Graça e paz sejam com os que ouviram a pregação do evangelho e creram que Jesus nasceu, viveu, e principalmente, morreu para nos salvar.

Todavia, em algum momento de nossa conversão, igualmente ao carcereiro de Paulo e Silas em Filipos, nos perguntamos ou perguntamos a Deus ou às pessoas: "O que devo fazer para ser salvo?" Essa foi a pergunta do carcereiro a Paulo em Atos 16.30.

Em primeiro lugar, ao ouvirmos a pregação do evangelho, começamos a entender o que significou a morte de Cristo. Ele nos redimiu da maldição da lei (Gálatas 3.13). A lei não foi escrita para justificar o homem, mas para mostrá-lo quem ele é: incapaz de justificar a si próprio, não importa quanto sangue animal fosse derramado em sacrifícios, e incapaz de cumprir toda a lei, de ser santo pela força do seu braço. Porquanto, a lei não remove o pecado, só mostra o quão pecador o homem é.

Ao passo que ouvimos a pregação do evangelho e entendemos que Cristo teve que morrer para nos salvar, percebemos qual é a nossa natureza, e como, por causa dela, fomos afastados de Deus, e quão miseráveis e imerecedores da salvação nós somos.

Com efeito, o remorso, a culpa, o peso do pecado, se tornam desgastantes. Uma angústia bate e passamos a ansiar pela salvação.

"O que devo fazer para ser salvo?" Foi a pergunta do carcereiro a Paulo e Silas, e a pergunta que demorei um certo tempo para encontrar a resposta.

Eu cheguei a pensar que minhas obras me salvariam --- tolo. Isso não passa de egoísmo.

Em devaneio, achei que cumprir a lei me salvaria --- insensato. Isso não passa de legalismo.

Até que o Espírito Santo abriu os meus olhos e me mostrou a graça. E esta é a graça: Crer em Jesus é o que nos salva!

Abraão creu em Deus e lhe foi creditado como justiça (Romanos 4.3).

A nós foi dado o dom da fé que nos salva, que nos justifica pelo Sangue de Jesus. Porque, de fato, somos incapazes de justificar-mo-nos. Somente pelo Sangue do Cordeiro é que somos redimidos e temos o perdão de todos os nossos pecados, do passado, do presente e do futuro.

"Então, é só crer, e eu tô salvo?"

Jesus disse, em Marcos 16.16: "Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado." (NVI) e Pedro, em Atos 2.38, nos exorta ao arrependimento, e que sejamos batizados em nome de Jesus, para que recebamos o perdão por nossos pecados, e nos tornemos aptos a receber o Espírito Santo.

Ou seja, ouvimos a pregação do evangelho, entendemos quem somos e o que Jesus fez na Cruz, cremos, nos arrependemos, somos batizados e recebemos o Espírito Santo. Esse é o passo a passo da salvação? Com certeza.

Mas a vida não acaba quando recebemos a salvação, o que devemos fazer, então?

Certamente, devemos viver pela fé (Hebreus 10.38). Mirando as coisas que estão adiante, prossigamos para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus (Filipenses 3.13-14).

No entanto, irmãos, cuidado! A fé, que nos salva, sem obras, é morta.

Mas, alguém pode perguntar: "mas não basta crer para ser salvo?" Certamente, mas quem crê tem que praticar as obras que foram preparadas por Deus para que as praticássemos. Ou seja, não somos salvos por obras, para que ninguém se glorie (Efésios 2.9), mas para as boas obras (Efésios 2.10).

Portanto, se você diz que crê, ponha a mão na massa e trabalhe para o Reino, para as obras que Deus preparou para a sua vida. Assuma o seu chamado, o seu ministério. O Espírito Santo tem várias funções nas nossas vidas, e algumas delas é nos guiar na boa e perfeita vontade de Deus, e nos capacitar para praticarmos as boas obras. Mas, para isso, é fundamental que sejamos obedientes. Que não apenas creiamos, mas que venhamos a dar frutos que comprovem a nossa fé. Porquanto, crer por crer, até os demônios crêem --- e tremem (Tiago 2.19).

Por isso, você que é salvo, viva como um verdadeiro salvo e seja usado, por Cristo, para salvar almas e para fazer a obra que o Senhor preparou para você. Amém?

Deus lhe abençoe.

