Românticos,

neste episódio encontrarão o retrato dos personagens principais da tragédia romântica do nosso dândi Almeida Garret. Houve ainda tempo para falar dos espaços, do tempo e até de alguns conceitos teatrais. Já agora, ide ao teatro, se fizerdes favor, e nada de cochichar durante as cenas.

Bem-vindos ao teatro;

Por favor desliguem os vossos telemóveis. Não é permitida a captação de imagem durante o decorrer do espectáculo. Obrigada.

Em 1847 a coisa não devia ser bem assim, mas o texto de Almeida Garrett continua actual e mordaz. No episódio de hoje fala-se das dimensões presentes no texto, desde a religiosa à política, passando pela trágica e sem esquecer a sebastianista. Afinal este D. Sebastião está em todo o lado, assim como Hades continua nas conversas de café. Hidratem-se, pratiquem meditação, façam um cafuné no próximo bichinho que encontrarem.

Saudações, jovens e seniores que não passam d'O Ramalhete;

Vim aqui converter a numeração romana do título: os capítulos analisados hoje são o 115 e o 148. Invasões, fome e peste, são os ingredientes de qualquer boa novela medieval, e Fernão Lopes era um excelente argumentista, ao que parece.

Este é o último episódio sobre a Crónica de D. João I. Poupem água; o planeta agradece e a conta bancária dos vossos progenitores também.

Corram, jovens e seniores, que querem matar o Mestre de Avis no Paço Real!

Neste episódio conhecemos o método do cronista e pai da historiografia portuguesa, Fernão Lopes, que o deixou escrito no prólogo da crónica de que tratamos. O capítulo XI, cujo título é demasiado extenso para esta caixa de texto, é também hoje aqui esmiuçado. Como sempre, atentem à hidratação, ao carinho nas vossas mães e aos pleonasmos.

Jovens e seniores que não passam d'O Ramalhete,

o episódio de hoje é dedicado à Crónica de D. João I, da autoria de Fernão Lopes, o cronista a quem Alexandre Herculano apelidou de o pai da História Portuguesa. Entre 1383 e 1385 os castelhanos quiserem meter o bedelho nos assuntos do Estado, mas D. Nuno Álvares Pereira e uma padeira de Aljubarrota trataram do assunto. D. João I, Mestre de Avis, é aclamado Regente e Defensor do Reino. Mais tarde, o filho, D. Duarte, encarregou Fernão Lopes de deixar escrito as façanhas do pai e daqueles que o antecederam, numa obra a que deu o título de Crónica de D. João I. Atentem à hidratação e ao verbo intervir e sua conjugação.

Valete, Frates.

É assim que termina a terceira e última parte de Mensagem, constituída por I. Os símbolos, II.Os avisos e III.Os tempos. Pessoa entrega nesta última parte a sua veia mais mística, sebastianista e profética. São tempos também de reduzir na cafeína e diminuir a pegada ecológica. D. Sebastião está para chegar e dizem que, afinal, vem de bicicleta.

Mar Português está para Mensagem assim como o plano central está para Os Lusíadas. Nos doze poemas que esconde a segunda parte está o padrão de Diogo Cão, o Adamastor que agora é o Monstrengo e até Fernão de Magalhães, que injustamente foi dar nome a uma avenida conimbricense de má fama. Mais um episódio com a envolvente voz da D. Leonor e do não menos ilustre actor João Villaret. Leiam poesia nos intervalos da manhã, jovens, enquanto comem rissóis sem olhar para o interior.