Graça e paz sejam com os que venceram na vida, não financeiramente como muitos desejam [o que não é errado], mas espiritualmente, ao decidir largar tudo, tomar a sua cruz e seguir Jesus. Como Ele venceu o mundo, quem está nEle lhe é atribuída esta vitória.

Jesus disse, em João 16.33b: "[...] Eu venci o mundo."

Neste capítulo [16] do evangelho de João, Jesus está se despedindo dos Seus discípulos e explicando o que haveria de suceder a eles na sequência de suas caminhadas. Eram coisas horríveis. Pode-se citar as mortes de Estêvão (apedrejado), o sofrimento colossal de Paulo que teve em seu fim a decaptação do seu corpo. Muitos outros foram crucificados, como Pedro, que foi crucificado de cabeça para baixo por não se achar [e não era] digno de ser crucificado como Jesus. Sem contar os inúmeros cristãos que morrem todos os dias por causa da perseguição que sofrem em países como China, Coreia do Norte, Afeganistão e adjacências. Sim, os cristãos são o grupo religioso que mais sofre com perseguição e mortes no mundo.

"No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo."

Essa é a promessa de Jesus.

Teremos aflições no mundo que o odiou e que nos odeia. Não é vitimismo. É realidade. O mundo nos odeia. O mundo não entende a nossa fé. O mundo zomba e nos persegue de todas as formas. Mas, nEle temos paz em meio à essas aflições. NEle, temos a vitória para as nossas batalhas.

Lembrando de Estêvão e seu julgamento diante de líderes judeus, a vitória dele não foi a absolvição humana, o declando justo. Mas, foi, em segundos antes da sua morte, contemplar o Senhor Jesus ao lado de Deus Pai, nos céus, com a certeza de que em breve alcançaria a vitória tão desejada: estar com Cristo.

Essa é a nossa vitória, e o nosso anseio, poder estar com Cristo. Ter paz nEle em meio às tribulações, porque Ele já venceu. E nEle somos mais que vencedores. Não pelos nossos méritos, mas porque assim Ele determinou que procedesse.

Então, a forma como podemos vencer o mundo (porque estamos em guerra) é esta: estando em Cristo. Porquanto, em Jesus somos mais que vencedores, mas fora dEle, somos miseráveis perdedores.

Por isso, se você quer vencer na vida, busque ao Senhor, entendendo que a principal vitória já nos foi creditada por meio de Cristo Jesus, nosso Senhor e Salvador. Amém? Deus lhe abençoe.

Graça e paz sejam com os que em tudo obedecem ao Senhor.

Porque, por causa de uma desobediência, Moisés deixou de fazer parte do fechamento com êxito de um dos projetos mais complexos e repletos de prodígios e sinais do Senhor, da história: o Êxodo --- a saída hebreia do Egito rumo à terra prometida. Porquanto, o Senhor disse-lhe: "Não passarás o Jordão." (Dt 31.2b ARA)

Deus havia ordenado a Moisés que falasse à rocha para que dela saísse água para que o povo murmurante saciasse a sua sede (Nm 20.8).

Vejamos, pois, o que ele fez, em Números 20.10-11: "Moisés e Arão reuniram o povo diante da rocha, e Moisés lhe disse: "Ouvi, agora, rebeldes: porventura, faremos sair água desta rocha para vós outros? Moisés levantou a mão e feriu a rocha duas vezes com o seu bordão, e saíram muitas águas; e bebeu a congregação e os seus animais."

Podemos perceber que o objetivo final foi cumprido, de dar água ao povo. No entanto, Moisés deixou de santificar o nome do Senhor porque não fez da forma que Ele ordenou. Era para ele falar à rocha, em vez disso, ele, mesmo sendo um homem de humildade inenarrável, teve seu momento de estresse e perdeu o domínio próprio a ponto de não falar à rocha, mas ferí-la duas vezes.

O resultado final foi concluído com êxito. Todavia, os fins não justificam os meios. O meio pelo qual Moisés santificaria o Senhor seria pela perfeita obediência à ordenança. Mas, não foi o que ele fez, e por isso, mesmo sendo exemplar até esse episódio, com muita unção e paciência, suportando o fardo de guiar e organizar o povo por 40 anos, ele perdeu a oportunidade de entrar na terra prometida.