Graça e paz sejam com os verdadeiros filhos de Deus que andam segundo a Palavra, que não se encontram em vossas bocas línguas enganosas.

Como disse Jesus, parafraseando o que está em João 8.44: "O diabo é o pai da mentira."

Todo aquele, portanto, que vive na mentira é filho do diabo, filho das trevas, e a verdade não está nele.

Trago esse assunto porque hoje, primeiro de abril, é o "dia da mentira" (apesar de eu ter feito esse devocional ontem por questões de logística).

Esse dia, para os descrentes, é só mais uma oportunidade de alimentar a sua vida corrupta com mais um pecado --- só que este com legalidade humana (até um dia criaram pra ele).

Mas para nós, que nos dizemos crentes, tem que ser um dia normal, de obediência à palavra, e aos mais fervorosos, um dia especial (para nós) para proclamarmos as verdades bíblicas.

Enquanto o mundo secular proclamar suas mentiras e viver no engano, proclamemos nós as verdades de Cristo e vivamos de acordo com elas.

"Ah, mas não faz mal contar uma mentirinha..."

"Ah, para de ser religioso, contar uma mentirinha não faz mal a ninguém."

Até o diminutivo algumas pessoas usavam pra tentar amenizar algo que, para Deus, não tem amenização. Mentira é mentira. E quem as conta, é filho de quem?

Devemos nos livrar da mentira porque ela contamina o homem (Mc 7.20-22). Se afirmamos que temos comunhão com Deus, mas andamos nas trevas (e mentir é andar nas trevas) não praticamos a verdade (1Jo 1.6).

Guarde a sua língua do mal e os seus lábios da falsidade (Salmos 34.13).

Paulo nos exorta a não mentir uns aos outros, pois isso era feito pelo velho homem que outrora fomos (Cl 3.9).

Deus não compactua com a mentira, por ser Ele o dono da Verdade, e a Sua Palavra é a Verdade (João 17.17). Temos o Espírito da verdade e devemos nos santificar na verdade.

Como seremos santos se de nossa boca saírem mentiras e contaminarem o nosso corpo?

Diante disso, fica claro que devemos andar em santidade, afastando de nós qualquer mentira e engano. E, como cristãos, devemos ter aversão a esse "dia da mentira". É uma data "demoníaca" que é nosso dever, principalmente nesse dia, falar a verdade. E onde houver mentira, declare verdade. Onde houver engano e caminho tortuoso, você seja reto, justo e virtuoso.

Nesse dia, fale a verdade.

Nesse dia, fale sobre a Verdade, sobre o Espírito da Verdade, sobre a Palavra da Verdade, sobre o Verdadeiro Deus dono e criador de toda a Verdade. No mundo já há tanta mentira e enganação que não precisamos de um dia para dar legalidade à isso.

Por isso, sejamos obedientes à Palavra e santifiquemo-nos na verdade, na Palavra de Deus. Amém, irmãos?

Deus abençoe aos que andam na verdade.

Misericórdia seja com os rebeldes que vivem a causar ira em Deus, nosso Senhor.

Moisés escreveu: "Rebeldes fostes contra o Senhor, desde o dia em que vos conheci." (Deuteronômio 9.24 ARA)

Certamente, isso foi escrito a respeito do povo que foi libertado da escravidão do Egito pelo Senhor, através de Moisés. Essa rebeldia foi evidenciada em alguns episódios: o bezerro de ouro (Êxodo 32.1-10), murmuração em Taberá (Números 11.1-3), tentação ao Senhor e contenda com Moisés em Massá (Êxodo 17.2) e mais murmuração em Quibrote-Hataavá (Êxodo 11.18; 11.34). Mas, não foram apenas eles que vieram a ser rebeldes.

Antes desses pecados (dos israelitas) contra o Senhor, que o provocaram a ira, houveram tantos outros com outros personagens da Bíblia.

Quando se trata de rebeldia não podemos esquecer de citar Lúcifer e o seu plano demoníaco de levar o homem ao pecado. É bem verdade que ele conseguiu induzir Adão, de forma um tanto quanto astuta, a se rebelar, talvez até inconscientemente. Não creio que era a intenção dele se rebelar contra Deus, nem, tampouco, o povo de Israel.

Mas, claramente foi a de satanás. Ele queria assentar-se no mais alto trono, acima das estrelas de Deus, e queria subir além das mais altas nuvens para ser como o Altíssimo (Isaías 14.12-14).

