António Ramos Rosa, professor, escritor, tradutor e crítico literário, defendia a sua real profissão como sendo a de poeta. Empregado numa firma comercial, este funcionário cansado estreia-se nas letras em 1958 quando edita O Grito Claro, livro do qual foi retirado o poema em análise neste episódio. O nome do poeta surge ligado a publicações literárias dos anos 50, como A Árvore, Cassiopeia ou Cadernos do Meio-Dia, importantes revistas nos domínios da teorização e da criação poética da altura.