O que podemos aprender com isso, não que é Moisés foi um mau servo, muito pelo contrário, mas é que, até mesmo o maior dos profetas, pode vir a pecar contra o Senhor e não santificar o Seu nome, e vir a ser desqualificado, muitas vezes nem perdendo a salvação, mas deixando de viver o que diligentemente Deus preparou para ele.

Lembremos sempre da oração do Pai nosso: "Santificado seja o Teu nome, assim na terra como no céu."

No céu o nome do Senhor é amplamente Santo. Mas, aqui na terra, é nosso dever santificá-lo.

Portanto, do maior ao menor cristão, viva para santificar o nome do Senhor, em todos os momentos, com toda a sua vida, sendo obediente até a morte, até o último minuto. Para que não venha a deixar de receber as bênçãos que lhe foram prometidas, sendo a maior delas, a nossa terra prometida, a nova Jerusalém. Amém? Deus lhe abençoe.

Graça e paz sejam com os cristãos que escolheram amar a Deus, ouvir a Sua voz e apegar-se a Ele. Ou seja, escolheram ter vida em Cristo, para não perecer. Pois, Moisés escreveu: "Amando o Senhor, teu Deus, dando ouvidos à sua voz e apegando-te a ele; pois disto depende a tua vida e a tua longevidade [...]" (Deuteronômio 30:20a ARA)

Não há vida sem Deus. Qualquer forma de existência sem Deus é infrutífera e morta.

Isso fica claro quando o Senhor, por meio de Moisés, propõe ao Seu povo uma escolha: a vida ou a morte.

A forma que temos de obter vida em Cristo é por meio da obediência aos mandamentos (imperativos bíblicos), andando nos Seus caminhos e amando ao Senhor com todo o nosso coração, corpo, entendimento e alma. Não só temos a vida em Deus como também a promessa de ter uma vida de paz (não a paz que o mundo imagina, mas a que excede todo o entendimento humano) aqui nessa terra, e a vida eterna.

Nossos planos também serão bem sucedidos toda vez que reconhecermos o Senhor neles e que formos obedientes à Sua lei, fazendo a Sua vontade e cumprindo o nosso chamado que Ele preparou especificamente para cada um de nós.

No entanto, a morada do perverso, do que não conhece ou não ama ao Senhor é exponencialmente o contrário. Só o fato de não poder se relacionar com Deus já é juízo negativo o suficiente. Mas, ele é agravado com o sofrimento eterno, com choro e ranger de dentes.

A "proposta" de vida ou morte que o Senhor fez para o povo, por meio de Moisés, foi renovada em Cristo. Jesus nos chamou para a vida nEle, para que O sigamos, cumprindo a Sua vontade e renunciando à nossa. Nos chamou para sermos como Ele, para que sejamos testemunhas da Sua obra redentora na Cruz. Ele nos chamou para a vida, mas não só essa, todavia, para a vida eterna. Para isso, a obediência à Ele (evidenciada pela prática das Escrituras) é fundamental para que tenhamos vida. Do contrário, quem não está em Cristo, já está morto [a menos que se arrependa a tempo, antes da morte do corpo], é um morto vivo.

De fato, se só há vida em Cristo, quem não está nEle; é um morto vivo.

Por isso, sejamos sábios e escolhamos a vida em Cristo, mesmo que isso nos custe tudo. E, quando fizermos isso, entenderemos que o nosso tudo é Ele. Amém? Deus lhe abençoe.

Graça e paz sejam com os que, pela graça, trabalham para o Reino de Deus, assim como Paulo.

Como está escrito, por ele mesmo, aos Coríntios: "Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo." (1Coríntios 15:10 ARA)

"Pela graça de Deus, sou o que sou..."

Quem Paulo era?

Quando estava debaixo da lei, era isso o que ele era, pelo que escreveu aos Filipenses: "Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu, quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível." (Filipenses 3:5‭-‬6 ARA)

Paulo era um exímio cumpridor da lei, perseguidor de cristãos, por achá-los blasfemos e oposositores ao Deus que ele acreditava. Até que teve um encontro com Jesus.

Pare um segundo, e faça esse pequeno exercício de memória: quem você era antes de começar a praticar a palavra de Deus, antes de, verdadeiramente, conhecer e viver para Jesus?