Deliberadamente, ele queria ser maior que Deus, e ser adorado como Ele. Se rebelou, e a prova disso ser deliberado é que ele convenceu 1/3 (Ap 12.4) dos anjos a lutarem com ele contra os santos anjos de Deus, e por isso, eles caíram junto com ele (Ap 12.9).

A rebeldia de satanás não tem perdão porque o mal se criou nele. Ele se corrompeu, a iniquidade foi encontrada nele (Ezequiel28.15). Portanto, ele não foi corrompido pela indução de alguém.

Diferente de Adão, que até então, pelo pouco que dizem as Escrituras, não havia pecado, continuava santo e puro, e por isso o seu relacionamento com Deus era perfeito, sem restrições, a não ser pela árvore do conhecimento do bem e do mal, e que pela indução da serpente, o homem se rebelou contra Deus, comendo do fruto dessa árvore.

E, nesse ato, o homem foi condenado a viver longe da presença de Deus, e a dor e a morte entraram no mundo --- e uma guerra começou: o homem contra a corrupção que a serpente causou. Nós lutamos, pelo Espírito, para sermos obedientes como Cristo, e contra a nossa natureza Adâmica, ou seja, nossa natureza pecaminosa, rebelde.

Logo, os pecados, murmuração, obstinação e idolatria, principalmente, do povo de Israel eram consequência da sua natureza caída, e não havia para eles o livre acesso ao Espírito Santo para os convencerem de seus pecados, mesmo que contemplassem a glória de Deus a olho nu.

E não podemos falar de rebeldia sem citarmos a nossa geração, que vive de acordo com as suas paixões, entregues aos desejos da carne, como outrora vivemos. Ainda hoje somos rebeldes. Ainda hoje estamos em guerra contra essa rebeldia. E a forma como a podemos vencer é viver no Espírito, para que o espírito rebelde de nossa natureza não prevaleça, para que não causemos ira ao Senhor como o povo de Israel.

Portanto, que não demos a satanás a legalidade para nos acusar de rebeldia. Antes, submeta-mo-nos ao Senhor (Tiago 4.7) e tenhamos o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que mesmo sendo Deus, não julgou como usurpação que o ser igual a Deus fosse algo a que devesse se apegar, e sejamos obedientes até a morte como Ele (Filipenses 2.6-8).

Oremos para que a rebeldia não faça parte do nosso caráter. Que andemos no Espírito e sejamos obedientes ao Santo Deus que nos criou e nos salvou de nós mesmos, da nossa essência corrupta. Amém irmãos?

Deus lhes abençoe.

Misericórdia e graça sejam com os escarnecedores para que, assim como nós, tenham um encontro real com Jesus e se arrependam de seus pecados.

A respeito destes (escarnecedores), Pedro escreveu, em sua segunda carta: "Tendo em conta, antes de tudo, que, nos últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões." (2Pedro 3:3 ARA)

Escarnecedor, nesse contexto, é aquele que zomba dos cristãos, de Jesus, da Sua Palavra e/ou coisas sagradas.

Devemos lembrar sempre que de Deus não se zomba (Gálatas 6.7a). Ele conhece nossos pensamentos, desejos, vontades e, acima de tudo, nosso coração.

No que se refere à nós, que somos cristãos, devemos alimentar, diariamente, o nosso temor a Deus, vigiando a todo momento para que o escárnio não venha a fazer parte da nossa rotina e da nossa conduta. E no que tange aos descrentes, que nós sejamos piedosos para com eles, não julgando suas atitudes, mas entendendo que eles não conhecem as Escrituras e Deus, verdadeiramente, e que por isso vivem no engano, de acordo com as suas paixões, e que necessitam tanto de misericórdia quanto nós.

Por acaso ou não, outro dia vi um vídeo onde uma moça que estava em uma rede social zombando dos cristãos...

Nosso sentimento diante de uma situação dessa deve ser de piedade e orar pela vida dessa pessoa. Porquanto, ela está sendo enganada pela influência do inimigo e por suas paixões, e por isso não tem um encontro real com o Deus de quem ela zomba.

Porém, a Bíblia diz que: "Aquilo que o homem semear, isso também colherá" (Gálatas 6.7b).

