inadequação, por exemplo, a partir da Verdade é olhar sem identificar-se com ele, pois isso já não é o que Eu Sou, o que Eu Sou já está fora disso e agora se olha para o condicionamento de fora dele, descansando no que não pode ser ameaçado de forma alguma.
Confiar é ter certeza, e em única instância, a confiança é algo que é e não algo a ser conquistado, pois a única certeza é que a Realidade nunca foi alterada.
Mas, em um sonho, a confiança ou o crer pode ser investido pela consciência na Verdade, sabendo que o que sou não está contido em um corpo e, portanto, nunca foi ameaçado, ou investir em ilusões confiando em um sistema de pensamento que se imagina à parte da Criação de Deus.
Quando, por exemplo, nesse percurso de reposicionamento de existência uma falsa confiança é adquirida, ela se manifesta de uma forma em que penso através de julgamentos e análises que “eu estou conseguindo”, “está dando certo”, “estou tendo muita clareza”, “estou indo muito bem”, etc.
Isso é baseado nas interpretações do autoconceito para manter a crença de que existe um “eu” fazendo alguma coisa, alcançando algo que antes não tinha para ainda confirmar a separação.
Isso se disfarça de força para esconder o medo, para que o observador fique distraído e pareça estar reposicionando o foco para a Existência, quando na verdade isso ainda está servindo ao sistema de pensamento da separação para confirmar uma existência fora de Deus.
Na verdadeira confiança o observador da consciência está descansando no nada real pode ser ameaçado, não confundindo nenhum pensamento ou sensação que lhe conte que é outra coisa senão a Criação de Deus.
Então, nesse percurso é natural que sensações ainda se manifestem no nível da percepção, por conta do condicionamento da consciência, mas, onde está a sua fé?
“Há um lugar em ti onde há paz perfeita. Há um lugar em ti onde nada é impossível. Há um lugar em ti onde habita a força de Deus.”
Inspiração - Um Curso em Milagres
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