Após seu encontro com Jesus, Paulo virou apóstolo (1Co 15.9a), evangelista, pregador e missionário. Depois de sua “conversão”, Paulo atravessa parte da Ásia Menor (atual Turquia), da Síria e da Arábia (atual Jordânia), até Jerusalém, antes de se dirigir para a Europa, indo até a Grécia e, enfim, a Roma.

Paulo foi convertido e não permaneceu o mesmo. Ele não viveu mais debaixo da pesada carga da lei, que em si mesma só traria justificação aos que a cumprissem até a última vírgula, trazendo consigo o sentimento de que fora salvo pelo o que fez, não pelo que Deus fez.

Quando Paulo encontra o gracioso e verdadeiro Deus, sua vida é transformada. Ele reconhece em Cristo aquele que o salva, e percebe que nada, nada, do que fizesse lhe traria justificação. Só em Cristo há!

"Pela graça de Deus, sou o que sou..."

Quem Paulo foi no final de sua vida?

Quem você é, agora?

O que temos feito pelo Reino, após a conversão?

Paulo trabalhou muito mais que todos eles (apóstolos). O perseguidor de cristãos, se tornou o maior deles, e exemplo para nós até os dias de hoje, e até o final desta era.

Pela graça é que ele trabalhou. Pela graça é que houve essa transformação. Pela graça ele foi perdoado de seus inúmeros e nefastos pecados. Pela graça ele foi lavado, e justificado.

Cristo o justificou e lhe concedeu o agente transformador da sua vida.

Quanto a nós: quem éramos antes de Cristo, e quem somos agora? Houve mudança? Houve transformação?

Que obras temos feito para provar a nossa fé?

Ler a bíblia e ouvir louvores não são obras.

Viver como cristão, testemunhando, ouvindo quem precisa ser ouvido, chorando com os que choram, falando de Deus para as pessoas e ajudando os que precisam. Essas são algumas das coisas que podemos fazer por Cristo. Porque toda vez que damos alimento a alguém, cuidamos de alguém ferido, sedemos nosso tempo a um irmão ferido emocionalmente, damos vestimenta ou uma palavra de conforto e esperança, sempre que fazemos isso, estamos fazendo para Deus, pela graça, para que Seu nome seja exaltado.

Portanto, pela graça de Deus, seja o que você foi chamado para ser. Trabalhe para o Reino, ajude, de alguma forma, as pessoas como se estivesse servindo a Ele, e seja transformado. Porquanto, o Evangelho nos chama para ir até Ele como estamos, mas, de modo algum, podemos ser os mesmos depois de conhecê-Lo. Seja transformado. Amém? Deus te abençoe.

Graça e paz sejam com os cristãos que entendem que é pela graça que são salvos.

Paulo, aos Efésios, escreveu: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;" (Efésios 2:8 ARA)

Tanto a fé quanto a graça vêm de Deus. Não vêm de nós para que não nos gloriemos em nada.

Pela graça vivemos na esperança da glória futura que em nós será revelada. Ela nos permite alcançar níveis de intimidade, revelação e conhecimento de Deus que não seriam possíveis sem ela. Ela nos capacita a vivermos e andarmos em santidade. Ela nos tira de debaixo da lei, que, apesar de ser boa, não salva ninguém, e nos coloca em uma posição espiritual diferente --- debaixo das asas do Onipotente.

"Pela graça sois salvos". Isso não vem de nós, é mediante a fé que é dom de Deus comunicado a nós. Para quem é salvo, para quem está em Cristo --- e a obediência é quem prova que está, não a boca --- nenhuma condenação há. Apesar de pecar, não perdemos a salvação, pois Deus sabe que estamos sob a influência da nossa natureza. Ainda que a graça e o Espírito de Deus capacitem o homem a se santificar, há um terceiro elemento que age nele, que é a sua natureza caída.

Somos completamente maus, nada de bom há em nós, a menos que estejamos em Cristo. Não somos justos, por causa dessa natureza, mas em Cristo somos justificados, também pela fé, que não vem de nós, é dom de Deus.

Então, se mesmo pecando --- porque eu vou pecar (isso é uma certeza universal e não é exclusividade minha) --- eu continuo salvo, eu posso viver no pecado?

Certamente que não.

É necessário ter sabedoria e discernimento para entender que o pecado é o motivo pelo qual Jesus teve que morrer --- por mim, por você.