Ainda que Deus seja misericordioso e a Sua graça incalculável, Ele continua sendo Justo. O seu amor não anula a Sua justiça, e por isso, mesmo com o arrependimento e o perdão pelo pecado, Deus permite que os frutos podres do escárnio (e de todos os pecados) sejam colhidos.

O inimigo que influencia a pecar é o mesmo que aponta o dedo, acusando. Deus é o juiz. Jesus é o fiel intercessor.

E nós? O que devemos fazer diante dessa situação? Amar essa pessoa. Amar os escarnecedores, pecadores como nós, e mostrar, com uma atitude cristã, o amor de Jesus.

É para isso que somos chamados, não para acusar, julgar ou condenar, mas para amar e orar para que Deus tenha misericórdia e se faça conhecido pelos descrentes assim como se fez por nós. Que a graça, a misericórdia e a paz do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo sejam convosco. Amém?

Graça e paz sejam com os irmãos que santificam o nome do Senhor e não o profanam.

Como está escrito, em Mateus 6.9: “[...] Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome." (NVI)

Com efeito, temos várias missões nesse plano terreno, e talvez, a principal delas, seja cumprir um trecho da oração do pai nosso, que é tão conhecida até mesmo pelos descrentes, mas que não é vivida por nós, crentes, da forma que deveria. Este trecho se refere ao fato de que temos que santificar o nome do Senhor nessa terra.

Somos testemunhas de Cristo, e se dermos mau testemunho com as nossas vivências, atitudes e palavras, profanaremos Seu nome, assim como a nação de Israel. Em contra partida, O Senhor quer que santifiquemos o Seu nome aqui, com as nossas vidas (Ez 36.23).

Entendamos, porém, que Deus é, sempre foi e sempre será Santo, de eternidade a eternidade. Contudo, faz parte do nosso propósito sermos santos. E é na busca contínua pela santidade que santificamos o nome do Senhor.

No entanto, a hipocrisia, como declarou Paulo, profana o nome do Soberano (veja Romanos 2.21-24).

Por isso, é fundamental que tenhamos uma vida irrepreensível, fugindo de toda a aparência do mal, não pecando, mas negando-nos, sacrificando a nossa carne para que o nome Senhor seja santificado nessa terra como Ele é santo no céu. "Santo, Santo, Santo é o Senhor dos exércitos, a terra inteira está cheia da Sua glória" (Isaías 6.3).

Isso é o que os Serafins proclamam nos altos céus. Que honra Isaías teve de vislumbrar a glória de Deus e dos Seus Santos anjos.

Certamente, nos céus, todos sabem que Yahweh é Santo, mas, aqui na terra, não.

E o nosso papel é este: santificar o nome do Senhor.

Por isso, eu encerro este devocional com um questionamento pertinente: o que temos feito para santificar o nome do Pai? Deus lhe abençoe.

Graça e paz sejam com os justos, pois eles terão as suas orações ouvidas, em contra partida, o grito vazio dos perversos não será ouvido pelo Senhor.

Como está escrito, em Jó 35.13: "só gritos vazios Deus não ouvirá, nem atentará para eles o Todo-Poderoso." Por essa passagem, alguns podem imaginar que Deus é ruim ou indiferente com uns e com outros não, de Sua criação. A grande verdade é que não é Deus que é indiferente com o homem, mas o homem que é indiferente com Deus.

Porquanto, Deus busca os adoradores que o adorem em espírito e em verdade (João 4.23). Pois Ele é essencialmente bom e a mentira não faz parte de Seu caráter.

Ele não criou a mentira. A mentira, assim como o mal, e todos os seus efeitos negativos, tem por causador um único ser: satanás.

Sendo assim, os que não vivem na verdade, ou seja, em Jesus, porque Ele disse que é o Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 14.6), estão, automaticamente, na mentira.

Estando na mentira, se torna um perverso diante de Deus. E deste, o Senhor está longe (Pv 15.29). Seus gritos vazios Deus não ouvirá (Jó 35.13).

Quem O busca tem de fazê-Lo em verdade, com temor e tremor, com sincera reverência, reconhecendo quem Ele é.

O Senhor disse: "Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração." (Jr 29.13).

O grito por socorro a Deus deve se dar por meio de um coração que busca incessantemente a presença e o relacionamento com Ele.

Logo, é crucial que nos relacionemos com o Senhor não pelo o que Ele pode nos dar, e Ele pode nos dar tudo, mas por quem Ele é.

