A guerra regressou à Europa em 2022, ano que fica marcado também por outros acontecimentos - das missões espaciais à discussão sobre a eutanásia. No último episódio do ano, Carlos Fiolhais, Dulce Maria Cardoso e Rui Vieira Nery fazem o balanço e começam por escolher uma palavra para definir 2022. O Original é a Cultura foi emitido a 29 de dezembro na SIC Notícias

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Dançar rima com levitar, desafiando a lei da gravidade. Que arte é esta que convoca sentidos e representa ideias, povos e anima a vida? "Só acreditaria num Deus que soubesse dançar", disse o filósofo Friedrich Nietzsche. Oiça o programa semanal da SIC em parceria com a Sociedade Portuguesa de Autores, que junta o físico e professor universitário Carlos Fiolhais, a escritora Dulce Maria Cardoso e o musicólogo e também professor universitário Rui Vieira Nery. A moderação da conversa é de Cristina Ovídio.

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A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi proclamada pelas Nações Unidas no dia 10 de Dezembro de 1948. Mas para chegar à redacção dessa “Carta Magna Internacional para toda a Humanidade”, como Eleanor Roosevelt a definiu, foi necessária uma travessia árdua e longa. A luta pelos direitos humanos continua a ser difícil num mundo em que algumas nações são comandadas por uma “nave de loucos” que violam os princípios fundacionais dessa Carta.

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A nossa sociedade está carregada de estigmas, uma espécie de palas que nos toldam a visão e nos impedem de viver e criar em pleno. “Os preconceitos têm mais raízes do que os princípios” escreveu Nicolau Maquiavel. Hoje vamos conversar sobre a construção de preconceitos e a sua presença em todas as esquinas do mundo.

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“Bons artistas copiam, grandes artistas roubam.” Esta frase atribuída a Picasso é uma provocação para reflectirmos sobre o sentido da palavra “plágio” e as suas implicações. Na arte, na academia, no jornalismo, há casos de plágio que constituem uma clara ofensa aos direitos de autor, mas há outros no limbo da dúvida. Onde estão a verdade e a mentira? Hoje vamos falar do plágio e das suas derivações.

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Todos somos chamados a salvar a Natureza, ameaçada por processos de destruição, pelo medo de perdermos a dádiva do seu sopro de vida. A nossa relação com o mundo natural revela não só o conhecimento das nossas origens, mas também a nossa sensibilidade poética. A maneira como os cientistas, os escritores e os artistas olham e interpretam a Natureza abre vias de pensamento e de criação que nos inspiram e, por vezes, nos arrebatam. Hoje vamos falar dos caminhos comunicantes da Natureza e da cultura.

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O verso “O mito é o nada que é tudo”, do poema “Ulisses” de Fernando Pessoa, leva-nos aos passos dos nossos heróis. O que são heróis? Como a cultura os representa? Vemos mais longe aos ombros desses gigantes? De que forma – sejam reais ou imaginários – eles nos ajudaram a modelar as nossas identidades individuais e colectivas? Neste episódio de Original é a Cultura, emitido a 17 de novembro na SIC Notícias, a conversa gira à volta daqueles que, no dizer de Camões, “por obras valerosas se vão da lei da morte libertando”.

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Provérbios como “Quem tudo quer tudo perde” ou “a ambição cega a razão” acompanham-nos como avisos a quem se deixa tentar pela ambição. Mas há quem peque por excesso e quem peque por defeito. A ambição também nos leva a voos mais altos que podem construir vidas e obras que ficam na memória. Hoje vamos falar dos caminhos da ambição.

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Tom Jobim dizia que “o Brasil não é para principiantes”. Morar no “país tropical abençoado por Deus” pode significar uma entrada num território paradisíaco ou na porta dos fundos com o diabo à espreita. Num caldo complexo de cores, culturas, realidades contrastantes imersas em muros sociais, há uma babel de sentidos, mas também uma democracia em perigo. 

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A tradição está nas ruas, nas nossas vidas, nos usos e costumes. E salta para a arena sempre que é contestada entrando em conflito com o novo, o moderno, o progresso. À maneira de Almada Negreiros, no seu “Manifesto Anti-Dantas”, de 1915, as palavras de ordem podem ser: “Basta, Pum! Basta!"

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