Imagine só: você comete um erro, mas quem paga por ele não é você, é a pessoa que você mais ama na vida. Você vai continuar errando?

Essa Pessoa se entregou por você, de uma vez por todas, para que todos os seus pecados fossem perdoados, do passado, do presente e do futuro.

Você pode se perguntar: mas, se já tá perdoado, posso continuar pecando? De modo algum!

Quem vive no pecado é o que? Qual a sua definição?

É um ímpio!

Impiedade é o que ele comete, e impiedosa é a sua conduta.

Somos chamados a ser piedosos (Tito 2.12), através da graça.

Isso é o que ela faz: primeiro nos salva imerecidamente. O que merecíamos era a condenação e o sofrimento eterno, mas, pela graça, foi nos dado o perdão e a salvação. Ela foi de graça para nós, mas não foi de graça. Cristo pagou o preço, pelo meu e pelo seu, pecado.

Como podemos viver na iniquidade sabendo que alguém, com sangue, pagou pela nossa dívida?

A maioria dos brasileiros tem alguma dívida, não tem? Imagine que alguém vem e paga todas as suas contas e te capacita a conquistar e receber coisas incríveis e eternas. Você não seria grato? Se essa pessoa te pedisse para renunciar a algumas coisas por ela você não o faria, porque o que ela fez foi muito maior?

Por que não agimos assim com Jesus?

Por que usamos a graça (o perdão pelos pecados, a salvação e o agente da santificação) como desculpa para pecar? Ou como "habeas corpus"? Se quando deveríamos, na verdade, através dela, nos santificar, porque para nos outorgá-La, Deus teve que Seu filho traspassar?

Segundo, ela nos ensina a renegar as nossas impiedades e paixões mundanas, nos capacitando para viver, hoje, de forma sensata, justa e piedosa. Nos capacita a viver como Cristo, em Cristo e para Cristo.

Portanto, não useis a graça como ferramenta que te livra da condenação pelos seus pecados (apesar de ela, em termos, o ser [paradoxo]). Mas, com coração grato e obediente, viva de forma santa, justa e piedosa, praticando as boas obras que o Senhor vos preparou desde antes da fundação do mundo. Pois Ele tem um plano para a sua vida, o qual, pela graça, te capacita para vivê-lo. Então, viva, pela fé que te salva, para glorificar e exaltar o nome dEste que com sangue pagou pelas suas dívidas. Amém? Deus te abençoe.

Graça e paz sejam com os irmãos que vivem uma vida de confissão de pecados, não tentando ocultá-los de Deus [o que é uma utopia].

Davi, apesar de seus muitos erros, foi um homem segundo o coração de Deus. Em Salmos 32.5, Ele disse que confessou o seu pecado, e a sua iniquidade não mais ocultou. Antes, disse: confessarei ao Senhor as minhas transgressões, pois o Senhor perdoa a iniquidade do meu pecado.

Muitas vezes tratamos a transgressão, a iniquidade e o pecado somente como pecado. É importante entendermos as características de cada um para que possamos aprender a combatê-los no dia a dia.

Vejamos, então, o significado de cada um.

A transgressão é caracterizada pela desobediência à lei de Deus. Toda vez que deixamos de cumprir um imperativo, uma ordem, a vontade de Deus, nós transgredimos.

A iniquidade já é um pecado de natureza, tem a ver com um erro interno (algo que surge em nossos pensamentos, desejos e sentimentos). No hebraico, essa palavra significa "curvatura", pois se refere a algo que está "torto" no nosso íntimo.

Já o pecado, no hebraico significa "errar o alvo". Esse "alvo" seria a vontade de Deus fundamentada e caracterizada pelas Suas leis, pela Sua vontade expressa nas Escrituras.

Quando não fazemos o que deveríamos fazer, mesmo querendo fazê-lo, pecamos. É o caso de tentar fazer o bem a alguém e acabar fazendo o oposto. Paulo, aos Romanos escreveu um pouco sobre isso: "Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço." (Romanos 7:19 ARA)

Estamos sujeitos a "errar o alvo" todos os dias, por causa da nossa carne, da nossa natureza pecaminosa. Estamos sujeitos a transgredir a lei e a vontade de Deus, pois somos falhos. E estamos sujeitos, sempre que não somos vigilantes, a permitir que a iniquidade se crie em nosso coração, quando cobiçamos mais algo neste mundo do que o Reino de Deus.