Com efeito, às vezes, acho que não entendemos direito o que nos está proposto e disposto ao nosso alcance.

Você teria vontade de se relacionar com as pessoas mais ricas, mais famosas, mais geniais, mais sábias e mais criativas do mundo?

Alguns tem esse infame desejo, mas não tem o mesmo sentimento para com Deus, que é o criador de todos eles. Deus é o dono de toda a riqueza. Deus é o dono de todo o universo. Ele é o Todo-Poderoso. Mas, não é só isso. Ele é o nosso Pai, protetor, consolador e Salvador. E assim como Ele se relacionava com Adão no Jardim, Ele quer se relacionar conosco em espírito e em verdade. Este relacionamento se dá pelo intermédio do Espírito enviado por Cristo que é o autor e consumador da nossa fé, e que nos permite retomarmos o relacionamento quebrado por Adão e Eva.

Por isso, não percamos a oportunidade graciosa, que nos está proposta, de O buscarmos em espírito e em verdade, com todo o nosso coração, para nos relacionarmos com Ele. Antes, busquemo-No enquanto podemos achá-Lo, invoquemo-No enquanto está perto (Is 55.6), porque um dia poderemos perder a nossa voz, por tanto gritar, mas não será mais possível com Ele se relacionar. Amém?

Deus lhe abençoe.

Graça e paz sejam com os pregadores do evangelho que entendem que ser cristão é, com efeito, ser um missionário.

Porquanto, Cristo disse aos primeiros cristãos, Seus discípulos, em Marcos 16.15: "E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura." (ARA)

Não fomos chamados à comodidade de irmos ao culto todos os domingos e viver em uma bolha gospel, ignorando o nosso chamado primordial que é o de sermos missionários.

Em Atos, 1.8, Jesus afirmou que dos céus Seus discípulos receberiam poder, e seriam Suas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia, Samaria e até aos confins da terra.

Ora, esse chamado era só para os discípulos? Certamente que não.

Então, todos devemos ir para o outro lado do mundo pregar o evangelho? Responda você mesmo.

Se todos formos, para a China, por exemplo, quem pregará nas periferias, comunidades, favelas, festas mundanas, condomínios, nos sertões, nas tribos, nas ruas, nos bailes, em nossas casas?

Quem pregará aqui se todos forem?

O ide não é sobre ir para algum lugar ser missionário. O ide é sobre ser missionário, e independente de você ir ou ficar, pregar o evangelho e dar testemunho do que Cristo operou em você através do Seu Santo Espírito.

No entanto, para praticar o ide, é fundamental estar revestido de poder e da armadura espiritual que provém do Espírito de Deus.

É Ele quem nos capacita, nos fortalece e derrama a Sua unção para sermos usados, como um soldado, na guerra espiritual que temos que enfrentar a cada pregação, discipulado, evangelização e missão que formos enviados.

Fortifique-mo-nos, pois, na graça que está em Cristo Jesus. Participemos de Seus sofrimentos como bons soldados. E tenhamos em mente que nenhum soldado em serviço se envolve com os negócios desta vida, porque o seu o objetivo é satisfazer àquEle que o arregimentou (2Tm 1.4).

Logo,somos soldados de Cristo. Cooperadores da louvora de Deus (1Co 3.9).

Notaram, então, como não fomos chamados ao comodismo? Somos chamados, de fato, para, quer irmos ou ficarmos, pregarmos o evangelho, trabalharmos para o Reino e prepararmos a seara. Esse é o fogo que deve queimar em nossos corações: falar de Cristo a toda criatura.

Porquanto, a pregação do evangelho consiste nisso: um pedinte, um mendigo contando a outro onde e como encontrou pão. E Jesus é o pão da vida, Ele mesmo o disse em João 6.35.

Portanto, se você foi agraciado com o Pão da vida, com o Santo Espírito, com a salvação que só pode ser encontrada em Cristo, dê seu testemunho às pessoas ao seu redor e pregue as boas novas a quem --- assim como você precisou --- precisa ouvir onde e como pode encontrar esse pão. Amém?

Deus lhe abençoe.

Graça e paz sejam com os irmãos que têm a mente de Cristo, e que por isso aceitam e entendem as verdades espirituais dispostas na Bíblia.

Como está escrito, em 1Coríntios 2.16: "Pois quem conhece a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo."

