O SUS tem financiamento suficiente?
Essa talvez seja a pergunta principal em defesa do nosso Sistema de Saúde.
A resposta é: Não.
E por um motivo simples.
O SUS nasce incorporando a estrutura do INAMPS. O INAMPS era um sistema de saúde público não universal.
Ou seja, não era para todo mundo. Era só para quem tinha carteira assinada.
E 70% do serviço do INAMPS era prestado por entes privados, contratados pelo poder público.
A partir do momento que o SUS nasce, ele incorpora uma estrutura de saúde pública precária e insuficiente.
Logo, para atingir seu objetivo de universalidade, ele deveria receber financiamento máximo, para tornar esse projeto viável.
A verdade, porém, como verão nesse episódio, foi no caminho contrário.
A regra da saúde pública brasileira, desde a redemocratização, foi o Subfinanciamento crônico e estrutural.