Sempre resumimos todos os nossos erros (transgressão, iniquidade e pecado) como pecados. Mas, independente de qual você, e eu, estejamos praticando, paremos.

Façamos uma análise em nosso íntimo para ver se há em nós alguma iniquidade. Em nossa conduta, vejamos se estamos praticando a vontade de Deus, e se mesmo tentando fazê-la, continuamos a errar o alvo.

Caso estejamos pecando, que a confissão e arrependimento sejam o mais rápido possível (com sinceridade). Não devemos demorar a confessá-los porque o inimigo os usa para nos acusar e nos oprimir, colocando mentiras em nossas mentes.

Por isso, é fundamental nos conhecermos e nos dominarmos em tudo [ corpo, alma e espírito] para que não venhamos a cair em tentação e pecar contra o Deus da nossa salvação.

Então, confesse seus pecados, não durma sem fazer isso todas as noites, pois Ele é misericordioso para nos perdoar, porque entende que a nossa natureza é corrupta e corrompida, e por isso tem misericórdia e nos concedeu a graça de não viver mais pela carne, mas pelo Espírito. Portanto, vivamos pelo Espírito. Amém? Deus te abençoe.

Graça e paz sejam com os homens e mulheres de Deus que não se escondem de suas culpas e tem responsabilidade o suficiente para assumir os seus erros.

Porquanto, Adão não teve. Antes, ao ser confrontado por Deus sobre o fruto proibido, ele jogou a culpa em Deus e na mulher, e não assumiu o seu erro. Isso está escrito em Gênesis 3.12: "Então, disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi." (ARA)

Adão, perante Deus, tentou se omitir de sua culpa. Como governador desse mundo, tudo o que acontecesse aqui era responsabilidade dele. A sua esposa era sua responsabilidade.

Quantos de nós são diferentes de Adão? Temos o hábito de em todo erro nosso assumir a responsabilidade? Ou culpamos a chuva pelo atraso? Ou a fome por comer demais a ponto de passar mal? Ou a falta de dinheiro para ser desonesto? Ou as circunstâncias para ser estressado?

Estamos sempre culpando alguém para se esconder de nossos equívocos.

"A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi." Disse Adão.

O primeiro Adão foi egoísta, por que nós não seríamos?

O último Adão [Jesus], porém, foi piedoso, compassivo, misericordioso, gracioso.

Se o primeiro se omitiu da sua responsabilidade. Jesus, o último, em tudo, foi perfeito, obediente.

Se Adão foi desobediente, até a morte Jesus foi obediente.

E nós, o que somos?

Somos descendentes da natureza pecaminosa, e por isso, de forma inerente, somos egoístas. Mas, quem está em Cristo, nova criatura é. Essa nova criatura [não mais criatura, agora filho] deve ser parecida com Jesus.

Adão, com essa atitude, de forma alguma foi santo. Nós, em tudo, porém, devemos ser. Porquanto, somos filhos de Deus [veja Ef 1.5; Jo 1.12; Rm 8.14-16; Gl 4.4-6; 1Jo 3.2 e Rm 9.8].

Jesus, aprendeu a obedecer por meio do sofrimento (Hb 5.8). Adão não quis sofrer as consequências e assumir a culpa pela sua desobediência.

Quem de nós nunca se omitiu?

Deus me perdoe, mas eu já pensei algo parecido com o que Adão disse... tentando me eximir da culpa pelo meu pecado. Se você nunca fez isso, Deus seja louvado. Se você já fez e se arrependeu como eu, estamos perdoados, e vivamos para sermos santificados.

Diante desses dois extremos, a omissão e desobediência do primeiro Adão e a piedade, compaixão e obediência do último Adão, cabe a nós fazermos uma escolha crucial: com quem queremos ser parecidos, Adão ou Jesus?

Se queremos ser como Cristo, devemos assumir a responsabilidade por todos os nossos pensamentos e ações, e até pelos de outra pessoa, como Jesus fez, se for preciso. Se não fizermos isso, seremos como Adão, que prefere culpar a Deus e sua companheira do que assumir o seu erro. A este, o lago de fogo aguarda. Ao outro, a coroa de Glória o espera.