Todo aquele onde o Espírito da Verdade habita, tem a mente de Cristo. No entanto, algumas pessoas não entendem o que isso significa e acabam tirando de contexto esse versículo, onde Paulo fala sobre a sabedoria humana e a sabedoria divina. Essas pessoas usam esse versículo como base para, até com fé, declarar que não esquecerão de algo porque tem a mente de Cristo, ou que aprenderão tal coisa porque tem a Sua mente.

Deus pode conceder tais bênçãos conforme seja a Sua vontade e o Seu propósito. Como no caso de Daniel e seus companheiros, que eram mais sábios que as demais pessoas, por ser esse um propósito de Deus.

Portanto, a mente de Cristo pode ser aplicada nesse sentido, mas não é sobre isso que Paulo está falando no contexto de 1Coríntios 1 e 2.

Nos versos 7 a 11, do capítulo 2, Paulo fala da sabedoria de Deus, e que ela é um mistério para os que não tem o seu Espírito. Sabedoria essa que nem os mais poderosos e "sábios" deste mundo tem acesso. Porquanto, lhes está oculto.

E lhes está oculto porque o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus (2Co 4.4).

Os sábios deste mundo conhecem as coisas deste mundo pelo que podem aprender por meio da ciência. Mas, o Espírito da verdade nos capacita a entender, ou aceitar, coisas que não se explicam.

Alguém pode te perguntar: como você explica o seu Deus ser três pessoas? Como você explica que uma mula falou, ou qualquer dos milagres de Jesus? Ou Josué orar e o sol parar? Ou Moisés abrir o mar?

Essas histórias não são apenas histórias. Se elas estão na Bíblia, são verdades. Porém, essas verdades só são aceitas por meio do Espírito de Deus que habita em nós e nos concede a revelação da Palavra, nos abre o entendimento e nos dá discernimento para entender os porquês e propósitos de Deus.

Com isso, entendemos um pouco do que Paulo quis falar com essa passagem e qual o seu contexto. Ela fala sobre dircernimos e aceitarmos as coisas espirituais por meio do Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber. E, com mundo, entende-se que são as pessoas que vivem de acordo com o mundo, que tentam viver de acordo com a sabedoria deste século, ignorando a sabedoria de Deus.

Por isso, não permita que, pela sabedoria deste século, o inimigo venha a cegar o seu entendimento da bíblia. Não estou dizendo para ignorar o conhecimento de tudo. Mas, conheça tudo o que for possível e retenha o que é bom, o resto, descarte. E se relacione com o Espírito da verdade, para que a absoluta e infalível verdade de Deus seja entendida e vivida com convicção. Que as coisas que não se fazem entender pela sabedoria do mundo, você as aceite e discirna espiritualmente. Pois, em nós habita o Espírito que perscruta todas as coisas, inclusive o coração de Deus. Amém?

Deus lhe abençoe.

Graça e paz sejam com os salvos, porque, por meio de Cristo Jesus, a lei do Espírito de vida os libertou da lei do pecado e da morte.

Como está escrito, em Romanos 8.1: "Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus." Eu já havia lido esse versículo algumas vezes. Mas, recentemente, em um momento de desânimo espiritual, uma amiga foi usada por Deus para recitar esse versículo para mim, e me lembrar dEle. Não sei você, mas eu, por diversas vezes, já me julguei e me condenei mentalmente. Isso, além de ser opressão do inimigo, é falta de foco no que Jesus e a Sua palavra dizem.

"[...] nem eu tampouco te condeno..." (João 8.11)

Foi o que Cristo disse a uma mulher que foi flagrada em adultério, e que, pela lei (Lv 20.10; Dt 22.22-24), deveria ser apedrejada.

No entanto, Jesus, mesmo tendo autoridade para isso, não a condenou. Teve misericórdia e mostrou na prática o que é a Sua graça.

E, se Ele, tendo autoridade, não condenou aquela mulher adúltera, muito menos nós podemos condenar alguém, ou a nós mesmos. E ser lembrado disso me trouxe paz, mas, também uma reflexão. 

"Já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus." Ou seja, a não condenação não é para todos, mas sim para os escolhidos de Deus, que são justificados, não pelas suas próprias obras, mas pelo sacrifício de Jesus.

Quem está em Cristo, não há nenhuma condenação para ele.

Mas, como saber quem é um escolhido de Deus, e que está em Cristo?

