Nessa entrevista realizada em 2012, meu primeiro contato com Julinho dos Palmares, ele me apresentou Lélia González e várias outras personagens. Como já sabido, Lélia não é uma autora que, até então, faculdades e academias tinham o costume de ler, as coisas têm mudado! ✊🏽✊🏽✊🏽
Para além dessa apresentação de Lélia, Julinho entra em vários outros assuntos. Mas quem é esse tal de Julinho?
Julinho dos Palmares foi poeta, um músico ímpar, autodidata no violão e um baita compositor da cena do Vale do Paraíba. Nessa nossa conversa, ele soltou o verbo sobre a época em que participou do programa do Chacrinha, se apresentando com o Trio Piraí. Ele ainda fala das inspirações que moldaram sua musicalidade, das experiências que viveu e até da música que compôs e que Lélia González tanto gostou, a música "Criolesa" (dizem que ele fez para ela...). A parada vai além da música: ele também mergulhou na história do Palmares, no racismo que rolou (rola?) emVolta Redonda, falou do Clube Paulo Mendes (CTC) e nas conversas paralelas sobre a questão racial nos bailes do Palmares. Ainda tratou do Movimento Negro, da eleição de José Garcia, de conceitos de esquerda e direita e daquilo que ele chamou de "oportunismo de esquerda". Tudo isso se mistura e dá um panorama da trajetória desse cara incrível, que já virou ancestral, mas que é um dos grandes nomes Vale do Paraíba e do Sul Fluminense do Estado do Rio de Janeiro.
Julinho é poeta, guardião da região e também uma figura cheia de afeto e história pra contar.Ele é Griot! Então, se joga! Escuta o que ele tem a dizer!
Escute, curta, e compartilhe essa história!
Que nosso "mais velho", agora ancestral, esteja em um bom novo começo (e sempre com a gente)!
Axé!