A decisão que cabe a nós é esta, não tem para onde correr.

Ser omisso como Adão ou responsável como Jesus? Qual a sua escolha?

Que Deus nos dê força e sabedoria para vivermos uma vida santa, responsável e obediente, e que se preciso for, soframos por alguém, e que jamais alguém precise sofrer por nós porque fomos omissos ou porque jogamos a culpa do nosso erro sobre outra pessoa. Amém?

Graça e paz sejam com os que vivem para glorificar a Deus.

Como Paulo escreveu: "Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus." (1Coríntios 10:31 ARA)

Temos vivido para glorificar o nome de Deus ou toda a nossa energia e empenho são gastos para glorificar a nós mesmos?

Quem realmente é o nosso Deus: o grande Eu sou, YHWH, o Todo-Poderoso, ou o nosso ego?

A quem estamos, de fato, glorificando?

Estas perguntas deveriam ser feitas por nós a cada pensamento que surge em nossa mente, a cada atitude tomada, a cada empreitada.

Acho que ficaríamos assustados se percebêcemos que quase todas as nossas ações e orações feitas, são para que sejamos honrados, exaltados e glorificados.

Esse desejo humano por Glória é inerente, já nasce conosco. Desde pequenos somos ensinados que é melhor ser servido do que servir. Estou mentindo? Ou um garçom é mais exaltado na sociedade que um médico? Quem gera em nós aquele sentimento de inveja: o homem elegante sentado à mesa ou o garçom que serve o seu prato?

No lugar de quem nós queríamos estar?

Não estou menosprezando profissão alguma, muito pelo contrário, todas são essenciais e todos precisam trabalhar.

No entanto, o desejo de estudar para cursar uma faculdade e ser bem sucedido, surge de onde? E o desejo de trabalhar para ter o próprio negócio?

Ambos são válidos, mas, geralmente, surgem do desejo de querer alcançar um nível social maior e financeiro melhor.

Mas, maior e melhor que quem?

Por que nos comparamos tanto?

"Quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus."

Estamos estudando e trabalhando para glorificar a Deus?

Estamos sendo irmãos e amigos para glorificá-Lo?

Estamos pregando e evangelizando para fazer conhecido o nome de quem? O nosso ou o de Jesus?

São muitos questionamentos, e não há para onde ou como fugir. Diante disso, só resta essa certeza: ou vivemos glorificar ao Senhor ou a nós mesmos.

Nossa natureza quer ser como Deus e ser glorificada a qualquer custo, mas não merece. Quem merece é aquEle que morreu para nos salvar, que se entregou por nos amar.

E o caminho para quem quiser ser exaltado é esse: o amor. Aquele que quiser ser exaltado, seja servo.

Sirva, com o coração alegre, não como se estivesse servindo a alguém igual ou menor que você (não que viver se comparando deva ser parte da sua realidade), mas como se estivesse servindo a alguém maior, o próprio Cristo, e desta forma glorificará o Seu santo e maravilhoso nome.

Que o Senhor transforme nossas mentes e corações e os alinhe com a Sua vontade. E que Ele faça queimar em nós o desejo de glorificá-Lo com a nossa vida, em tudo, em todas as áreas, com o toda a nossa existência. Amém?

Graça e paz sejam com os que em tudo se dominam, sabendo o momento propício para falar e, principalmente, calar...

Quanto a isso, ao ouvir um engradado de palavras vazias de seus amigos, Jó exclamou: "Tomara vos calásseis de todo, que isso seria a vossa sabedoria!" (Jó 13:5 ARA)

Jó, em todo o seu sofrimento e dor, precisava de verdadeiros amigos, ou até desconhecidos, que lhe dessem um mínimo de refrigério para a sua alma. Jó necessitava de um bom samaritano.

O que aconteceu com ele tem traços parecidos com o homem que ia para Jerusalém e foi roubado, machucado e quase morto, na parábola do bom samaritano que Jesus contou em Lucas 10.25-37.

Nesta ocasião, Jó necessitava não de alguém com palavras bonitas, carregadas de eloquência, julgamento e hipocrisia. Este maltrapilho homem necessitava de um bom samaritano que o ajudasse, se não com palavras de sabedoria, pelo menos com um silêncio sábio. Um silêncio de quem ouve, tenta entender a situação e se dispõe a chorar com ele.