Pelos seus frutos.

Cristo é a videira verdadeira, nós, os que estamos em Cristo, somos os ramos. Se permanecermos nEle, daremos muito fruto (João 15.5). E, quais frutos são esses?

Os frutos do Espírito, descritos em Gálatas 5.22-23, que são o perfeito caráter de Cristo comunicados a nós pelo fiel Consolador, que nos capacitam a toda boa obra, a sermos piedosos, humildes e misericordiosos como Jesus.

Portanto, se você está em Cristo, mas está com espírito de julgamento e condenação ao seu derredor, eu posso te afirmar com toda clareza: já nenhuma condenação há para ti.

E quem não está em Cristo, já está condenado (veja João 3.16-21). Logo, analise a sua vida e responda a essa pergunta: eu estou em Cristo? Os meus frutos demonstram que sim ou que não? Se a resposta for sim, viva em paz, pois já não há condenação para você. E, se a resposta for não, calma. Jesus morreu para que você pudesse viver e encontrar a salvação nEle. Então, como um ramo enxertado, seja à videira verdadeira conectado. Amém?

Deus lhe abençoe.

Graça e paz sejam com os irmãos que são parecidos com os crentes de Bereia, que receberam a Palavra de Deus com avidez --- com intenso desejo.

Porquanto, está escrito, em Atos 17.11: "Ora, estes de Bereia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim." (ARA)

Para entender o porquê de Lucas ter escrito esse versículo (11) no livro de Atos dos Apóstolos, é preciso voltar ao início do capítulo 17.

Em suas viagens missionárias, Paulo havia passado por Anfípolis e Apolônia, até chegar a Tessalônica, que era uma cidade que tinha um importante porto militar e comercial, e era a maior cidade da Macedônia.

Nesta cidade, Paulo foi à sinagoga judaica e por três sábados discutiu com os que lá estavam, com base nas Escrituras, explicando e provando que o Cristo deveria sofrer e ressuscitar dentre os mortos. E dizia: "Este Jesus que proclamo é o Cristo". (Atos 17.13)

"[...] discutiu com eles com base nas Escrituras..."

Paulo, não era coach, filósofo ou guru do conhecimento, ele não pregava parte do evangelho, um trecho isolado. Ele proclamava o Cristo, e aos judeus, mostrou, com base nas Escrituras, que Jesus é o Messias que eles tanto esperavam (e alguns esperam até hoje). Ele usava as Escrituras para pregar, e todo pregador, missionário, evangelista e cristão, contemporâneos, devem tomar Paulo como exemplo. Ele foi criado debaixo da escuridão da lei que tinha a salvação visível como uma silhueta, e foi levantado pela luz da graça que trouxe à tona toda a misericórdia do Senhor. Ou seja, ele tinha domínio intelectual tanto sobre a lei quanto sobre a graça, e pregava e discutia com base nas Escrituras, e com certeza, dava o seu testemunho --- este nada mais é do que mostrar às pessoas o que Cristo fez por você e em você.

A Palavra de Deus diz, na sequência (versículos 4 e 5), que alguns judeus foram persuadidos, bem como muitos gregos tementes (gentios como eu e você).

No entanto, muitos judeus ficaram com inveja, e passaram a causar alvoroço na cidade e perseguiram Paulo, que foi para Bereia. 

Chegando em Bereia, Paulo foi à sinagoga, e por terem sido os Bereanos mais nobres que os Tessalonissenses receberam a mensagem com grande interesse, e examinavam todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo.

Dois pontos merecem nossa total atenção e vigilância, e é crucial que sejam salientados nesse devocional para que o evangelho seja pregado, recebido, e espalhado com exatidão e eficácia; primeiro ponto: o pregador tem que ser bíblico (At 17.2). Segundo, e tão importante quanto o primeiro, o ouvinte da Palavra tem que examinar todos os dias as Escrituas para ver se tudo é como realmente o pregador fala (At 17.11).

Por isso, nós que pregamos, sejamos bíblicos e falemos somente do que as Escrituras dizem, respeitando a exegese e a hermenêutica dos textos bíblicos, e nós, que ouvimos, analisemos as Escrituras para ver se o que estão pregando a nós é realmente o evangelho de Cristo ou apenas doutrinas humanas, que nos fazem adorar em vão ao Senhor (Mt 15.9).

Deus lhe abençoe!