Vivemos um momento difícil. Um momento onde a vida deveria imitar a arte, mas para representar algumas vidas, a arte tem que imitar a morte. Morte constante, morte real, morte de sonhos, morte de liberdades, morte de ideias, morte da igualdade, do respeito, do bom senso. Morte de tudo o que há de valioso e valoroso. Morte da nossa humanidade. Morte do futuro.
Não deveríamos precisar que um homem se ajoelhasse sobre o pescoço de outro durante quase 9 minutos, tirando sua vida, para perceber o que está quebrado dentro de nós. Mas precisamos e teremos que conviver com isso. A cultura carrega, sim, um saco de ossos nas costas. Mais de quatrocentos anos de ossos. E é essa a sua obrigação. Carregar o peso que nossa vida material não suportaria carregar. Honrados sejam os que pereceram nessa batalha. E que a cultura imortalize suas vozes. Pra todo mundo ouvir.
Nesse programa recebemos o Luiz Antônio, psicólogo e roteirista. Você pode acompanhar o trabalho dele através do perfil @afropsi no Instagram e da página do coletivo InCurto Filmes (https://www.facebook.com/incurtofilmes/).
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