Muitas vezes, quando alguém nos procura para conversar, desabafar; tentamos dizer boas palavras, talvez até sábias aos nossos ouvidos, mas que podem estar carregadas de julgamento, egoísmo e ignorância.

Por isso, precisamos orar e buscar pelo dom da palavra de sabedoria, alinhando com o fruto do Espírito, que gera paciência, longanimidade, mansidão e domínio próprio [não só esses].

Alinhar esse dom com o fruto do Espírito é essencial para que sejamos misericordiosos, piedosos e empáticos como foi o bom samaratino, que amou o seu próximo mesmo não o conhecendo.

Então, nossa oração, e o que deve arder em nosso coração, é este conceito de vida: não sermos como os amigos de Jó, acusadores e hipócritas. Antes, sejamos como Jesus, que não nos julga nem nos condena, mas que exala paz e alívio para as nossas almas.

Que sejamos canal da paz de Cristo, que excede todo entendimento humano, e que a sabedoria do falar, e calar, seja conosco no momento de ajudar e amar ao próximo. Amém?

Graça e paz sejam com os que se alegram no Senhor, e não dependem das circunstâncias desse mundo para serem felizes, pois a sua felicidade está no Salvador.

Nesse contexto, Pedro, em sua primeira carta, escreveu: "A quem, não havendo visto, amais; no qual [Jesus], não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória." (1Pedro 1:8 ARA)

Pedro, Tiago, Paulo, Davi, Isaías, todos esses homens de Deus falaram sobre a importância de nossa alegria estar no Senhor, e nos exortaram a vivê-la, principalmente, em momentos de dor.

Mas, por que é tão importante a nossa alegria estar firmada em Deus?

Não é difícil responder a essa pergunta, contudo, é difícil viver na plenitude dela. E a resposta é: porque Ele é eterno.

Com efeito, todas as coisas desse mundo são passageiras. Nossa família, nossos entes queridos e amigos, nosso emprego, nosso dinheiro e tudo o que eles podem proporcionar. Tudo. Tudo passa. Mas, as palavras do Senhor não passarão [porque são eternas como Ele].

No entanto, como disse, quão penoso é suportar as circunstâncias difíceis, os momentos de provação, e se alegrar no Senhor.

Há um louvor muito lindo que se chama, 'Todavia me alegrarei'. Ele é baseado, em parte, em Habacuque 3.17-18. Onde fala que mesmo que nos falte alimento, 'todavia me alegrarei'.

A gente canta com tanto fervor e emoção, mas... estamos falando de algo que é essencial para a nossa vida: a comida.

Você conhece alguém que fica extremamente estressado quando está com fome? Eu mesmo, mesmo cantando esse louvor com sinceridade, no momento da fome, perco o domínio próprio, a mansidão, a paciência e a alegria, continuamente. Só aqui citei 4 [de 9] frutos do Espírito. Sendo o foco aqui, na alegria. Muitas vezes perco a alegria quando estou com fome. E você, o que tira a sua alegria?

Não é errado louvar e cantar músicas pra Deus, mas, estamos vivendo o que estamos cantando?

Será se, todavia nos alegramos mesmo quando nos falta comida? Ou dinheiro? Ou saúde? Ou roupas? Ou alguém?

Será mesmo que a nossa alegria está no Senhor?

Todas essas coisas [que citei] são passageiras, e, muitas vezes, é onde colocamos a nossa felicidade.

Só Deus pode saciar o vazio e a necessidade que temos de sermos plenamente felizes. Ele preenche de forma tão sublime, que mesmo em meio a dor, humilhação, provação, fome e seja lá o que for que nos acometa, Ele não permite que sejamos destruídos. Ele nos mantém firmes, nos acolhe debaixo de Suas asas e supre todas as nossas necessidades.

É por isso que Ele deve ser o motivo da nossa alegria, porque Ele é eterno e cuidadoso para com os Seus filhos.

Quem espera no Senhor, pelo Senhor nunca será frustrado, se a sua fidelidade estiver em dia.

Por isso, sejamos fiéis, e nos lembremos, sempre: mais importante que louvar, é viver o que louvamos.

"Todavia, eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação." (Habacuque 3.18 ARA)

Que Deus te abençoe; e não permita que o mundo [passageiro] tire a sua alegria no Eterno. Amém?